sábado, 10 de novembro de 2018

Boi-Bumbá de Parintins é Patrimônio Cultural


As expressões culturais Marabaixo, do Amapá, e o Complexo Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins foram registradas, por decisão unânime, como Patrimônio Cultural do Brasil. O reconhecimento foi decidido na tarde da última quinta-feira (8), em Belém (PA), durante a 90ª reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura.

Boi de Parintins

Representantes de Parintins que acompanharam o processo aguardavam ansiosos pelo reconhecimento do registro. O prefeito Bi Garcia avalia como positivo o reconhecimento e disse que o município tem mais um motivo para comemorar.
“É gratificante para nós o reconhecimento dos Bois Garantido e Caprichoso como Patrimônio Cultural do Brasil. Mais de 100 anos de história e esse registro mostra a importância desse grandioso evento, além de homenagear os artistas e o povo parintinense que fazem a festa acontecer. Com isso teremos mais incentivo ao turismo, mais oportunidade na geração de emprego e investimentos em nossa cidade”, pontuou Bi Garcia.
O Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins é uma manifestação cultural de caráter festivo, que tem a figura do Boi como seu elemento principal e envolve uma série de danças, músicas, drama e enredo.

Marabaixo


Fruto da organização e identificação predominante entre as comunidades negras do Amapá, o Marabaixo é uma expressão cultural de devoção e resistência que representa tradições e costumes locais e reúne ritmo, dança, vestimentas, comidas e literatura. A origem do nome da manifestação remete aos escravos que morriam nos navios negreiros; seus corpos eram jogados na água e os negros cantavam hinos de lamento mar abaixo e mar acima.
Os negros escravizados passaram a fazer promessas aos santos que consagravam e, quando a graça era alcançada, se fazia um Marabaixo. Sua herança é deixada de pai para filho e está associada ao fazer religioso do catolicismo popular em louvor a diversos santos padroeiros. A forma de expressão reúne referências culturais vivenciadas e atualizadas pelos amapaenses, além de compor a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira.

Geoglifo do Acre

Denominados tatuagens da terra por grupos indígenas atuais, as estruturas conhecidas como geoglifos, herança cultural dos povos amazônicos, são numerosos na região Norte do país. Uma dessas estruturas, localizada no Sítio Arqueológico Jacó Sá, em Rio Branco (AC), foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na manhã desta sexta-feira, 09 de novembro.

Conselho

O Conselho que avaliou o processo de registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, antropologia, arquitetura e urbanismo, sociologia, história e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Ministério da Educação, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), o Ministério do Meio Ambiente, Ministérios das Cidades, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
(fonte MinC e Fato Amazonico)

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