ENTREVISTA
Zk – Qual seu nome completo
Elsinho – Elson Ferreira de
Souza sou filho do Eudes que é bastante conhecido em Porto Velho principalmente
pelos boleiros que gostam de jogar pelada e minha mãe é a dona Josinete. Sou
natural de Porto Velho com muito orgulho, nasci no dia 30 de novembro de 1989.
Zk – Onde você começou sua
carreira de jogador de futebol?
Elsinho – Começou no meu
bairro Jardim Ipanema num campo de várzea, depois fui pro Genus onde disputei
duas Copas São Paulo, me profissionalizei, fui vice-campeão e em seguida me
transferi para o Vilhena Atlético Clube – VEC conquistando o título estadual.
Logo depois fui pra Maringá e fui campeão da terceira divisão do Paraná, voltei
para a região norte pra jogar no Clube do Remo de Belém Pará. Embarquei pro Nacional
de Nova Serrana (MG); CRB de Alagoas e ultimamente Figueirense de Santa
Catarina.
Zk – Quantos anos você tinha
quando saiu de Porto Velho para jogar em times de outros estados?
Elsinho – Até os 17 anos de
idade, joguei em clubes de Rondônia, a partir dos 18 anos comecei a viajar,
porém, foi com 19 que realmente sai de Porto Velho para morar em outras cidades
e estados.
Zk – Você frequentou alguma
escolinha de futebol?
Elsinho – Frequentei a
escolinha do Genus e a escolinha lá do meu bairro a Porto Feliz.
Zk - Você estudou até que
série e em quais colégios?
Elsinho – Estudei no colégio
4 de janeiro, Roberto Pires e no José Otino. Conclui o 2º Grau.
Zk – Você sempre atuou na
lateral direita?
Elsinho – Não, comecei como
meia atacante e depois tive a oportunidade de jogar de lateral, fui bem e dei
continuidade nessa posição,
Zk – No Figueirense você
jogava de lateral?
Elsinho – Sim, joguei de
lateral e ala.
Zk – Quem foi que descobriu
o teu talento para o futebol, aquele que disse: esse menino é bom de bola e te
levou pra fora de Rondônia?
Elsinho – Desde pequeno,
muita gente falava, mas o clube que realmente me deu oportunidade foi o Genus
de Porto Velho através do presidente Evaldo o José Francisco treinador também
me deu oportunidade, foi aí que as portas foram se abrindo pra mim.
Zk – Como é o relacionamento
com a gurizada do bairro Ipanema?
Elsinho – Sempre que tenho
oportunidade marco presença no campinho, converso muito com a gurizada, gosto
de incentiva-los. Eles têm um carinho muito grande por mim e eu por eles.
Jamais deixarei de valorizar minhas raízes.
Zk – O teu pai seu Eudes é
um incentivador?
Elsinho – Desde quando eu
ainda era criança começando a dar meus primeiros chutes, ele sempre me
incentivou, vai lá meu filho, não desiste, corrigia meus erros e assim fui
crescendo futebolisticamente falando e como cidadão, graças à educação que meus
pais me deram.
Zk – Em algum momento você
pensou em parar de seguir a carreira de jogador de futebol profissional?
Elsinho – Teve sim, graças a
Deus foi apenas um momento. Foi assim: Quando viajei pra Londrina pra fazer
teste, aconteceram coisas que me fizeram pensar em desistir de ser jogador
profissional. Graças a Deus que as coisas mudaram e foram encaminhadas da
melhor forma.
Zk – Como é viver longe da
família, em alojamento?
Elsinho – É ruim! A saudade
da família quando bate deixa a gente pra baixo. Graças a Deus faz tempo que sai
dos alojamentos e sempre moro em apartamento com minha mulher e filho onde
recebo meus pais.
Zk – Como você trabalha o
seu físico para enfrentar a maratona que é o campeonato brasileiro?
Elsinho – Como você pode ver
sou um cara franzino, mas estamos numa fase de trabalho físico elevada. Estamos
trabalhando a massa muscular e com certeza saberemos dar conta do recado. Meu
DNA é assim mesmo.
Zk – Como foi que você foi
parar no Figueirense?
Elsinho – No inicio deste
ano disputei o campeonato pelo CRB de Alagoas e fomos campeão estadual. Estava
jogando o Brasileiro da série B onde me destaquei bastante, fui feliz e então
pintou o interesse do Figueirense e fui pra lá, joguei algumas partidas como
titular durante do campeonato Brasileiro da série A.
Zk – A que você atribui a
tua ascensão no futebol, a participação na Copa Paulista ou a disputa da série
B do Brasileiro?
Elsinho – Foi disputando o Brasileiro da série
B pelo CRB onde me destaquei e consegui a transferência para o Figueirense e
disputei a série A que projetou meu futebol e o interesse do Vasco da Gama.
Zk – Qual o grande jogo da
sua vida até o momento?
Elsinho – Foi CRB e
Joinville que estávamos perdendo dentro de casa e viramos para quatro a três.
Zk – Você é um lateral que
vai a linha de fundo ou é daqueles que não passa do meio campo?
Elsinho – Gosto muito de
atacar, porém, isso depende muito do esquema que o treinador adotar. Se me der
liberdade pode contar que vou em busca do gol. Este ano graças a Deus fiz cinco
gols jogando na lateral direita e espero fazer muito mais jogando pelo Vasco da
Gama.
Zk – Você tem namorada?
Elsinho – Sou casado com a
Angélica e juntos temos nosso filho João Guilherme de três anos e meio. Quando
sai daqui já era casado, a partir da minha contratação pelo Clube do Remo
sempre levo minha esposa e meu filho.
Zk - O contrato com o Vasco
já está assinado?
Elsinho – Ainda não, tenho
que passar pelos exames médicos e só depois, se eles acharem que está tudo bem
comigo fisicamente falando, é que vamos assinar o contrato.
Zk – Quando você vai viajar
para o Rio de Janeiro para se integrar ao elenco do Vasco?
Elsinho – Até o dia 30 devo
estar viajando pra lá e logo serei apresentado à torcida. Tudo vai dar certo se
Deus quiser. Só posso dizer que sou jogador do Vasco da Gama depois que assinar
o contrato. As coisas estão se encaminhando pra isso e creio que darão certo,
falta só os exames.
Zk – E o velho Eudes
Vascaíno de nascença, como está vendo o filho se encaminhando para jogar no
time do seu coração?
Elsinho – Tá aí muito feliz,
muito alegre a me dando o maior apoio.
Zk – Quer deixar uma
mensagem aos seus amigos e aos torcedores do Vasco da Gama?
Elsinho – Desejo Feliz Natal
e Próspero Ano Novo a todos os portovelhenses a todos os rondonienses, que
mantenham a cabeça no lugar e comemorem com suas famílias esta data muito
especial.
Zk – Agora a conversa é com
o pai do Elsinho seu Eudes. Como é que o pai se sente ao ver o filho bem
encaminhado na profissão e ainda por cima jogando o time do seu coração no seu
caso, o Vasco da Gama do Rio de Janeiro?
Elsinho – A gente sempre
torce pelo sucesso dos filhos! Me sinto muito grato e satisfeito, agradecido a Deus
porque é o sonho de todo jovem jogar num time de futebol, agora jogar num
grande clube como o Vasco é melhor ainda. Vamos torcer pra dar tudo certo.
Zk – Fala sobre o Elsinho?
Elsinho – Ele sempre gostou
de jogar bola desde os seis, sete anos que ele começou a frequentar os campos
de pelada. Foi no bairro Jardim Ipanema onde tudo começou, jogou ali pelo 13,
Aluízio Ferreira, disputou vários campeonatos regionais.
Zk – Qual seu nome?
Eudes – Eudes Ferreira de
Araújo minha esposa chama-se Josinete Guarim de Souza. Sou nascido e criado em
Porto Velho. Meu pai é paraibano e minha mãe acreana.
Zk – Você chegou a
acompanhar os grandes momentos do futebol de Porto Velho?
Eudes – Claro, tenho
cinquenta anos de idade e tive o prazer de ver jogando: Hermógenes, Da Silva,
Gervásio, Meireles, Bacu enfim grandes nomes do futebol rondonienses como
Valter Santos Barbosa. O clube que mais me chamava à atenção era o Ferroviário.
Zk – Você foi jogador de
futebol?
Eudes – Disputei campeonato
no campo do 13 nos campeonatos que o Evaldo realizava e ainda realiza. Naquele
tempo o campeonato do 13. Na época do seu Brasil o campeonato do 13 era muito
badalado. Nunca passei de amador.
Zk – O Elsinho foi um menino
levado?
Eudes – Não, ele sempre foi
muito tranquilo, é um garoto que não gosta de balada. Gosta muito de se
concentrar, de fazer educação física, é um menino muito dedicado no que se
propõe fazer. Não tenho preocupação em ele ir pruma cidade como o Rio de
Janeiro num clube como o Vasco porque ele sempre teve uma vida muito familiar.
Zk – Apesar de estar
praticamente em inicio de carreira, o Elsinho colabora com a família. Muita
gente pergunta sobre isso?
Eudes – Muita gente
questiona sobre isso, porque o Elsinho jogou no Clube do Remo, no Nacional de
Nova Serrana. Jogou no CRB onde foi campeão estadual e depois se transferiu
para o Figueirense e disputou a série A do Brasileirão. Acho que todo mundo tem
sua vida. ; eu tenho a minha vida com minha família ele tem a dele com a
família dele. É claro que ele sempre nos ajuda. Tanto é que minha casa hoje ele
derrubou todinha e mandou fazer outra.
Zk – Então já começou bem?
Eudes – Pois é! Eu ia fazer
alguns arranjos na minha casa e ele chegou e disse: “Não papai, vou mandar
derrubar essa casa” e pediu pra mãe dele dizer como é que ela queria e o
resultado, é que a casa novinha em folha já está sendo terminada.
Zk – Você pretende
acompanhar o Elsinho?
Eudes – Não! Quando ele
estava no CRB de Alagoas disputando a série B, passei trinta dias no
apartamento dele lá. Agora seguir ele no Rio de Janeiro ou em qualquer outro
lugar não. Nossa vida é aqui, nossos amigos estão aqui, nossas coisas são aqui
e aqui vamos continuar.
Zk – Você é Vasco por conta
do Elsinho?
Eudes – Quando o Elsinho nem
sonhava em jogar no Vasco nossa família toda já era é Vascaína.
Zk – O que você tem a dizer
para os pais que gostariam que seus filhos fossem jogador de futebol?
Eudes – Estamos visitando
várias escolinhas de futebol onde o Elsinho faz uma espécie de palestra para as
crianças, jovem e adolescente, dizendo que não parem de sonhar que é bom
sonhar, agora tem que fazer valer o sonho, procurando ser um profissional de
verdade, se dedicando aos treinos, deixar o orgulho de lado, cuidar muito bem
da família.
Zk – Pra finalizar?
Eudes – Vamos todos cantar de
coração A Cruz de Malta é o meu pendão...!
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