quinta-feira, 13 de março de 2014

Lenha na Fogueira - 14.03.14

Salve o dia Nacional da Poesia 14 de março. A data foi criada em homenagem ao grande poeta Castro Alves o poeta dos escravos. Seu nome completo Antônio Frederico de Castro Alves.
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Em Porto Velho a data será comemorada no Sarau que vai acontecer hoje a partir das 20h00, na Casa de Leitura Arigoca.
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Podem inventar o que inventar, mas, a poesia sempre será a maneira mais utilizada para se dizer o quanto amamos uma pessoa, admiramos a natureza, e até descrever um evento como as conquistas.
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Castro Alves usou sua veia poética em prol da causa da abolição da escravatura no Brasil. Já o Flávio Carneiro poeta rondoniense da gema, cantou em prosa e verso as coisas da nossa cidade.
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Musiquei o poema do Flávio Carneiro “Seu Engraxate” que fala sobre os engraxates que atuavam na Praça Jonathas. A letra é assim:

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Seu engraxate por favor/Veja bem o meu estilo/E dê um brilho daqueles bem caprichado/Meu sapato é bem usado/Antes dê uma carreira ao outro lado da Rio Branco/E me traga o Alto Madeira/Tenho pouco tempo/e o tempo é ouro/Por favor/Não vá manchar o couro/Se por acaso, não tiveres o troco/Me espera um pouco na Casa das Canetas/Vou ao Café Santos/Tomar um cafezinho/Na volta te darei uma gorjeta.

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É um samba de breque que inclusive, fez parte do repertório do show Canta Mulher no ano de 2012 interpretado pela cantora Elisa Cristina no Sesc Esplanada.
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Hoje nossa poesia tem no poeta Carlos Moreira sua maior expressão.
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E a turma que frequenta a Casa Arigoca em sua maioria é formada por poetas que cantam nossos encantos inclusive os encantos do Rio Madeira.
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Que mesmo com a enchente descomunal é inspiração para obras poéticas de primeira linha.
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Elizeu Braga, Dom Lauro, Mado, Binho, Analton Alves, Gabi Amadio, Melissa Abadias e a Leila são poetas e poetisas que sabem dizer com requinte, sutileza e beleza sobre as coisas do amor, da vida cotidiana e dos devaneios.

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Ser poeta, é saber dizer em poucas palavras, o que muitos não conseguem em muitas páginas.
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Ser poeta, é ter a sensibilidade a flor da pele e o sentimento supersensível seja em qualquer circunstância.

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Ao tempo que entôo um canto de louvor e amor ao por do sol do Rio Madeira, canto o lamento do ribeirinho ao ver suas coisas indo de água abaixo em sua correnteza.
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A palavra poética me serve de alento e de lamento – é no fio da linha da pauta.
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Poesia é amor, é desamor, é alegria é lamento. Poesia é sofrimento é dor, é acima de tudo saber expressar o sentimento do momento.
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O poeta vive o momento da sua poesia ou da poesia momentânea.
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No dia da poesia, homenageamos os poetas amigos Selmo Vasconcelos, Mado, Binho, Bado, Silvio José Menezes, a poetisa Nilza Menezes, Viriato Moura, Aparício Carvalho.

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Nesse dia lembramos com saudades Flávio Carneiro, José Hailton Bahia, Menezes, Baba e tantos que se foram.
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Lembramos nosso poeta declamador maior, Cabo Lira e o poeta Vespasiano Ramos que faleceu em Porto Velho depois de ter escrito há muitas décadas atrás, um dos poemas mais atuais. “Ao Cristo”:

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...Divino apagador dos desenganos/Tu que foste há quase dois mil anos,/Sacrificado pela Humanidade,/Prometeste voltar! Não voltes, Cristo:/Serás preso, de novo, às horas mudas,/Depois de novos e divinos atos,

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Porque, na terra, deu-se apenas, isto:/Multiplicou-se o número de Judas/...E vai crescendo a prole de Pilatos.

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