terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

LENHA NA FOGUEIRA 12.02.14

A cidade está em polvorosa com a enchente do rio Madeira. Aliás, o Madeirão não está pra peixe não!

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Nasci nas barrancas do rio Madeira, lá em São Carlos e me criei em Porto Velho justamente na avenida Farquar, numa casa que ficava bem em frente ao hoje Mercado Central.

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Portanto, acompanhei várias enchentes. A pior entre todas foi uma que se não me engano, aconteceu no ano de 1957 (eu ainda era “quase um bebê”), quando a água chegou onde hoje existe uma escada,         na entrada do complexo da praça Madeira Mamoré pela 7 de Setembro. Isso quer dizer que invadiu a estação de passageiros, os armazéns e naquele tempo existia um galpão onde funcionava a Cooperativa dos Ferroviário da Madeira Mamoré.

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Depois daquela enchente, algumas chegaram apenas até os galpões e não afetaram sequer a estação de passageiros, como foi o caso da enchente de 1997.

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Vale salientar que não existia o Cai N’água do jeito que é hoje. O que existia ali era uma serraria que a gente chamava de “Serraria do Território” e a Baixa da União que independente de cheia maior ou menor, sempre ficou alagada nessa época.

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Nos tempos modernos, a cheia deste ano está superando tudo. Ninguém sabe se apenas pela força dos fenômenos da natureza, ou por outros motivos que todo mundo sabe, mas, tem medo ou receio de apontar. Até porque corre muita lenda pelo fundo do rio Madeira.
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E tem uma curiosidade, o mês considerado como mais chuvoso na região do Rio Madeira é o mês de março. Assim sendo muita água ainda vai rolar pelas “valas” de Porto Velho.
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Uns dizem que é praga do “cascão” pra cima do atual prefeito, que diante de tanta água, fica que nem canoa sem quilha, sem saber que rumo tomar.
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Na realidade a cheia no local onde hoje está a Feira do produtor e o Shopping Popular onde existia a Baixa da União sempre existiu como já escrevi acima, independente do volume de chuva.
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Aí o prefeito que começou a construção da Feira do Produtor, que conheceu a Baixa da União porque praticamente se criou em Porto Velho, aterrou o local e construiu o prédio da Feira sem se preocupar com a altura do seu piso, resultado, todo ano os agricultores ficam com o local isolado pela enchente do rio.
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Na gestão passada do município, andaram fazendo um estudo para canalizar os canais ou igarapés de Santa Bárbara e igarapé Grande, inclusive conseguiram recursos para construir apartamentos, que seriam doados aos moradores dessas áreas. (São aqueles apartamento do bairro Mato Grosso cuja construção está parada).

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Na época disseram que os igarapés seriam canalizados. Digo isso, porque morava e moro no Santa Bárbara e meu nome foi relacionado para receber um apartamento daqueles. Não sei se os recursos para a canalização dos igarapés chegou, só sei que nada foi feito e o resultado é o que estamos vendo, com a água do madeirão chegando até o Mocambo via canal Santa Bárbara.
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Tenho quase certeza que se já tivessem canalizados os igarapés que cortam a cidade de Porto Velho, os habitantes do Triângulo, Baixa da União e Cai N’água e alguns do Mocambo não sofreriam mais com a enchente do rio Madeira. A não ser se o rio subisse pelo menos cinco metros.

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O que as autoridades podem fazer? Apenas acionar a defesa civil e ajudar as vítimas das enchentes!

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E se abrirem as comportas das usinas como tão dizendo? Aí é melhor pegar uma TORA DE ASSACÚ “montar” nela e ficar de bubuia ou bubulha, esperando o rio baixar! 

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