quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lenha na Fogueira - 16.04.15


E a Castanheira da Candelária?

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Pois é! Foi pro chão e por mais que queiram explicar não tem explicação!

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Aliás, as justificativas prestadas por todos, cujo interesse é apenas financeiro, não passam de declarações mercantilistas. Pura encheção de lingüiça. Conversa pra boi dormir...

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Outro dia postei nesta coluna, que Porto Velho é a terra onde se pratica a cultura da destruição em vez da cultura da preservação. Aqui é melhor destruir que preservar.

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Os caras pensando apenas no quanto vão lucrar, com a venda de apartamentos e terrenos, derrubaram justamente no domingo de Páscoa, a árvore Castanheira de aproximadamente 100 anos. Se fosse o Zé Simão escreveria. “Chocolate de Castanha”.

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Veio o representante da Secretaria do Meio Ambiente e disse: “A empresa pagou tudo que lhe foi cobrado pela derrubada da Castanheira inclusive cumpriu com o item preservação da espécie, pois doou 13 mudas que serão plantadas na cidade”.

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Aí veio o engenheiro arquiteto e disse: “Tivemos que tirar a Castanheira por se tratar de uma árvore muito grande, que tirava o visual do empreendimento e ainda, porque seus frutos poderiam cair na cabeça de uma pessoa, lembrando que seu galho mais próximo fica a 18 metros do chão, seria desastroso se o ouriço caísse na cabeça de alguém”.

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Veio o secretário do Meio Ambiente meu particular amigo Edjales, e como se fosse cego em tiroteio, que não sabe pra onde correr, falou: “Vê mesmo eu não vi as mudas de castanheira, sei que deram entrada no protocolo em número de 13, essas mudas devem ser plantadas na área rural...”. Ele não tem certeza se realmente a empresa dona do empreendimento, realmente entregou as mudas das castanheiras. Aliás, ele falou em Açaí, Patoá e Jatobá! Castanheira mesmo não falou não!

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O arquiteto que projetou o condomínio, ou seja, lá o que for, não teve a competência de aproveitar a Castanheira e coloca-la como atração em seu Projeto. Não teve criatividade nenhuma. Perdeu a oportunidade de vender mais rápido os lotes, casas ou apartamentos usando a Castanheira como marketing.
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É como já disse, é melhor destruir que preservar.

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A Castanheira da Arigolândia ou do Aluizão, até hoje não feriu ninguém com seus ouriços.

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Aliás, já estou na terceira idade vivendo na Amazônia e nunca ouvi dizer, que uma pessoa foi vítima da queda de ouriço de castanha. Se você já ouviu falar sobre isso, por favor, me informe.
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O Manuel Português está quase do “avesso” com tanta falta de responsabilidade para com o patrimônio imaterial e material em nosso município.

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Já não bastasse o descaso com a Madeira Mamoré, agora feriram o espaço da Candelária que é área de preservação e por isso, não pode ser dilapidada ou modificada sem que se obedeça às regras do IPHAN. Aliás, esse Instituto em Rondônia só serve para autorizar a destruição do nosso patrimônio cultural.
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Basta lembrar que concordaram que as peças da Madeira Mamoré fossem levadas para um local que não tem nada a ver com a nossa história.
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E pensar que quando o Roberto Sobrinho estava fazendo a restauração dos galpões, eles exigiram que os parafusos que prendem as telhas, fossem iguais aos colocados pelos americanos no tempo da construção da Estrada de Ferro e agora concordam com tudo. Tem alguma coisa que não está correta por lá!
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O compositor Bado canta: “Dentro da Mata tem a Lei do Mato; Dentro da Mata tem o Rei! Quem fere a Mata e a Lei do Mato; Ferirá o Rei Também!

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