quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Lenha na Fogueira - 19.02.15


O carnaval de Porto Velho apesar de ainda acontecer desfile no próximo sábado 21, podemos dizer, foi um dos mais fracos dos últimos anos. Talvez em virtude da falta de maior apoio dos órgãos governamentais, no quesito divulgação.

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O que vimos foi pouco folião brincando na pipoca dos blocos assim como dentro da corda de isolamento, também eram poucos os que  brincavam vestidos com abadá.

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No nosso caso, tenho quase certeza que a culpa da falta de folião comprando abadá, foi dos órgãos da Defesa Civil, que promoveram e estão promovendo, o maior terrorismo, divulgado praticamente diariamente em tudo quanto é mídia, que o rio Madeira vai voltar a encher, alagando comunidades ribeirinhas e até bairros da cidade de Porto Velho. Coisa que eles sabem, não é verdade.

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O folião ressabiado com o carnaval passado, quando comprou abadá e não viu o bloco sair no carnaval tradicional, com certeza ficou com a pulga atrás da orelha.

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Por outro lado, com as usinas chegando a fase de acabamento, o número de trabalhadores diminuiu consideravelmente. Tem muita gente desempregada em Porto Velho.

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Tanto que em todos os blocos, inclusive na Banda do Vai Quem Quer,  o número de vendedores ambulantes era muito grande. Teve gente que transformou o CARRÃO em carrinho de lanche (no caso, de venda de bebida)


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O interessante foi que a prefeitura através da secretaria afim, não tomou nenhuma providência no sentido de organizar o posicionamento desses ambulantes. Tinha e muito, ambulante vendendo  churrasquinho no meio da multidão.

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A respeito disso, gostei e peço autorização para repercutir parte do artigo publicado pelo jornalista Osmar Silva que até bem pouco tempo era o DIRETOR do DECOM do governo estadual. Hoje fora do governo, Osmar em seu artigo, prova que estávamos certo quando dizíamos que faltava melhor atenção por parte do governo para com o setor da cultura. Acompanhe o que ele publicou:

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O nosso Carnaval, outrora referência nesta Região do Norte, esboreou-se, fragmentou-se em pedaços e datas. Saiu dos salões do Ypiranga, do Ferroviário, dos camarotes do Botafogo para a Praça das Caixas d’Água, as pistas das Avenidas Jorge Teixeira e Migrantes e, agora, subsiste no Bairros Areal, Caiari e algumas pequenas manifestações na Jatuarana, na Zona Sul, e agora, na Avenida Mamoré, na Zona Norte. Em datas diferentes.  Semana antes do Carnaval, durante a Festa de Momo e na semana após a festa do Rei da Folia.

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Não temos mais local apropriado ou destinado para o Carnaval, durante os três dias de festas. Não temos arquibancadas, nem camarotes, nem decoração. NÃO TEMOS MAIS DESFILES DE ESCOLAS DE SAMBA NEM ESTÍMULOS PARA QUE ELAS SUBSISTAM. Esse ano, desfilarão muito após o Carnaval. Desrespeitando a Quaresma e corrompendo a Aleluia.

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A Banda do Vai Quem Quer que era a abertura do Carnaval, virou o próprio Carnaval. Carnaval de um turno do dia num único dia.



Qual papel e finalidade estão reservados ÀS SECRETARIAS DE CULTURA E DE TURISMO DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS? Carecemos de uma urgente reflexão sobre isso sob pena de não encontrarmos utilidade para existência destes órgãos.

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Esse é o desafio. E à falta de respostas, empobrecemos e nos tornamos um povo sem cultura e sem história. E sem isso, não temos identidade. Não merecemos respeito. Perdemos valor. Nada que produzimos ou fazemos vale nada neste mundo comandado, ainda, pelo dólar. Essa é a verdade.  Escreveu Osmar Silva.

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