quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A HISTORIA DA COLUNA DO ZEKATRACA NO DIARIO DA AMAZÔNIA


Foi assim, seu Emir Sfair publicou uma entrevista comigo na edição do dia 12 de maio de 1994. Após a entrevista (em off), ele fez o convite, se eu aceitaria passar a publicar a coluna no Diário da Amazônia? Antes de responder essa pergunta é preciso dizer o seguinte:
O jornalista Antônio Queiroz que a época era o editor do jornal Estadão do Norte, havia me convidado para publicar o Zekatraca no seu jornal o que aceitei. Isso foi em outubro de 1993, na época o Zekatraca só escrevia sobre os eventos carnavalescos e geralmente, a coluna começava a ser publicada no mês de outubro e saia do ar, no domingo após a quarta feira de cinzas do ano seguinte.
Assim quando terminou o carnaval de 1994, Queiroz me chamou na redação (naquele tempo o Estadão ainda não era informatizado), pois eu escrevia a coluna em casa, e me falou: “Silvio esse teu Zekatraca é muito lido e vende jornal, que tal continuar publicando a coluna durante o ano todo?” Aceitei com uma condição: passaria a escrever sobre tudo, inclusive política. Minha proposta foi aceita, só que o Queiroz sugeriu: “Como Zekatraca é do segmento carnavalesco, que tal você passar a utilizar o pseudônimo de Zé Matraca”, aceitei e passei a escrever principalmente sobre política e os políticos. De repente a partir de meados do mês de abril e inicio de maio, raramente a coluna era publicada, fui à redação e lá me disseram que a empresa estava passando pelo processo de implantação do sistema informatizado e por isso às vezes a coluna não era publicada. Depois fiquei sabendo que na realidade, o principal articulista político do jornal, exigiu a retirada do Zé Matraca. “Ou ele ou eu”.

Nesse ínterim aconteceu aquela entrevista com o seu Emir e o convite para trabalhar no Diário da Amazônia.

Primeiro Zekatraca no Diário da Amazônia

Na entrevista concedida ao seu Emir Sfair falei sobre minha vida, inclusive da fase de pinguço juramentado, “pé inchado” mesmo, que vivi da metade da década de 1970 até junho de 1981. Após a entrevista, ele perguntou como estava meu relacionamento no Estadão e lhe contei o que havia acontecido e ele então falou: “Saiba que as portas do Diário da Amazônia estão abertas para você a hora que você quiser”.
Eu estava como sempre, acompanhado do meu amigo Manelão e ao sairmos da redação do Diário que era na rua Joaquim Nabuco, fomos até uma lanchonete comer alguma coisa e o Manelão perguntou, você vai aceitar a proposta do seu Emir? Vou!

Resultado, no dia 12 de junho de 1994 exatamente um mês após a publicação da minha entrevista com seu Emir, era publicada a primeira coluna do Zekatraca no Diário da Amazônia, quer dizer, três meses antes do primeiro aniversário do jornal.
Nesses 19 anos e 9 meses, jamais a coluna do Zekatraca com sua Lenha na Fogueira deixou de ser publicada. Alguns fatos pitorescos aconteceram nesse tempo, como a vez que discuti com o chefe da diagramação e formatação do jornal Natalino e ele publicou o Zekatraca no Caderno dos Classificados. Outra vez o Nilton Salinas enquanto editor chefe censurou a Lenha na Fogueira e pegou um esbregue do seu Acir. Tem a história do apresentador de TV que invadiu a redação e só não me bateu porque o seu Waldir Costa não deixou. A jornalista que hoje é responsável por um site famoso, também invadiu a redação me acusando de ter sido o responsável pela demissão dela de uma emissora de televisão. Tem uma que a colega de redação que sentava ao meu lado me acusou de pornográfico, porque recebi um e-mail cheio de mulher pelada. Ela me denunciou a direção e eu rasguei a advertência, porque não procedia.
No meu caso, são quase 20 anos vivendo os melhores dias como colunista cultural nessa empresa que considero extensão da minha casa.
Obrigado Diário da Amazônia!
Parabéns Diário da Amazônia pelos seus 20 anos!

Nenhum comentário: