terça-feira, 31 de julho de 2012

O PREMIO QUE A EFMM NOS PROPORCIONOU



Por Silvio M. Santos (fotos de Ana Célia)

Vamos re-publicar em agradecimento ao centenário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a matéria que produzimos e foi publicado na edição do dia 30 de abril deste ano, do jornal Diário da Amazônia em página espelhada: “EFMM: O centenário da ferrovia que não deveria parar” e que nos possibilitou estar em Manaus no próximo dia 3, participando da festa da premiação do Prêmio Milton Cordeiro de jornalismo impresso.
O Diário da Amazônia através desse colunista é o único jornal impresso de fora do estado do Amazonas, classificado para a finalíssima. Sexta feira a noite, durante a solenidade de premiação, esperamos ouvir os apresentadores anunciarem: “O Prêmio Milton Cordeiro de jornalismo impresso,  vai para Silvio Santos do Jornal Diário da Amazônia”. Para chegar a essa etapa do Milton Cordeiro, contamos com a colaboração da fotógrafa Ana Célia.
Na edição de hoje vamos reproduzir apenas o resumo da reportagem que publicamos e que está nos proporcionando tão importante premiação a nível regional:

EFMM: O centenário da ferrovia que não deveria parar


Há exatamente cem anos, era assentado o último dormente da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no ponto final em Guajará Mirim, 30 de abril de 1912. “Entre entusiasmados discursos, autoridades presentes saudavam o término da construção dos 364 km de via férrea, um prego de ouro foi simbolicamente batido no último dormente”, Matias Mendes no livro “Pioneiros”. Terminava ali após várias décadas, o sacrifício dos produtores de borracha e outros produtos brasileiros e bolivianos, de arriscarem vidas subindo e descendo as cachoeiras existentes no trecho  dos rios Madeira e Mamoré entre Santo Antônio e Guajará Mirim.
Ao longo desses cem anos de existência, a Estrada de Ferro Madeira recebeu vários codinomes, entre eles: Ferrovia do Diabo, A Estrada dos Trilhos de Ouro, aquela que Cada Dormente Representa uma Vida, Ferrovia de Deus e assim por diante.
O que pretendemos com essa matéria, é chamar a atenção de quem de direito, para o potencial turístico que representa “A Sucata da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, de como poderemos transformar em geração de renda e emprego o que ainda resta da lendária ferrovia. 
Não precisamos ir muito longe para confirmarmos o que citamos acima, basta ir à Praça da Madeira Mamoré aos finais de semana, para ver o quanto as pessoas gostam de apreciar, tocar, fotografar enfim, de registrar de alguma maneira, os vagões, litorinas, prédios da estação, armazéns, o plano inclinado e as locomotivas. É comum encontramos crianças e adultos se equilibrando em cima dos trilhos assim como casais namorando dentro dos vagões. A oficina é outra atração turística, pois ali podemos ver tornos, fresas e outras máquinas que fabricavam as peças de reposição das locomotivas e de todas as composições da Ferrovia, sem falar na exposição de ferramentas, fotografias, e apetrechos utilizados pela administração no que denominam de “Museu da EFMM” existente no galpão nº 1. Infelizmente esse “Museu” ninguém sabe explicar, só abre aos domingos à tarde. 

Sucata – Atração turística que vale ouro

Para quem gosta de praticar o turismo de trilha, podemos indicar a caminhada pelos trilhos e dormentes entre a estação em Porto Velho até a Vila de Santo Antônio. Nesse trecho o turista vai se deparar com o maior crime já cometido contra o patrimônio histórico de Rondônia e brasileiro. Ali estão jogadas locomotivas, guindastes, vagões de carga e passageiros, vagões de lastro e tantas outras peças, que durante sessenta anos transportaram cargas e passageiros da Bolívia, Guajará Mirim, Vila Murtinho, Colônia do Iata, Abunã, Mutum Paraná, Jacy Paraná, e Porto Velho.
Essa sucata se bem explorada, com certeza vai gerar divisas e emprego, basta à prefeitura de Porto Velho ou o governo estadual mandar limpar, tirar o mato que cobre todo o acervo, pintar nas cores originais e colocar a disposição dos turistas guias especializados em Madeira Mamoré além, é claro, de colocar o trem trafegando pelo menos de Porto Velho a Santo Antônio. 

Guajara Mirim & Iata, Vila Murtinho etc.

Em Guajará Mirim existe um movimento que a cada dia cresce mais, no sentido de sensibilizar o governo estadual a recuperar o trecho da Estrada de Ferro Madeira Mamoré que vai até o Iata. Nesse trecho o turista vai apreciar as belezas da serra dos Parecis ou Pacaás, além de conhecer a vila que por muitos anos, abasteceu de cereais, verduras e legumes as cidades de Guajará Mirim e Porto Velho. 
Ao contrário de Porto Velho, Guajará Mirim não tem o cemitério das locomotivas e composições da Ferrovia, ali se conserva o prédio onde funcionou a estação e o escritório da administração da Estrada de Ferro.

Além desse trecho, temos a Estação de Vila Murtinho que fica no município de Nova Mamoré. A estação de Vila Murtinho era a que mais dava lucro a empresa Madeira Mamoré, pois era ali que embarcavam os produtos oriundos do Departamento do Beni na Bolívia. Vale lembrar que é justamente em frente a Vila Murtinho que se encontram os rios Mamoré e Beni e desse encontro, nasce o Rio Madeira.

Abunã também é potencial turístico que precisa ser explorado, pois além da Estação da Madeira Mamoré é por lá que Rondônia tem acesso via terrestre, ao estado do Acre, é uma região rica na produção de castanha brasileira.

Jacy Paraná, talvez seja a cidade mais promissora das que nasceram ao longo dos trilhos da Madeira Mamoré, pois, em virtude da construção das Usinas  Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio a Vila se transformou numa cidade promissora. Turisticamente falando, além da famosa ponte de Jacy, temos as ruínas da estação da Estrada de Ferro e a Caixa D’água que fica a aproximadamente 1 kg do centro da Vila, além do Rio Jacy considerado bom produtor de pescado.


História  - A saga da construção da EFMM

Graças ao tratado de Petrópolis, assinado no dia 17 de novembro de 1903, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi construída. “Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território brasileiro, por si ou por empresa particular, uma ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, até Guajará Mirim no Mamoré, com um ramal que passando por Vila Murtinho ou outro ponto próximo (Estado de Mato Grosso), chegue a Vila Bela (Bolívia), na confluência do Beni e do Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará por concluir no prazo de quatro anos, usarão ambos os países com direito às mesmas franquias e tarifas” Cláusula VII do Tratado de Petrópolis. 
Tudo isso aconteceu em virtude do litígio entre Brasil e Bolívia em torno das terras que hoje formam o estado do Acre. 
Na realidade, a idéia de se construir uma estrada de ferro para facilitar o escoamento da produção de borracha brasileira e boliviana que era feita no trecho encachoeirado dos rios Madeira e Mamoré, surgiu no ano de 1861, através do general boliviano Quentin Quevedo e do engenheiro brasileiro João Martins da Silva Coutinho que percorreram o rio Madeira. “A eles, pois, cabe a prioridade da sugestão de uma ferrovia que substituísse o trecho das cachoeiras do Alto Madeira” escreve Manoel Rodrigues Ferreira às páginas 63 do livro “A Ferrovia do Diabo”.

Esse sonho só começou a ser realizado em 1907, quando o empresário americano Percival Farquar após uma manobra que envolvia o engenheiro brasileiro Joaquim Catrambi ganhou a concorrência da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. 
A primeira estaca, aquela que deu inicio a construção da Estrada de Ferro, foi fincada no dia 23 de junho de 1907 em Santo Antonio e o prego (de ouro), que fixou seu último dormente foi batido no dia 30 de abril de 1912, porém, a inauguração propriamente dita, só aconteceu no dia 1º de agosto daquele ano com os trens trafegando entre Porto Velho e Guajara Mirim, na extensão total de 364 km.

O dia que a Maria Fumaça parou

Corria o ano de 1972 e o zum zum de que a Estrada de Ferro Madeira Mamoré seria desativada por completo, chegara ao Café Santos, ponto de encontro dos portovelhenses, que ficava na esquina das ruas Sete de Setembro e Prudente de Moraes. 
Ao iniciar o mês de julho as rádios e os jornais impressos começaram a divulgar uma nota da administração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré convidando a população para a solenidade de encerramento das atividades da Estrada de Ferro que aconteceria no dia 10 de julho as 19h00. 
Exatamente as 19h30 do dia 10 de julho de 1972, as locomotivas que estavam no pátio da Estrada de Ferro em Porto Velho tocaram seus apitos durante cinco “longos” minutos. Foram 60 (sessenta) anos, percorrendo os 366 km de extensão da ferrovia, que levou o progresso para dezenas de localidades e transportou toneladas e toneladas de borracha, castanha e tantos outros produtos produzidos tanto pelos brasileiros como pelos bolivianos. Pois é, no dia 10 de julho de 1972 a Maria Fumaça parou. Parou mas, não foi totalmente desativada.

Festa do Centenário


Hoje o governo do estado de Rondônia através da Secretaria de Esportes, da Cultura e do Lazer – Secel em parceria com a prefeitura de Porto Velho e a Santo Antônio Energia, a partir das 7h00, a festa do centenário com vasta programação marcada para acontecer no Complexo da Madeira Mamoré com ato cívico, ecumênico, corrida do centenário e show musicais no palco que está montado na esquina da Farquar com a avenida Sete de Setembro. Salve o Centenário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré! 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

LENHA NA FOGUEIRA- 31.07.12



Prezados(as) Senhores(as)

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Visando assegurar a mais ampla participação da sociedade civil nas eleições para os Colegiados Setoriais do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), o Ministério da Cultura divulgou hoje a Portaria nº 103, que promove as seguintes alterações no Processo eleitoral do CNPC:

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1º) Reduz o quórum mínimo para participação de cada unidade da federação no Fórum Nacional Setorial de 15 para 5 eleitores, validamente cadastrados, por setor.

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2º) Possibilita o envio por via postal expressa (do tipo SEDEX ou similar), até 8 de agosto de 2012, dos seguintes documentos:

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Comprovação de atuação de 3 anos no setor, Identidade, CPF, Comprovante de Residência, Comprovante de atuação em Entidade Civil,  Currículo e Portfólio.
Os documentos deverão ser encaminhados para o seguinte endereço:

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Conselho Nacional de Política Cultural Esplanada dos Ministérios Bloco B – Ed. Sede CEP 70.068-900 Brasília-DF.

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Na oportunidade, anexamos ao presente quadro demonstrativo do número de eleitores e candidatos inscritos, com a indicação das unidades da federação que atingiram o quórum mínimo de cinco eleitores cadastrados.


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Alertamos para o fato de que muitos estados ainda não têm garantida sua participação nos fóruns nacionais e não têm o número suficiente de candidatos para preencher as vagas de que eventualmente disporiam conforme as regras de proporcionalidade instituídas.

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Sendo assim, contamos com a colaboração de Vossa Senhoria para intensificar a mobilização e divulgação desse processo eleitoral, que irá assegurar o lugar do CNPC como um importante espaço de participação social nas decisões da política cultural.

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Atenciosamente, João Roberto Costa do Nascimento
Secretário-Geral Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC

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Atenção ativista cultural de Rondônia, nosso estado é um dos que tem menos inscritos. Vamos ficar esperto, as inscrições vão até o próximo dia 8 de agosto.

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Aliás, a partir de hoje temos apenas oito dias para colocarmos representantes nos Fóruns Setoriais de Cultura.


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Vejam o quadro das inscrições de Rondônia:

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0 inscritos em Culturas Indígenas

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2 inscritos em Música 

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0 inscritos em Artesanato

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2 livro, literatura e leitura

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Só 7 em Artes Visuais.

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O Teatro 9 inscritos, mas nenhum se propondo a candidato a delegado.

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Muito abaixo da quota mínima de 5 por delegado, poderíamos ter 3 por setorial. São 15 inscritos pra garantir essas vagas e 3 candidatos.


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Perderemos espaço por desinteresse e desinformação.

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Todos conhecemos artistas com mais de 3 anos de atuação que tem a condição técnica pra preencher essas vagas por Rondônia.

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Vale a pena informar a amigos de outros estados do Norte. Quem conhece sabe que vai ser muita pressão em Brasília sem representantes. *Dados de 24 de julho, por estado”.

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Não esqueçam que até 8 de agosto podemos inscrever. Mobilizar todos os artistas e que um ajude o outro com a inscrição.


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Precisamos nos fazer representar em Brasília se não estaremos “fundidos” na hora da divisão do bolo.


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Infelizmente não posso participar por ser funcionário público, se não já estaria inscrito

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Se você preenche as exigências do edital não pode ficar de fora. Entra nessa pra depois não ficar reclamando que o governo não valoriza os artistas de Rondônia.

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A Hora é agora! Opa! Essa frase esta sendo utilizada na campanha de uma coligação. Então vamos mudá-la para, Não deixar passar em branco essa oportunidade!

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Acessa o site www.cultura.gov.br

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O site do Ministério da Cultura e te inscreve agitador cultural de Rondônia!

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Por falar em movimento cultural:

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Durante o Amazônia Encena na Rua representantes dos grupos (32) de teatro que participaram do Festival e do Seminário, fizeram um apelo ao público presente na penúltima noite, no sentido de abraçarem a campanha que os artistas de artes cênicas de todo o Brasil começaram a fazer cujo slogan é:

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“Dilma não desmonte, dialogue já”

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Isso em relação a atual direção do Ministério da Cultura que está promovendo o desmonte de tudo que foi criado ao longo dos 8 anos do governo Lula em relação à cultura.

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Na realidade a Ministra Ana de Holanda não ta nem aí para os movimentos culturais considerados populares como é o caso do Teatro de Rua e outros.

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Por isso a frase: “Dilma não desmonte, dialogue já!”

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Para finalizar quero desejar a minha querida filha Aline Menezes votos de muitas felicidades pela passagem de mais um aniversário na data de hoje. Parabéns Aline!

DUELO NA FRONTEIRA


Acidentes e traições embalam o festival de Guajará




Nos dias 10, 11 e 12 de agosto, estará acontecendo na bucólica Guajará-Mirim, pacata cidade localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, o mais extraordinário confronto estético de bumbá da região, certame de cultura popular que só perde em monumentalidade para o grandioso festival de Parintins.

O festival de Guajará-Mirim, também conhecido como Duelo na Fronteira, coloca frente a frente, em acirrada disputa, o Boi Bumbá Flor do Campo (Vermelho) e Boi Bumbá Malhadinho (Azul).

A pequena Guajará-Mirim se divide ao meio por conta desta grande disputa, atraindo os olhares de turistas do Brasil e do mundo inteiro.

Muitas batalhas são travadas antes da grande luta final, que está marcada para acontecer no Bumbódromo da cidade, o “Coliseu Tupiniquim” da Pérola do Mamoré.

Na guerra de bastidores vale tudo, inclusive seduzir artistas do boi contrário com vultosos cachês. Esta tática, adotada com frequência por emissários da Nação Azul e Branca tem esvaziado ateliês e barracões do Boi-Bumbá Flor do Campo.

Kilderi, artista da Equipe do Grande Coreógrafo Falcão, vindo de Parintins contratado pela Diretoria Vermelha, foi a última baixa nas fileiras de artífices do Flor do Campo.

No dia  22, Kilderi saiu para um passeio e ao retornar para o Ateliê de seu Mestre Falcão, foi só para pegar as malas, pois o mesmo já havia sido seduzido e encantado pelo “CANTO DA IARA AZUL”.

E assim caminha o Festival de Guajará-Mirim, recheado de traições, rasteiras e trapaças por trás das cortinas do grande palco.

Não bastando as intermináveis rasteiras de bastidores, o inesperado também contribui para elevar a tensão na região. Quarta feira passada 25, o levantador de toadas Sandro Menacho sofreu um acidente de trânsito e foi encaminhado para Porto Velho, para atendimento de emergência no Hospital João Paulo II.

Sandro Menacho desabafou da seguinte maneira: “Não adianta Contrário Agourento, a fratura no dedão do pé não vai me impedir de entrar na arena do bumbodrómo e cumprir com o meu papel”. Sandro lembra que é o Levantador de Toadas e não bailarino. Quem viver verá! (Escreve Ariel Argobe).

EFMM-TUDO PRONTO PARA A FESTA DE AMANHÃ



A coordenação da festa em comemoração ao Centenário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, já está com tudo pronto, esperando apenas as 5h00 da manhã do dia 1º de agosto, para acionar a sirene no pátio da ferrovia, dando início a programação que vai acontecer até as 00h00. Sexta feira passada, em coletiva a imprensa, o secretário da Secel Francisco Leilson disse da satisfação em realizar no Centenário da Madeira Mamoré a primeira “Virada Cultural” de Porto Velho.
A solenidade de abertura das festividades está marcada para acontecer as 7h00, com o hasteamento da bandeira brasileira, apresentação da banda Militar, aposição da placa comemorativa dos 100 anos, lançamento do selo comemorativo, ato ecumênico, corrida do centenário, exposições de fotografias e artesanato, passeios de barco, teatro, show musicais e muito mais.
A programação será realizada em vários locais do centro histórico de Porto Velho como: Complexo da Estrada de Ferro,  Praça das Três Caixas D’água, Praça Getúlio Vargas, Praça Jonathas Pedrosa e Campo da 17ª Brigada. “Queremos apresentar a perspectiva de um grande complexo turístico não mais da lendária, mas da prospera Estrada de Ferro Madeira Mamoré que merece uma atenção especial pelo significado que tem para a nossa história”, disse Chicão.
Além do governo estadual através da Secel, integram a coordenação da festa, Fundação Iaripuna, Correios, Santos Antônio, Tribo do Mato, Iphan e a empresa Santo Antônio Energia entre outros.
Os shows musicais e culturais começam as 10h00 no Palco Madeira que será montado em frente ao prédio do relógio. “Esperamos que o governador decrete ponto facultativo” disse o coordenador Denis Carvalho.

domingo, 29 de julho de 2012

LENHA NA FOGUEIRA - 30.07.12

Deixa-me puxar um pouco da brasa para minha sardinha. Afinal de contas, quem parte e reparte e fica com a menor parte, diz o ditado: “Ou é burro, ou não entende de arte”!

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Bem! O “veinho’ aqui, há mais de 50 anos vem compondo músicas entre elas, samba enredo para as escolas de samba de Rondônia e até de fora do estado como é o caso da escola de samba “Praça da Bandeira” de Boa Vista (RR), Vitória Régia de Manaus e Unidos do Moqueio do Pará, além de ter participado em parceria com o compositor carioca Mazinho da Piedade do concurso de samba enredo da escola de samba Portela em 1993.

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Isso sem falar nas marchinhas de carnaval da Banda do Vai Quem Quer (mais de 25), das toadas de boi bumbá (mais de 50), e dos forrós que inclusive fazem parte do repertório da Banda Os Cobras do Forró, além dos estilos MPB, brega, e outros como reggae.

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São mais de 400 composições. E o que estamos querendo, qual nosso “choro”.

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Acontece que até a presente data, não conseguimos um patrocínio, seja do governo estadual ou do governo municipal e nem mesmo de empresas privadas ou de um padrinho, para registrarmos esse acervo em CD ou DVD.

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Aliás, entre a famosa Trinca de Reis, Silvio, Bainha e Ernesto Melo só o Ernesto conseguiu, graças ao saudoso Manelão gravar um CD com suas músicas sobre Porto Velho.

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Eu e o Bainha não conseguimos nada até hoje. Acho que nós dois mais o Cabo Piaba merecemos atenção melhor sobre esse assunto.

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Essa lamentação veio em virtude da homenagem que a escola de samba fez a mim e ao saudoso Neguinho Menezes. Menezes compositor rondoniense dos melhores e que também não teve a oportunidade de deixar seu trabalho gravado em sua voz para a posteridade.

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Por isso fiquei pensando, por que não fazer um apelo em causa própria, quem sabe alguma autoridade cultural, leia e decida colocar um projeto, nos beneficiando com a gravação de pelo menos um CD, com nossos melhores samba enredo. Pois para registrar a obra toda, seriam necessários no mínimo 4 CDs e mesmo assim, ainda ficaria muita coisa de fora.

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É como dizem, seria melhor gravar uma “Caixa’ com toda a obra, aí ficaria muito caro.

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Seriam quatro CDs da seguinte maneira: Um com os melhores sambas enredo; Outro com Toadas de boi bumbá, o Terceiro com MPB e o quarto de Forró e Brega.

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Se colocássemos 20 músicas em cada (O que não é aconselhável) registraríamos apenas 80 das mais de 400 músicas de nossa autoria.

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O Bainha é outro que merece um registro desses, afinal de contas, no próximo dia 11 de agosto, ele vai completar 74 anos de vida e até a presente data, não registrou com sua voz suas composições em CD.

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Que me desculpem os amigos, mas, acho que merecemos maior consideração nesse sentido. Obrigado pela compreensão!

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E o Festival Amazônia Encena na Rua chegou ao fim de sua 5ª versão em grande pompa.

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Se nada tivesse acontecido de bom, bastava à apresentação da Peça “A Ferrovia dos Invisíveis, Narrativas do Outro Lado” para o Festival ser considerado dos melhores.

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Porém, a grande maioria dos espetáculos apresentado durante os dez dias do festival foram bons.

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Eu destaco o grupo  Yaporanga de Porto Velho, o Grupo que apresentou “O Repente” que veio de Palmas Tocantins o Grupo de Mato Grosso, Vivarte de Rio Branco Acre, O Grupo de Manaus, além do grupo “Será O Benidito?!” e os palhaços comandos pelo Bob Sorriso.

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Daria nota sofrível para o grupo Locômbia Teatro de Andanças - Boa Vista – RR. O espetáculo Odissi foi muito cansativo. Não é teatro de rua infelizmente!

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Os elogios vão para a equipe do O Imaginário e os apoios da Secel e da Fundação Iaripuna e em especial para a parceria do Sesc-RO.

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Só quem tem contato com o Chicão Santos diariamente como é o nosso caso, pois trabalhamos na mesma repartição, sabe o quanto foi difícil a realização da 5ª edição do Festival.

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Primeiro porque o principal patrocinador, que praticamente bancava tudo até o ano passado. Meses antes comunicou que não mais contribuiria com o Projeto. Aí o Chicão ficou mais vermelho do que já é. Virou camarão rosa!

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A sorte foi que de última hora o Rumos Itaú entrou na parada e o Sesc firmou a parceria que juntando com o apoio do governo estadual através da Secel e da prefeitura de Porto Velho através da Fundação Iaripuna e da Semed, mais a participação do Minc/Funarte através da Lei de Incentivo, o Festival aconteceu. Tenso mais foi!

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Por essa e por outras, é que a equipe do O Imaginário e aí leia-se Zaine Diniz e Chicão Santos merecem nossos parabéns.

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Pra completar, eles ainda produziram o super espetáculo teatral A Ferrovia dos Invisíveis, Narrativa do Outro Lado que foi aplaudida de pé pelo público (o melhor do festival), que lotou a Arena da Madeira Mamoré! Valeu cambada!

SHOW - SAMBA DE RAIZ É SUCESSO NO ASFALTÃO







A escola de samba Asfaltão tem proporcionado aos amantes do samba de raiz em Porto Velho, grandes momentos. Sexta feira passada 27, a programação começou com a apresentação do Grupo Guaporé interpretando sambas que pela qualidade, até hoje são cantados até mesmo nas rodas de pagode que acontecem pelos quatro cantos da capital rondoniense. Já passava das 22h00 quando a mestre de cerimônia da escola Silvia Pinheiro iniciou a solenidade em homenagem aos compositores Francisco Dias de Menezes e Silvio Macedo do Santos. Primeiro contando parte da história do saudoso Neguinho Menezes compositor e cavaquinista que nasceu em Fortaleza do Abunã e por alguns anos morou no Rio de Janeiro. Logo em seguida convocou o presidente da escola Reginaldo Makumba e o presidente da Fundação Iaripuna Altair dos Santos Lopes – Tatá para fazerem a entrega do troféu em homenagem ao compositor Silvio Santos. Daí pra frente o comando da festa ficou por conta de Silvio que acompanhado pelo excelente grupo “Só Bambas”, fez uma breve viagem pelas suas composições de samba. “Quando digo breve viagem, é porque vou apresentar apenas algumas de minhas composições”, disse o compositor. Além de suas composições Silvio apresentou algumas do Neguinho Menezes seu amigo. “Na véspera de seu falecimento, Neguinho Menezes me entregou uma letra e pediu que eu musicasse, pois se tratava do samba enredo da escola de samba O Triângulo Não Morreu para o carnaval de 1978, no dia seguinte às sete horas da manhã, recebi um telefonema informando que o Neguinho havia morrido” lembrou Silvio antes de cantar algumas músicas do Menezes.
O samba varou a madrugada e o compositor que mais títulos ganhou como compositor de samba enredo em Rondônia saiu super ovacionado pelo público que lotou a tenda do Tigre e agradeceu emocionado a diretoria da escola Asfaltão pela homenagem.