terça-feira, 17 de novembro de 2015

Lenha na Fogueira - 18.11.15

Existe um ditado que diz: “Pra morrer basta tá vivo”.  “Quanto mais alto o pau, maior a queda”. “A caneta que nomeia é a mesma que exonera” e por aí vai.

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Minha intenção era divulgar algumas coisas que aconteceram recentemente no âmbito de uma entidade cultural, mas, que por falta de compromisso de algumas pessoas, cujo propósito é sempre maquiar as verdades, vamos deixar que o fato seja descoberto (não temos dúvida de que isso vai acontecer) e publicado, mesmo sem o aceite da autoridade que não vai demorar muito estará em evidencia.

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Isto posto, vamos ao que interessa. Hoje a Comissão que está coordenando as atividades relativas à Semana da Consciência Negra em Porto Velho realiza no teatro Guaporé durante todo o dia o Seminário "Conhecimento a Serviço da Igualdade de Raças: Contribuições Brasil - Barbados".
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Aliás, apesar de na programação da Semana da Consciência Negra constar poucas atividades culturais, a moçada está de parabéns pelas palestras e divulgação através de entrevistas em tudo quanto é mídia.

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Por exemplo, hoje o Seminário no teatro Guaporé com certeza vai reunir muitas pessoas interessadas na história dos negros antilhanos e barbadianos na formação cultural e política de Rondônia em especial na de Porto Velho.

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Diferente dos demais estados e cidades brasileiras, os negros que vieram trabalhar na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré foram admitidos como mão de obra especializada.

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Os barbadianos, granadenses e todos que vieram das possessões inglesas chegaram aqui, como se diz na gíria de hoje, “Por cima da carne seca”.
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Por serem técnicos especializados, os negros da Madeira Mamoré mandavam nos brancos alemães. Acontece que os alemães que pra  cá vieram trabalhar na construção da ferrovia, em sua maioria, era analfabeta, foram contratados na beira do porto, pois eram estivadores e aqui foram contratados como “cassacos”, ou seja, trabalhador braçal.
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E têm mais, os barbadianos como ficaram conhecidos, só se comunicavam na língua inglesa, aliás, até hoje seus descendentes, no meio familiar, só falam inglês.
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Portanto, se alguém chegar com você falando que os negros que trabalharam na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré eram escravos, saiba que está mentindo.
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Rondônia tem dessas coisas! Se for para classificar alguém como escravo na época da construção da Madeira Mamoré, esse alguém seria os brasileiros que vinham do nordeste trabalhar nos seringais que existiam nas terras que hoje formam o município de Porto Velho.

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Falo seringais de Porto Velho porque me refiro aos seringais do Abunã, Fortaleza do Abunã e Ponta do Abunã. Os seringais do baixo Madeira, rio Jamary e Machado. Esse povo sim, apesar de não ser considerado como ESCRAVO assim era tratado, pois viviam a mercê das cadernetas de anotações dos seringalistas patrões.

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O seringueiro passava a vida inteira sem poder sair do seringal, pois, quando ia pedir as contas, por mais que produzisse muita borracha sempre estava devendo.
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Assim sendo tinha que voltar à colocação para continuar cortando seringa, para pagar uma dívida que nunca acabava. Esses foram realmente escravizados em terras portovelhenses.
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Já os barbadianos se destacavam no meio social, vestiam roupas finas e eram proprietário de clube social como foi o caso do seu Geraldo Siqueira mais conhecido como Alumínio e seu Clube Imperial.

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Muitos outros negros barbadianos se destacaram na sociedade de Porto Velho pela elegância e o poder financeiro. A escravidão passou longe da comunidade negra portovelhense!

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