quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Nossa história em fotografia

Morimoto tentou anular convenção do PDS em 82

Antonio Morimoto protestando contra a convenção
Rosinaldo Machado nos apresenta na edição de hoje 08, o registro fotográfico, da 1º Convenção Estadual do Partido Democrático Social – PDS acontecida no dia 6 de junho de 1982 no GinásioCláudio Coutinho em Porto Velho. Acontece que o então deputado federal pelo estado de São Paulo Antônio Morimoto, por ter sido o relator do Projeto que transformou o Território de Rondônia em Estado, se achou no direito de pleitear uma das vagas para o Senado pelo recém-criado estado.
Ginásio Claudio Coutinho lotado
Assim que conseguiu aprovar o Projeto, Morimoto se encaminhou para Porto Velho, onde em meados do mês de setembro do ano de 1981, procurou o governador Jorge Teixeira de Oliveira e apresentou sua pretensão de sair candidato ao Senado Federal no que foi informado, que para sair candidato por Rondônia o candidato teria que ter domicílio eleitoral no Estado ha pelo menos dois anos.
Morimoto sustentava que, como era um estado novo, recém-criado, estas regras não estariam em vigência e que ele viria disputar uma vaga para o Senado na convenção do PDS.
Confusão na Convenção
O tempo passou e tudo estava correndo às mil maravilhas, Morimoto cumprindo seu mandato de deputado Federal por São Paulo e Teixeirão trabalhando na escolha (Listão), daqueles que seriam ungidos durante convenção do PDS como candidatos ao Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa (Constituinte).
O problema foi que o tal “Listão” vazou e quando Morimoto tomou conhecimento e viu que seu nome não constava se sentiu traído por Teixeirão e mandou avisar, que viria a Porto Velho com uma tropa de choque e que iria
Claudionor Roriz, Lucia Tereza, Curi e Zé Ferreira
atrapalhar a convenção.
A partir daí começou uma série de acusações de ambos os lados e até com ameaças de agressão física e de morte. O comentário era que o “japonês” era faixa preta de karatê e tinha imunidade parlamentar, além de ser do PDS Nacional e que iria quebrar tudo. Para prevenir possíveis problemas, foi montado um forte esquema de segurança para garantir que a convenção transcorresse na maior tranquilidade possível.
Cury e Moreira Mendes atyrás Chiquilito e Jacó Athala
Em um ensolarado domingo, dia 6 de junho de 1982, o novíssimo ginásio Cláudio Coutinho, começou a receber delegações vindas de vários municípios do Interior e moradores de Porto Velho para presenciarem o histórico acontecimento e conhecerem os candidatos do partido governamental o PDS.
Morimoto no Ginásio
A convenção estava marcada para as 17 horas e um pouco antes adentrou ao recinto o deputado Antônio Morimoto, acompanhado pela sua sobrinha, a jornalista e advogada Ruth Morimoto e mais alguns assessores, exigindo que tivessem acesso ao recito de votação. Após muitas negociações ele foi autorizado, somente ele, a permanecer no local da votação.
Cláudia Feitosa, Odacir Soares, Caludionor e M. Mendes
Como já era esperado, e já sacramentado, o “listão” foi aprovado por unanimidade por todos os convencionais. Aí começou a confusão: Antônio Morimoto aos berros esbravejava dizendo que a Convenção do PDS, era uma farsa, jogada de cartas marcadas e que ele iria entrar com um pedido de anulação da Convenção.
Na Justiça
Entrou com o pedido, que foi rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral por 4 a 1 e não satisfeito com o resultado, se juntou ao PMDB e entrou com outro recurso no Tribunal Superior Eleitoral onde tornou a ser derrotado.
Antônio Morimoto terminou por assinar a ficha do PMDB.


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