sábado, 10 de janeiro de 2015

Lenha na Fogueira - 10.01.15


Ontem contamos a história do carnaval de 1985! Hoje vamos lembrar o ano de 1975, quando o Território Federal de Rondônia, foi convidado pela Presidência da República para ser o “Padrinho” da troca da Bandeira Brasileira da Praça dos Três Poderes.

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O governador do Território Federal de Rondônia era o Coronel Marques Henriques e seu Sobrinho Dilson Machado além de ser o Chefe de Gabinete, era o responsável pela TV Cultura juntamente com o Dimas e o jornalista Nelson Townes de Castro.

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Se não me engano, dona Marise era a Diretora de Educação além de carnavalesca da Pobres do Caiari. Na realidade a escola de samba Pobres do Caiari parou suas atividades logo após o carnaval de 1974 e a dona Marise Castiel presenteou o Bainha com os instrumentos da bateria.

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Assim sendo Bainha se juntou ao Silvio Santos, Deusdete de Paula, Camarão e outros sambistas e criaram a escola de samba “Mocidade Independente do KM-1”.

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Em meados de janeiro de 1975 o governador Marques Henriques foi comunicado que o Território seria o anfitrião da torça da Bandeira na Praça dos Três Poderes e precisava montar um show com as atrações turísticas existentes em Rondônia.

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Dona Marise foi incumbida de montar o espetáculo e convocou a direção da escola de samba Os Diplomatas na pessoa do Leônidas O’Carol Chester e o Bainha pela Mocidade Independente do KM-1.

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Tem um detalhe falou dona Marise pro Bainha, às escolas que vão fazer parte da solenidade e do show são a Pobres do Caiari e a Diplomatas do Samba.

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Tudo bem concordou Bainha que também ficou responsável para ser o Mestre Bateria da trupe, formada por batuqueiros das duas escolas de samba.

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Os ensaios foram na quadra da Escola Normal Carmela Dutra e é claro, Dona Marise escolheu a dedo as meninas que se apresentariam em Brasilia. A Fina Flor da Mulherada de Porto Velho.
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Com exceção dos Mestre Salas e Porta Bandeiras das duas escolas que foram os oficiais, e os batuqueiros que eram todos integrantes das duas escolas. Muitas meninas integraram a embaixada porque eram bonitinhas.

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O certo foi que uma equipe da Divisão de Obras do Governo se deslocou até Brasilia e lá construiu a réplica da Locomotiva 12, além de montar um enorme tablado na Praça dos Três Poderes onde as escolas de samba se apresentaram com o Samba do Walter Bártolo “Brasil Desconhecido”, interpretado pelo cantor Jorge Andrade. O apresentador (locutor) que fez a narração do tema, que era sobre as riquezas de Rondônia foi o Jorge Sarrafe dos Santos.
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Foi uma festa a tanto, com a Praça literalmente lotada de brasilenses e turistas. Caiari e Diplomatas mostraram que Rondônia também era boa de Samba.

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O sucesso foi tanto que o Comando Militar do Brasil convidou a trupe para se apresentar no quartel para convidados especiais, era desde o Ministro da Guerra ao Ministro do Interior e as famílias dos praças que serviam em Brasília.

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A turma regressou de Brasilia 10 dias antes dos desfiles carnavalescos e com um detalhe.

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A escola de samba Pobres do Caiari não desfilou, quem desfilou de AZUL e BRANCO no carnaval de 1975, foi a Mocidade Independente do KM-1 com o enredo “O último São João de Castro Alves” e o samba foi de autoria de Bainha e Silvio Santos.

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Vale salientar que a Bandeira que a Neguinha porta Bandeira da Caiari apresentou em Brasilia, foi a da Mocidade do KM-1 nas cores Verde e Branca e não a Azul da Caiari.

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Assim foi o carnaval de 1975 com a Diplomatas Campeã!

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