sábado, 15 de dezembro de 2012

SECEL - MARA ALVES QUER TIRAR O ESPORTE DA UTI




 Quando todos pensavam que o governador Confúcio Moura só iria nomear outro secretário de cultura, após a saída por motivos de força maior, do Emanuel Nery apenas no mês de janeiro, eis que na quinta feira passada a professora graduada em Educação Física com mestrado em Ciência da Educação e doutoranda em Ciência do Movimento Humano Cleidimara Alves, mas conhecida no mundo esportivo como Mara Alves foi nomeada Secretária da Secel. “O convite partiu do governador, mas pertenço ao grupo político da deputada Epifânia Barbosa”. Mara assume a Secel com a missão de alavancar o esporte de Rondônia. “Nossa missão é tirar o esporte da UTI”. Outra, de acordo com suas palavras algumas peças que estão à frente de setores importantes serão substituídas. “Você sabe que cada secretário que entra, precisa trazer uma equipe que já vinha trabalhando junto em outras situações”. E assim apresentamos na entrevista que segue, a nova Secretária de Estado dos Esportes, da Cultura e do Lazer – Mara Alves

ENTREVISTA



Zk – Mara surge de qual nome?
Mara – Meu nome é Cleidimara Alves, mas, estou mais acostumada com Mara, quando alguém me chama de Cleide ou de Cleidimara até estranho. Isso veio através do voleibol, todo mundo me conhece no meio do esporte principalmente como Mara Alves. Entrei para a secretaria do município o ano passado como assessora, depois passei a ser secretária efetiva da pasta e também emplacou o nome Mara Alves.

Zk – Você é de Porto Velho
Mara – Sou nascida em Minas Gerais na cidade de Uberlândia, mas, minha família veio pra cá há 40 anos, então já me considero filha de Porto Velho.

Zk – O que sua família veio fazer em Rondônia?
Mara – Meu pai veio em busca de melhoria na época do garimpo do ouro. Ele era mecânico trabalhou naquela geração do ouro, para empresários que vinham em busca de melhores dias aqui. Tanto meu pai como minha mãe são falecidos. Rondônia hoje faz parte da minha família da minha vida, não tenho filhos, mas, meus sobrinhos são todos nascidos aqui. Tenho três irmãos que também nasceram em Rondônia. Cheguei com três anos de idade. Em janeiro faço 44 anos.
Zk – Em quais colégios vocês estudou?
Mara – Estudei no John Kennedy que era bem próximo a minha casa na Salgado Filho, depois me transferir em busca de melhores condições pra desenvolver a modalidade de voleibol para o Barão do Solimões, onde fui atleta do professor Cardoso nosso grande amigo, de lá fui convidada a jogar pelo time do Instituto Maria Auxiliadora levada pelo professor Luiz Gouveia o Luizão, depois fui pra UNIR onde me formei em Educação Física. Somente há quatro anos que vim trabalhar no serviço público.
Zk – Você tem pós graduação?
Mara – Tenho mestrado em ciência da educação e estou concluindo meu doutorado em ciência do movimento humano que é uma área direcionada a área da educação física, tenho especialização em esporte escolar e em treinamento desportivo.
Zk - Como foi que começou a carreira de jogadora de vôlei?
Mara – Naquela época as atletas eram escolhidas pela altura e eu tenho 1,69m, portanto, considerada ideal para a prática do  basquete ou vôlei. Estava na escola e o professor Cardoso me viu e disse assim: “Você tem que jogar vôlei”, lembro inclusive, que houve uma disputa saudável, entre o professor Samuel Johnson que era do basquete e o professor Cardoso que me queria pro vôlei. Acabei fazendo alguns treinos no basquete, mas, me encaminhei mesmo pro voleibol. Comecei no Barão do Solimões, depois joguei pelo Ypiranga, fui pro Ferroviário. Joguei entre 15 e 18 anos voleibol pelo estado. Aos 15 anos de idade peguei minha primeira seleção e cheguei até a seleção principal.
Zk – Você chegou a praticar outro esporte além do vôlei?
Mara – Andei pelas piscinas. Fui atleta de natação dos 11 aos 14 anos, inclusive participei da primeira seleção de natação de Rondônia na primeira passagem do professor Nadilson pelo estado. Fui técnica de natação, constituí equipe de natação, tive atletas que se destacaram a nível nacional. Antigamente tinha o ranque speedo os 25 melhores do Brasil e eu consegui colocar atletas do Ferroviário em quarto lugar nesse ranque.
Zk – De repente encontramos a professora de educação física, atleta campeã, num cargo político. Como aconteceu a Ascensão política em sua vida?
Mara – A politica está em nossas vidas e muitas vezes a gente não quer aceitar isso. Até para convivermos dentro da nossa família, junto com nossos vizinhos, temos que ter aquela política que chamamos de boa vizinhança..Há quatro anos a Epifânia que agora é deputada, saiu como candidata à vereadora e por sermos amigas desde a Universidade entrei na campanha pela amizade e quando vi já estava envolvida no grupo.
Zk – Já era funcionária municipal?
Mara - Depois passei no concurso público da prefeitura assumi a Divisão de Educação Física do município, me tornei Diretora de Departamento na Semed, passei para a assessoria da Semes e cheguei à secretária do municipal. Foi uma carreira que seguiu os passos legais da Ascensão. Isso é bom porque a gente vai obtendo conhecimento, sei que não sei tudo, principalmente no cargo que estou exercendo hoje. Nosso estado é um estado bem grande com 52 municípios e sei que meu trabalho vai ser bem complexo.Com a ajuda dos profissionais da casa, com os amigos que tenho nas federações e associações, amigos desportistas, amigos da cultura, juntos vamos fazer um trabalho nesses dois anos e assim colocar Rondônia em evidência nacional e quem sabe internacional também. Tanto na cultura quanto no esporte.
Zk – Pelo estamos vendo o governador com sua nomeação quer dar mais visibilidade para o desporto. Houve alguma conversa a esse respeito?
Mara – Exatamente, temos conhecimento que há 17 anos tivemos um professor de educação física como gestor desta pasta que foi o Domingos Pires. Depois tivemos pessoas ligadas ou a cultura ou em outras áreas. O secretário que ficou aqui somente por dois meses tem formação em engenharia.
Zk – Por isso agora o governador quer investir mais no esporte?
Mara – Nosso esporte precisa ser resgatado. Sabemos que a cultura já conseguiu avançar alguns degraus, precisamos melhorar, tem muita coisa por fazer ainda culturalmente falando, mas, nós precisamos tirar o nosso esporte da UTI. Não vamos priorizar! Vamos continuar avançando na cultura, mas, fazendo também o resgate do nosso esporte.
Zk – O governador falou sobre a reforma do estádio Aluizio Ferreira?
Mara – Sim, meu primeiro contato com o governador foi na quarta feira e quando nos apresentamos, a primeira pauta dele foi falar nessa infraestrutura, na revitalização dos espaços físicos que temos no nosso estado. Ele pediu agilidade, o tempo é muito curto e passa muito rápido e nós já estamos trabalhando no sentido de dar inicio a essas obras.
Zk – Vai dar pra receber seleções que vêm participar da Copa do Mundo?
Mara – O secretário anterior já fez alguns contatos e nós vamos buscar esses contatos para que possamos dar continuidade, pra ver qual a forma que iremos utilizar para trazer essas seleções para utilizarem nosso estádio como ponto de apoio para a Copa do Mundo e com isso, estaremos avançando na pauta do turismo, juntando a cultura, às belezas naturais que nosso estado tem.
Zk – Sua autonomia a frente da pasta vai até onde?
Mara – O governador Confúcio me colocou bem à vontade e se colocou a disposição pra me ajudar no que for preciso, tanto ele como também os demais secretários, para que possamos fazer uma gestão realmente de cooperação. Sabemos que existem alguns limites, principalmente orçamentários, mas temos apoio de deputados para que possamos devolver um ótimo trabalho nessa gestão.
Zk – Haverá mudanças nos setores da secretaria?
Mara – Você sabe que cada secretário que entra, precisa trazer uma equipe que já vinha trabalhando junto em outras situações. Não pretendo fazer uma mudança brusca, mas, as mudanças são necessárias. Algumas peças se vão, outras entram para fortalecer o grupo. Sei do potencial de cada técnico que tem aqui na Secel, tanto na cultura quanto no esporte e no administrativo também, mas, pessoas novas farão parte do grupo sim.
Zk – Pode citar nomes?
Mara – Ainda não. Estamos trabalhando com alguns nomes, com pessoas que já vivem essas gestões, que já foram gestores em outras situações, para vir fortalecer esse grupo. Ainda estamos fazendo um trabalho de reconhecimento e acho que está muito cedo para citar nomes.
Zk – Sei que você ainda está conhecendo a secretaria, mas, temos uma situação que vai ser preciso resolver daqui a alguns dias. É a saída da Bebel da Gerencia de Cultura uma vez que ela vai colaborar com o prefeito de Ariquemes. Já existe algum nome em evidencia para substitui-la?
Mara – O próprio governador me colocou a par dessa situação. Recebo a secretaria e daqui a alguns dias já fico sem a Gerente de Cultura. Já estamos trabalhando em alguns nomes que ainda não podem ser divulgados, até porque a gente precisa conversar com o governador, colocar para apreciação os nomes que a gente está visibilizando aí. Temos certeza que vamos trazer o que existe de melhor. É importante que essa pessoa que vem, tenha uma abertura e entendimento também com esse grupo cultural. Não pode ser uma pessoa que seja minha amiga, que seja da minha vontade, mas, que haja um consenso principalmente do governador e das pessoas que fazem a cultura em nosso estado.
Zk – Quer deixar uma mensagem pra gente?
Mara – Quero agradecer primeiramente o convite do governador Confúcio Moura. Dizer que me sinto muito orgulhosa em fazer parte dessa equipe. Eu já fazia uma acompanhamento da Secel porque tenho muitos amigos aqui dentro, dizer ao povo de Rondônia que só podemos ter sucesso se vocês acreditarem no nosso trabalho e contribuírem também, porque jogar pedra no telhado dos outros é muito fácil, mas, quem faz a gestão somos nós. Peço que vocês tragam pra gente as demandas, que tenham paciência, mas que colaborem acima de tudo.
Zk – Para começar a encerrar. Qual o seu grande projeto realizado na Semes?
Mara – Meu grande projeto realizado na Semes foi deixar uma equipe constituída. Em oito meses, conseguimos fortalecer projetos que já existiam, de forma didática de forma técnica e coesa. Por isso digo que nosso marco dentro da Semes foi deixar uma equipe pronta pro doutor Mauro que vai assumir no dia 1º de janeiro.
Zk – O governador tem por marca a preservação das parcerias, no caso da Secel era o PC do B. Certa vez quando a imprensa estava batendo no Chicão ele me disse, “quem vai tirar o Chicão da Secel é o partido dele e não eu”! No seu caso houve uma indicação partidária. O PT foi quem indicou ou não?
Mara – O convite veio do próprio governador, não foi uma indicação partidária diretamente. Tenho sim um grupo do qual faço parte que é o grupo da deputada Epifânia sou filiada ao Partido dos Trabalhadores, mas, hoje estou totalmente à disposição do governador Confúcio Moura.

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