quinta-feira, 2 de agosto de 2012

LENHA NA FOGUEIRA 03.08.12


Durante a festa do centenário da Madeira Mamoré tivemos a oportunidade de comprovar o quanto o trem encanta nosso povo.

*************
Na noite de quarta feira, quando a festa alcançou o seu ápice, de repente notamos um corre corre no rumo da estação Madeira, é claro que fui conferir o porque de tanta gente correndo no rumo dos armazéns.

*********
Foi quando o Carlos Levy da Golda me informou, que o locutor havia anunciado que a máquina 18 iria apitar dentro de poucos instantes.

*********
Foi emocionante o que presenciamos. Os ferroviários que fazem parte da cooperativa, todos vestidos em fardas iguais as que os maquinistas, foguistas, guarda freio e condutores usavam no tempo que a Madeira Mamoré ainda funcionava, só aquilo levou muito gente a se recordar das viagens de trem entre Porto Velho e Guajará Mirim.

*********
Podemos citar como exemplo, o ex jogador de Basquete considerado a época como o melhor da Amazônia Afonso um boliviano que graças ao seu basquete jogou em clubes de Porto Velho e Guajará Mirim e fez até parte da seleção de Rondônia. Que ao ver os ferroviários naquela farda, disse a esse colunista que estava ao seu lado: “Isso me faz voltar aos meus tempos de jogador de basquete, quando vinha de Guajará Jogar aqui em Porto Velho na quadra do Barão do Solimões” e aí me contou vários histórias dos seus feitos como jogador de basquete.

*********
O negócio ficou mais emocionante quando o maquinista de “plantão” acionou o apito da locomotiva. Os flashes estouraram de todos os lados da máquina 18, uma mutilado cercou a locomotiva como que querendo agradecê-la por estar proporcionando tão emocionante momento.

*********
O Chicão Santos querendo começar a peça “A Ferrovia dos Invisíveis” e a máquina apitando. Aliás, o povo pedindo mais apito.

*********
O interessante é que o povo, quando mais a máquina apitava, mas fotos batia como se fosse possível registrar em fotografia o apito do trem.

*********
Muitos ao meu lado, não conseguiram disfarçar as lágrimas, inclusive eu.

*********
Foi justamente por esse encantamento que a Madeira Mamoré exerce sobre todos nós que aqui nascemos e aos que para cá vieram e nunca viram o trem trafegando pelos trilos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que colocamos em nossa reportagem premiada: “O Centenário da Ferrovia que não Deveria ter Parado”, que mesmo do jeito que está, a Madeira Mamoré gera emprego e renda.

*********
O que está faltando para gerar mais renda e emprego é uma ação dos órgãos de turismo, tanto municipal como estadual, no sentido de incentivar a visita de maior número de turistas ao complexo.

*********
Ontem até escrevi uma coluna com um pouco de indignação pela falta de apoio à festa do centenário do nosso maior patrimônio histórico.

*********
Porém fiquei de alma lavada e enxaguada, quando cheguei à festa por volta das 19h00 e vi que a população estava lá prestigiando o evento que, graças a Deus não contou com a presença de nenhum secretário municipal e nem estadual, é claro que tirando dessa lista o Chicão da Secel e o Tatá da Iaripuna e suas equipes.

*********
Os demais não compareceram porque não têm compromisso com a nossa história.
*********
Depois ficam querendo que a gente cite seus nomes em nossas reportagens. Como fazer isso se eles não prestigiam os eventos relativos a nossa história a nossa cultura.

*********
Não compareceu nenhum político, seja vereador Câmara Municipal, deputada da Assembléia Legislativa, deputado Federal e nenhum senador da república, a noite nem mesmo o representante do governador se fez presente.

*********
Parece até que têm “nojo” de ficar entre a população que os elegeu.

*********
O público foi surpreendente, já que a festa praticamente não contou com o apoio do governo estadual como deveria ter contado, nem mesmo foi divulgada comercialmente falando, nos meios de comunicação, digo, convidando a população para as apresentações culturais da noite de quarta feira.

*********
Mesmo assim, a visão que tínhamos de cima do palco era de uma multidão que ocupou todos os espaços entre a avenida Sete de Setembro e a José do Patrocínio, ou melhor na cabeceira da ladeira da Farquar.

*********
Há quem diga que tinha mais, porém fico com aproximadamente 10 mil pessoas.

*********
Foi a glória, se tivesse sido mais bem divulgado com certeza chegaríamos a 20 mil. Mas ta bom 10 Mil.

********
Aqui temos que tirar o chapéu para o produtor cultural Denis Carvavalho que juntamente com o Saulo da Amazônia Adventure fizeram o evento acontecer. É claro que o Chicão lhes garantiu o suporte.

********
É como se diz na gíria cabocla: “A beraderada fez bonito na festa do centenário da Madeira Mamoré”. Outra dessa, sé em 3.012 no segundo centenário! Tô em Manaus!

Nenhum comentário: