terça-feira, 30 de setembro de 2014

Lenha na Fogueira 1°.10.14



O centenário do município de Porto Velho será festejado oficialmente nesta quarta feira dia 1° de outubro, com várias atividades marcadas para acontecer a partir das 18h00 no Parque da Cidade.

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Quero lembrara aos menos avisados, que, quem está completando 100 é o município de Porto Velho e não a cidade de Porto Velho como diz um candidato a deputado federal em sua propaganda eleitora. “A capital Porto Velho está completando 100 anos”. Tudo errado.
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Ele até poderia dizer: “Porto Velho está completando 100 anos como capital”. Capital do município de Porto Velho depois do território Federal do Guaporé mais tarde Território Federal de Rondônia e por fim Capital do estado de Rondônia! E não como cidade.

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Nossos historiadores e os que se dizem historiadores deveriam esclarecer a população e em especial as crianças e aos jovens, que a cidade de Porto Velho e não o município teve inicio com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1907/8 e ia da beira do rio Madeira até onde hoje é a Avenida Presidente Dutra.
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A criação do município de Porto Velho aconteceu no dia 2 de outubro de 1914, através da Lei 757, assinada pelo então governador do estado do Amazonas, Jonatas Pedrosa.
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À época, Porto Velho era uma localidade conhecida como Termo Judiciário anexo à comarca de Humaitá (AM).

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Somente em janeiro de 1915 assumiu como Superintende (hoje prefeito) o Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense e daí pra frente, foi que Porto Velho município começou realmente a crescer pra cima da Linha Divisória.
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Essa Linha Divisória assim foi denominada, para separar a Porto Velho brasileira da Porto Velho americana.

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A Linha Divisória era a hoje Avenida Presidente Dutra. O que acontecia pra cima da Linha Divisória era de responsabilidade do governo do estado do Amazonas e pra baixo quem tomava as providencias era a administração da Empresa Madeira Mamoré.

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O professor Abnael Machado de Lima conta que muitas pendengas aconteceram entre os moradores da Porto Velho americana e os da Porto Velho brasileira e quando a polícia brasileira ia agir, os “americanos” corriam até ultrapassar a Linha Divisória, pois ali escapavam da força policial brasileira.

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O da Porto Velho americana ia farrear nos botequins da rua da Palha que hoje é a rua Natanael de Albuquerque. O saudoso historiador CEM Capitão Esron Menezes em entrevista a esse colunista, contou que na Rua da Palha era onde ficavam as casas de “mulher solteira” (prostitutas) e tudo quanto era tipo de comercio voltado para a boemia.

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Os “portovelhenses americanos” aprontavam na Rua da Palha e corriam para dentro da Divisória. Assim acontecia com os “portovelhenses brasileiros” que aprontavam na beira do Rio Madeira, na área dos americanos e quando a Guarda “americana” os perseguia corriam para fora da Divisória, resultado, aconteceu a Guerra dos Portugueses que contaremos em outra ocasião. Essa “batalha” fez com o superintendente Guapindaia desse inicio a obra do Mercado Municipal que só ficou pronta 40 anos depois de iniciada.

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Tá vendo como a obra do Palácio das Artes Rondônia até que não demorou muito para ser entregue, levando-se em consideração que o Mercado Municipal hoje Mercado Cultural demorou 40 anos para ser concluído.
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Hoje a prefeitura de Porto Velho através da Funcultural festeja o Centenário do Município de Porto Velho com vários shows no Parque da Cidade a partir das 18h00. Vamos lá!

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