quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A história musical de Silvio Santos

Walci do Cavaco. Silvio Santos e Banana Split
Diz a lenda que Silvio Santos já nasceu compositor. Nascido no dia 8 de dezembro de 1946 na localidade de Santa Terezinha no Distrito de São Carlos do Madeira veio morar em Porto Velho quando tinha 4 anos de idade. Em 1957 ingressou como Office Boy no Jornal O Alto Madeira e em 1960 foi levado pelo seu irmão Bianor Santos para atuar como sonoplasta na Rádio Caiari que estava nascendo.
Justamente em 1960 quando estava assistindo os desfiles carnavalesco na avenida Presidente Dutra caiu uma chuva torrencial, Silvio ao chegar em casa todo molhado compôs sua primeira música, a marchinha “A Chuva Quando Cai” foi a primeira de uma série de músicas.
Em 1964 assinou a ata de fundação da escola de samba “Pobres do Caiari” e passou a atuar como Mestre Bateria. Em 1966 foi instigado pelo carnavalesco José Carlos Lobo a compor seu primeiro samba no estilo samba enredo e ai nasceu: “Rondônia Futuro do Brasil” que foi muito bem executada durante o carnaval pela orquestra “Jazz Brasil” que tocava no Bancrévea Clube, e a Pobres do Caiari desfilou cantando (não foi considerado como samba enredo da escola). Em 1968 Silvio fez sua primeira marcha rancho “Amor de Quatro Dias” inspirado numa história verídica que aconteceu no carnaval daquele ano.
Primeiro Samba de Enredo
Após o carnaval de 1969 a professora Marise Castiel assumiu a direção da escola de samba Pobres do Caiari e lá pelo mês de novembro, por indicação mais uma vez do Zé Calos Lobo, dona Marise chamou Silvio entregou-lhe o livro “Sinhá Moça” da escritora Maria Camila Dezonne dizendo: “Leia este livro e faça um samba de enredo”. Silvio ainda tentou explicar que nunca tinha feito um samba enredo e tal, mas, dona Marise não quis saber: “Menino você é capaz, leia o livro e faça o samba enredo”. Então nasceu o primeiro samba de enredo de uma escola de samba de Porto Velho, “Sinhá Moça e a Abolição” cantado no desfile da Pobre do Caiari no carnaval de 1970 resultado, a escola foi campeã pela primeira vez. Daí pra frente, até 1974, todos os sambas da Caiari foram de autoria do Silvio sendo que o de 1974 “Odoiá Bahia” contou com a parceria do Bainha. A Caiari parou e com o parceiro Bainha, Silvio criou a escola de samba “Mocidade Independente do KM-1” (1975) da qual juntamente com o Bainha compôs todos os sambas (A escola deixou de desfilar em 1980).
De volta à Caiari, que havia retornado ao carnaval de rua de Porto Velho e já com o novo parceiro Babá, compôs vários sambas campeões entre eles o antológico “Ceará, Lendas, Rendas e Crença – Ceará de Iracema”.
Silvio já compôs samba enredo para a Diplomatas do Samba, Unidos da Castanheira, Império do Samba, O Triângulo Não Morreu, Unidos da Rádio Farol, Acadêmicos do Armário Grande e Acadêmicos do São João Batista.
É um dos fundadores da Banda do Vai Quem Quer e compôs a grande maioria de suas marchinhas inclusive a famosa “Chegou a Banda a Banda a Banda...”. Fez músicas para o Galo da Meia Noite, Até Que a Noite Vire Dia, Canto da Coruja e Us Dy Phora.
Concorreu na escola de samba Vitória Régia de Manaus em parceria com o Torrado e compôs samba para o Bloco dos Apaches da cidade de Mosqueiro de Belém do Pará em parceria com Banana Split. Foi campeão com o samba de enredo na escola de samba “Praça da Bandeira” de Boa Vista Roraima e em 1990 foi parceiro dos compositores Mazinho da Piedade e Murilo Collares na disputa de samba enredo da escola de samba Portela do Rio de Janeiro. Tem samba campeão nas escolas Unidos de Rolim de Moura e Gaviões do Planalto ambas no município de Rolim de Moura.
Além de samba enredo Silvio é autor da música Porto, Velho Porto gravada pelo Zezinho Maranhão além de muitas músicas nos seguintes ritmos; toada de boi bumbá, bolero, samba canção, samba de breque, forró, brega e reggae.
Essa é apenas uma breve história do compositor, jornalista e radialista Silvio Santos – o Zekatraca.

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