domingo, 8 de maio de 2016

Uma história em homenagem ao dia das mães

Nesse dia consagrado às mães, vamos contar a história (verdadeira), que aconteceu no seio da nossa família, quando um dos irmãos conseguiu a proeza de ser filho de três mães.

As Três Mães de Chico


Inez, Cotinha e Florzinha nasceram e se criaram na localidade de São Cristóvão no distrito de São Carlos. Inez a mais velha das três, se casou com José Caminha dos Santos em 1943 e teve três filhos Silvio, Berenice e Francisco dos quais, apenas Silvio nasceu em São Carlos. A família se mudou para Guajará Mirim no final do ano de 1947.

Tudo corria as mil maravilhas, em 1948 nasce Berenice e a vida continuou em novembro de 1950 por já estar entrando no nono mês de gravidez, sua irmã Florzinha (Maria das Dores) chega de Porto Velho para lhe fazer companhia, nesse ínterim, exatamente no dia 10 de novembro José Caminha ao passear pela cidade de bicicleta, foi vítima de uma queda e fratura algumas costelas, em conseqüência, veio a falecer.
Logo após o velório o irmão de Zé Caminha comunica que vai precisar da casa onde Inez morava, alegando que o imóvel era seu. Sem marido, sem casa e sem perspectiva nenhuma nasce no dia 8 de dezembro seu filho Francisco. Florzinha vendo que seria difícil Inez criar seus filhos que agora eram três e o mais velho completou 4 anos de idade justamente no dia que Chico nasceu e Berenice ainda iria completar dois anos, escreveu uma carta para sua irmã Cotinha (Maria da Conceição) recém casada com Agostinho Rivero, alto funcionário do governo do Território Federal do Guaporé, narrando à situação da irmã Inez e perguntando se Cotinha poderia receber a família em sua casa. Proposta aceita.
Em janeiro de 1951, Inez e seus filhos desembarcam na estação da Madeira Mamoré. Cotinha já havia providenciado o aluguel de uma casa no mesmo terreno da sua. Para sustentar seus meninos Inez passou a vender comida na feira livre e deixava Berenice e Chico com as tias Florzinha e Cotinha.
Francisco passou a ser o xodó das tias e do tio e mesmo nos dias que sua mãe Inez passava em casa, pois naquele tempo a feira livre só funcionava entre quinta feira e sábado, as tias Cotinha e Florzinha faziam questão de ficar cuidando dele.
Assim Francisco cresceu, estudou se formou, casou e até hoje quando perguntado quem é sua mãe responde: tenho três mães Inez à mãe biológica, Florzinha a que o viu nascer e Cotinha que o abrigou em sua casa.
Das três, apenas Florzinha está viva e chama Francisco de “meu filho”, ele corresponde a chamando de mãe. Com certeza neste domingo consagrado às mães, Florzinha que completou 91 anos no último dia 2, vai receber flores e carinhos do seu filho mais velho Francisco Macedo do Santos.
Salve o dia das Mães!

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