segunda-feira, 18 de março de 2013

ATAULPHO ALVES


Júnior fala sobre seu pai Atulpho Alves




História como a da gravação da música Amélia e a artimanha para introduzir o samba na Zona sul do Rio de janeiro

O cantor Ataulpho Alves Jr. marcou presença em Porto Velho no último final de semana, ao desembarcar no aeroporto Governador Jorge Teixeira na manhã da última sexta feira 15 e ficou por aqui até domingo 17.
Ataulpho Jr. na noite de sexta feira deu uma “canja” ao aceitar convite do Ernesto Melo para cantar algumas músicas do seu repertório na Fina Flor do Samba.  “Gostei muito do público que estava no ambiente assim como do hino de Rondônia que me foi apresentado pelo Ernesto Melo”. A simpatia pelo nosso hino foi tanta, que o cantor anunciou que vai gravá-lo em seu próximo CD juntamente com a música “Porto Velho Meu Dengo” de autoria do Ernesto.
Sábado o show pra valer, aconteceu no Pioneiros Pub quando a platéia o fez cantar por mais de três horas, pois começou as 23h00 e só terminou as 3h00. “Se fosse pelo vontade do público, ele ainda estaria cantando”, disse Beto Cezar responsável pela vinda do cantor a Porto Velho.
Papo descontraído
Domingo a boca da noite, acompanhamos o Altaulpho Jr. até o Mirante Três conhecido também como “Tacaca da Dona Isaura” e no intervalo de um copo de cerveja e uma isca de dourado, fazendo hora para o mesmo embarcar de volta ao Rio de Janeiro, aproveitamos para saber alguma coisa sobre a história do seu pai, o famoso compositor e cantor Ataulpho Alves autor de inúmeros sucessos que até hoje fazem parte do repertório dos cantores de barzinho.
Entre  tantas histórias, Júnior lembrou que a música “Amélia - Mulher de Verdade”, uma parceria de Ataulpho com Mario Lago, quase não seria gravada, porque nenhum cantor da época aceitou gravá-la. “Papai bateu na porta de praticamente todos os cantores que faziam sucesso à época e todos diziam que a música não era boa e por isso não faria sucesso”. Foi então que o também compositor Bide sugeriu que Ataulpho procurasse novamente o “Gringo’ diretor a gravadora RCA e pedisse para gravar Amélia, já que já tinha gravado um disco 78 RPM. Assim Ataulpho fez e conseguiu ele mesmo gravar Amélia. “Depois disso papai resolveu gravar todas suas músicas”, disse Jr.
Outra curiosidade na vida do grande compositor, foi o nome artístico para seu coral. “Como a voz dele era muito “curta’ ele contratou três moças para fazer o coral, acontece que com o sucesso, os contratos começaram a se tornar mais constantes, ele sem saber como fazer para atender tantos convites, pois não se garantia sozinho no palco, em conversa com um amigo compositor perguntou o que deveria fazer e este lhes sugeriu: Manda anunciar “Ataulpho Alves e suas pastoras” daí pra frente aquilo se transformou em marca registrada.
Vale salientar lembra Júnior, que foi meu pai que levou o samba para a Zona Sul do Rio de Janeiro. “Ele adotou um figurino especial para se apresentar nas boates de Copacabana, era na base do smoking que segundo ele era para mostrar, que o samba não era um ritmo apenas de malandros”.
Em 2009 quando Ataulpho Alves completaria 100 anos de idade, Júnior e seus produtores reuniram a Fina Flor dos cantores e cantoras da música brasileira, num show onde foi gravado um CD que pode ser adquirido nas principais lojas do ramo ou através da Internet. “Basta acessar nossa site e comprar”.
Uma simpatia o filho do Ataulpho Alves - Ataulpho Alves Jr. Boa viagem!

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