domingo, 18 de março de 2012

LENHA 19.03.12

Lenha na Fogueira

Hoje é dia de São José Operário considerado o Pai de Jesus.

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Em Porto Velho, além das celebrações católicas os moradores do bairro Mocambo festejam a data com muita festa.

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Por exemplo: Sábado dia 17 a comunidade do Mocambo recebeu convidados num café da manhã oferecido na praça São José local onde a população do bairro se reúne para comemorar datas festivas,

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É na praça São José que acontecem os ensaios do bloco “Até que a noite vire dia” durante o carnaval.

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No Nordeste do país existe a crença de que se chover no dia do santo, é sinal de que a safra vai ser boa. Para produtores nordestinos, a colheita será farta.

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Só não sei se na paróquia de São José Operário cuja igreja fica na rua Campos Sales em Porto Velho vai acontecer alguma programação do tipo procissão e quermesse. Nada foi divulgado a respeito. Antes, o pároco ou vigário, promovia uma churrascada no dia do santo.

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Como na Amazônia não contabilizamos o problema da falta de chuva, as comemorações em homenagem a São José pelo menos este ano, devem ser focadas nas orações para que o mesmo interceda junto a seu Filho, no sentido de as águas do Rio Madeira quando abrirem as comportas das usinas, não destrua as comunidades ribeirinhas que ficam abaixo da antiga cachoeira de Santo Antônio.

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Esse negócio de destruir patrimônio histórico público em Rondônia em especial em Porto Velho parece, ter se transformado em cultura.

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É como diz o Antônio Cândido em sua crônica, “Quem escreve sobre o assunto em Rondônia não é lido e nem ouvido”. Os caras (do poder) fazem ouvido de mercador, é daquele jeito como dizia minha mãe “Entra por um ouvido e sai pelo outro”

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O caso fica mais complicado quando temos administradores públicos que por não conhecerem nossa história, aprovam Leis que beneficiam apenas os interesses dos empresários.

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O mesmo ocorre com o pessoal que se diz colono. O caso deles é derrubar a floresta para transformá-la em pasto ou em campo de plantação de soja.

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Em suma: O povo que se lixe, a história da nossa cidade/estado que vá pra’s cucuias.

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Lembro que no inicio do governo passado, o Manelão encontrou o então secretário de cultura recém nomeado e empossado, e “invocado” fez a seguinte pergunta ao cidadão: “O senhor sabe onde fica a Madeira Mamoré?”.

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A resposta foi mais ou menos assim: “Não é ali pra’s bandas da beira do rio!”. O cara não sabia o endereço do nosso maior patrimônio histórico e olha que a secretaria já funcionava no prédio do relógio que foi sede da EFMM.

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Como é que uma pessoa como essa poderia defender a preservação do nosso patrimônio.

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Pois foi no mesmo governo que criaram uma Lei, dando poderes para as empresas que fazem parte do consórcio das Usinas do Madeira em poder destruir sem problema nenhum, parte do acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré como a Ponte sobre o rio Jacy Paraná a comunidade de Mutum Paraná e sua Ponte.

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A comunidade da Cachoeira do Teotônio também deixou de existir. Quer dizer, o que importa é o faturamento das grandes empresas e não o que uma atração turística pode trazer em divisas e emprego para o estado de Rondônia e sua capital Porto Velho.

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Não estranharia se engenheiros especializados no assunto, dissessem que o desmoronamento das pistas da BR 364 provocadas pelas águas do Igarapé do Tenis Clube fosse em conseqüência da construção das Usinas do Madeira.

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É simples, se o Rio Madeira enche demasiadamente via correnteza provada pela abertura das comportas das Usinas, com certeza seus afluentes também vão aumentar seus volumes de água e com isso, sair provocando desmoronamento, como foi o caso da 364 e do Igarapé do Bate Estaca que bloqueou a passagem para o cemitério de Santo Antônio.

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Isso porque ainda não abriram nem um terço das comportas. Quando as duas Usinas entrarem em operação, com certeza o transtorno vai ser muito maior.

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E agora (são) JOSÉ!

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Sábado dia 17, minha sobrinha/neta Amanda Amim Pinheiro dos Santos, completou seu segundo aninho na companhia dos avós Nazira e Chico Macedo e da Mamãe Nara e todos os tios e primos. A festa foi na mansão dos Amim lá em Rio Branco – Acre. Parabéns!

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