quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Lenha na Fogueira - 11.08.17



Sou da Sete de Setembro, lá do quilômetro 1, terra de gente bamba de muita mulher futebol e samba...
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Versos da obra prima do aniversariante deste dia 11 de agosto. Nosso particular amigo e parceiro Waldemir Pinheiro da Silva – Mestre Bainha.
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Para comemorar a data, Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba promovem o show musical “Especial Mestre Bainha, o Senhor Samba”. A festa começa as 20 horas no Calçadão Maneão e já tem a confirmação dos seguintes cantores;
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Waldison Pinheiro, Bado, Mávilo Melo, Sílvio Santos. Oscar Knightz, Beto do Cavaco, Makumbinha, As Pastoras e muitos outros.
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Com certeza o Calçadão Manelão ficará repleto de sambistas, fãs do nosso “Zé Pereira”. Bainha além da escola de samba Os Diplomatas que ajudou a criar em 1958, participou também da criação das seguintes agremiações carnavalescas: Escola de Samba Unidos da Castanheira, Unidos da Nova Porto Velho, Unidos do Mamoré de Ji Paraná e da Mocidade Independente do KM-1.
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Foi Mestre da bateria na escola de samba Pobres do Caiari para qual compôs vários sambas enredos. Na realidade, como compositor de samba de enredo, Bainha foi campeão pela Diplomatas, Caiari, Armário Grande e Asfaltão entre outras agremiações.
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É o autor do Hino do Galo da Meia Noite “Alô seu Cabo Omar...”, faz marchinhas para a Banda do Vai Quem Quer e praticamente todos os blocos de trio elétrico de Porto Velho entre eles o “Até que a Noite Vire Dia” do Mocambo.
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Carnavalesco nato, Bainha junto com seus amigos de boemia, colocou e coloca vários blocos de sujo durante o período carnavalesco. Um dos blocos mais famosos criados pelo Mestre foi o “Só Vai Quem Bebe” que só desfilava na segunda feira de carnaval, com os homens vestidos de mulher e as mulheres de homem. Na maioria das vezes as mulheres eram as prostitutas dos cabarés, Mãe Preta, Tambaqui de Ouro, Tartaruga e outros lupanares que existiram em Porto Velho.
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O bloco Mistura Fina que desfila todo dia 31 de dezembro, contou com a participação do Bainha na sua criação. Líder do grupo de samba de raiz “Samba Sete” que contava com os músicos Jorge Andrade, Sílvio Santos, Deusdete, Galego, Pedro Wilson, Pedro Silva, Osires Lobo, Haroldo, Baba e Pelado que apesar do nome, jamais se apresentou apenas com Sete integrantes, ou era mais ou era menos.
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Foi um dos criadores do badalado Conjunto Bossa Nova que na década de 1960, fazia o maior sucesso tocando na Varanda Tropical do Porto Velho. O Bossa Nova tinha ao violão Paulo Santos, na Guitarra Dinoel, Nos metais João Henrique o Manga Rosa, na Conga Bainha, no Afoxé Leônidas e no Agogô Cabeleira. Essa turma acompanhou cantores como Ângela Maria, Altemar Dutra, Waldik Soriano, Silvinho, Orlando Dias, Anísio Silva e tantos outros.
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Bainha completa na data de hoje 79 anos de vida e está em plena forma, participando das rodas de samba e compondo samba de enredo e marchinhas para várias entidades carnavalescas. É figura constante nas rodas do Projeto Samba Autoral sempre apresentando músicas novas.
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Hoje no Mercado Cultural durante a Fina Flor do Samba, o nosso querido amigo, Bainha será homenageado pelo Ernesto e a Fina Flor do Samba.
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Apesar de todo esse trabalho em prol do samba, Bainha assim como a maioria dos sambistas de Porto Velho, não conseguiu apoio cultural para registrar seu trabalho como compositor, em CD. Esse trabalho é de responsabilidade das nossas autoridades governamentais.
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Vamos abrir campanha, no sentido dos nossos governantes patrocinarem o registro em CD ou DVD de artistas como Bainha. Nosso Mestre Zé Pereira merece muito mais.
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Parabéns amigo BAINHA por esses 7.9.

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