terça-feira, 26 de setembro de 2017

Lenha na Fogueira - 27.09.17

Na próxima sexta feira 29, o compositor do samba Triângulo, o primeiro samba composto por um porto-velhense nato, João Henrique Freire de Souza o popular Manga Rosa, será homenageado através de uma programação especial, que vai acontecer sob a coordenação de seus familiares, liderados pela dona Auxiliadora.

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A festa vai acontecer no Mercado Cultural e tem início marcado para as 19 horas. Vale salientar, que a programação não tem nada a ver com o Projeto Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba. A produção é totalmente de responsabilidade das famílias Lobato de Souza Quintela de Souza.
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Ernesto Melo informa que, de início, concordou em realizar a Fina Flor do Samba logo após ao show em homenagem ao Manga Rosa porém, quando viu a programação, onde consta apresentação de filhos e netos do Manga Rosa mais o show que terá como coordenador musical o Waldemir Pinheiro da Silva – Bainha, então procurou o Tatá que será o Mestre de Cerimônia do espetáculo, e comunicou que para as apresentações não ficarem corridas, a Fina Flor do Samba não vai se apresentar. Assim sendo, a homenagem ao Manga Rosa prevista de início para terminar as 21 horas, agora vai até a meia noite.
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Então vamos agendar o show em homenagem ao nosso primeiro compositor de samba Manga Rosa que vai acontecer na próxima sexta feira no Mercado Cultural. Aproveitando, a família do Manga Rosa convidou para fazer parte da homenagem, amigos que ainda vivem e que foram contemporâneos do João Henrique. Entre eles:

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João Miguel, músico do Jazz Brasil que tocava nos bailes do Bancrévea Clube; Paulo Santos, violonista do Conjunto Bossa Nova que tocava na famosa Varanda Tropical do Porto Velho Hotel; Sargento Dantas – Edobo, músico que foi maestro da Banda da Guarda Territorial; Joaquim Bartolo (carolinha) amigo bancário do Banco da Amazônia (Banco da Borracha) e cavaquinista; Bainha músico percussionista um dos fundadores do Conjunto Bossa Nova; Sílvio Zekatraca músico amigo de boemia; Cabeleira integrante do Conjunto Bossa Nova. O interessante, segundo Auxiliadora, é que essas homenagens serão feitas através de intervenções musicais dos homenageados. “Para não ficar cansativo”.
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Conheci o Manga Rosa quando ele ainda tocava na Banda de Música do Colégio Dom Bosco, depois, já no início da década de 1960, nos programas de auditório da Rádio Caiari que aconteciam todos os domingos pela manhã. Eu trabalhando na Rádio e ele cantando e acompanhando os calouros pelo Conjunto Bossa Nova.
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Depois do programa, saiamos geralmente eu, ele e o Jorge Andrade e escolhíamos um boteco para ficar tomando umas e outras e tocando e cantando, as vezes ficávamos até tarde da noite.
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Tinha um boteco que gostávamos de frequentar. Ficava bem em frente ao cemitério dos Inocentes e pertencia a um funcionário dos Correios. Ficávamos num reservado. O especial do boteco era que o dono fazia um bate-bate como ninguém. Bate-bate é cachaça, misturada com a maracujá (polpa direto da fruta para o copo) e batidas com açúcar. Daí o nome bate-bate. Você fica bêbado sem sentir. Uma delícia!
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Outras vezes, quem participava dos encontros era o Paulo Santos que até hoje, é um dos melhores violonistas do Brasil. Paulo Santos nascido em Porto Velho chegou a tocar com Baden Powell. Com o Paulo o negócio era mais sério ele não era muito de beber cachaça, o negócio dele era wisque.
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O Bossa Nova era formado pelo Ricardo na Bateria, Paulo Santos – violão. Dinoel – guitarra, Manga Rosa no trombone de vara ou sax, Bainha, Leônidas e Cabeleira na percussão. Ainda teve o Nozinho no bongô!
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Tempo bom não volta mais, saudades dos tempos atrás!

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