sexta-feira, 5 de maio de 2017

Lenha na Fogueira - 06.05.17

Almir Guineto grande sambista morreu dia 5.05.17

Amanhã dia 7, quem vai se apresentar em Porto Velho é o sambista cantor e compositor Toninho Gerais. O samba vai comer no centro a partir do meio dia, lá no Zé Beer a rua Lauro Sodré.
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Toninho Gerais esta sendo considerado no eixo Rio de Janeiro/São Paulo como o “Sambista do Momento”. Grandes sambas como “Mulher” são de autoria de Toninho Gerais.
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A Roda de Samba vai contar com as apresentações dos sambistas locais, Amon Garré, Waldison Pinheiro, Jon Adson-Piaba, Marcelo Luna e é claro, Beto Cezar.
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Por falar em compositor de samba o sambista e cantor Almir Guineto, 70 anos, fundador do grupo Fundo de Quintal, morreu ontem dia 5 no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, no Fundão. Ele estava internado desde março para tratar de uma pneumonia e problemas renais crônicos, provocados pelo diabetes. O artista foi um dos grandes representantes do chamado samba “de raiz”.
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Nascido e criado no morro do Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio, teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos na família. Seu pai era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba. A mãe, conhecida como Dona Fia, era costureira e uma das principais figuras de destaque da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

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Nos anos 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores do Salgueiro e frequentador do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época inovou ao introduzir nos pagodes o banjo adaptado com um braço de cavaquinho.
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Mais tarde, nos anos 1980, participou da fundação do grupo Fundo de Quintal, que saiu da formação de sambistas do Cacique de Ramos. Depois da gravação do disco Samba é no Fundo de Quintal, partiu para a carreira solo.

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Como compositor também fez várias músicas de sucesso interpretadas por Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, entre outros.
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Almir Guineto – acompanhe o que dizem os amigos sobre o sambista que partiu:
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– Almir Guineto não foi qualquer sambista. Não foi mais um. É responsável pela formação de uma geração. É dos compositores do Salgueiro o que alcançou com os chamados sambas de meio de ano a maior notoriedade. Não há na história da ala de compositores da Academia do Samba um nome que tenha alcançado voos tão altos fora da agremiação. Com isso acabou por arrastar e ser responsável por uma legião de gente que passou a ser salgueirense na década de 80. Ele parte mas sua obra é imortal, e a geração que ele deixou vai seguir se renovando. Aí a gente pode dividir a nossa dor com muita gente que o admirava. Louvemos Almir Guineto para sempre – Compositor  Dudu.Botelho do Salgueiro.
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Luis Carlos Magalhães antes de virar presidente da Portela tem uma militância de décadas ao samba. Para o dirigente, a musicalidade inerente a Almir Guineto forjou um dos movimentos mais importantes da história do samba, que foram as reuniões no Cacique de Ramos, que deram origem ao grupo Fundo de Quintal.
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– Vejo o Almir de duas formas diferentes. Ele tinha muita história para contar, oriundo de um dos morros e de uma das escolas mais importantes de nosso Rio de Janeiro. O que eu acho importante é sua participação no Fundo de Quintal. Podemos comparar a criação do grupo, aquela geração do Cacique de Ramos, com a geração do Estácio, que deu rumo ao samba carioca. É um imortal – avalia o presidente da Portel
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Quando o amor decidir mudar o visual - Trazendo a paz no sol - Que importa se o tempo lá fora vai mal?... Versos de Lama nas Ruas de Almir Guineto
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Almir Guineto realmente deixou um grande legado ao samba. Vai em Paz!

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