segunda-feira, 10 de março de 2014

Lenha na Fogueira - 11.03.14

Por todo canto que se anda na cidade de Porto Velho e creio que também em Jacy e Mutum Paraná, Nova Mamoré, Guajará Mirim, além das comunidades do médio e baixo rio Madeira onde ainda se pode chegar.

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O assunto é a enchente do rio Madeira. Não tem como escapar, no intervalo musical da balada, no botequim da esquina, na padaria, na fila do caixa do supermercado, em frente às igrejas após a missa ou o culto, o assunto é o mesmo
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Numa gravação realizada no distrito de Nazaré uma beradeira, ao tempo que elogia o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas Defesas Civil Estadual e Municipal, critica o conteúdo da cesta básica.

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Diz a ribeirinha: “Eles nos dão a cada 15 dias uma cesta básica, só que na cesta vem arroz, feijão, açúcar, café, macarrão e produtos de limpeza. Falta mistura, é uma lata de sardinha para 15 dias.
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A mistura bem que poderia ser charque, peixe seco (pirarucu) e até conserva. Uma lata de sardinha mal dá para um almoço reclama a senhora, com toda razão.

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Vale lembrar que a população ribeirinha, não é miserável, não gosta de ser tratada como mendiga. No beradão todos trabalham para se manter, inclusive as crianças. Uns pescam, outros plantam mandioca, milho, açaí, pupunha e tantas outras frutas como banana; fazem farinha, plantam legumes e verduras.

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É claro que numa situação como a que estão vivendo agora, com a cheia incomum do rio Madeira, o auxilio através de cesta básica é bem vindo, porém, precisa ser uma cesta digna.

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Por que não colocar carne bovina? Sem essa de dizer que a carne vai estragar por não ter onde conservar. O povo ribeirinho sabe muito bem salgar a carne assim como salgam o peixe para comer no período do defeso.

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Voltando a conversa das esquinas. Todo mundo dá uma de engenheiro hídrico e muitos de meteorologistas. As soluções são as mais diversas.

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Numa dessas conversas, alguém questionou. Será que a prefeitura de Porto Velho está realizando estudos sobre o futuro urbano da cidade?

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O que será providenciado após o rio Madeira voltar ao seu curso normal? Como ficará os moradores do Triângulo, Cai N’água, Baixa da União, Nacional, Balsa e outros bairros atingidos?

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Será que ainda vão construir o Complexo Beira Rio? E a frente da cidade ali no Porto da Madeira Mamoré?

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Ninguém soube responder ao questionamento colocado à mesa, e o que rolou foi mais uma cerveja, enquanto os pensadores voltaram a divagar em seus sonhos.

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Pelo menos o problema causado pela enchente do rio Madeira, serviu para mostrar aos técnicos da Semtran, que a inversão do trânsito da avenida Sete de Setembro não é aconselhável.
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Já pensou se eles (da Semtran) já tivessem viabilizado a inversão da Sete de Setembro?

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Com a Almirante Barroso no seu inicio inviabilizada pela enchente, o trânsito de veículos não teria como fluir. Ficaria todo mundo encalhado na Sete.

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É por isso que concordo com o dito popular: “Tudo que Deus faz, é bem feito”.
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Uma cidade cujos governantes, não foram capaz de concluir a construção de um viaduto, uma passarela e de uma rua (Da Beira), como será que vai ficar após a enchente do rio Madeira?

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Precisamos de políticos sérios e não de políticos que peguem carona em repasse de recurso do governo federal para ficar se vangloriando.
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Em uma usina a fio d’água, fica-se refém dos humores da natureza! O resto é conversa fiada!

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