terça-feira, 23 de agosto de 2016

No aniversário de Aleijadinho relembre sua trajetória

Os  12 apóstolos de Aleijadinho
Dos artistas que representam a riqueza da cultura brasileira, poucos têm uma vida tão intrigante quanto Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Nascido em 29 de agosto de 1738, esse importante escultor, decorador e arquiteto têm uma biografia destinada às crianças: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (Editora Moderna), é uma obra assinada pelas especialistas em Arte-Educação Lígia Rego e Angela Braga. No título, as autoras correlacionam a trajetória do artista com os fatos históricos e introduzem os leitores na rica arte da era colonial Brasileira. 
Expoente do Barroco e do rococó brasileiro, Aleijadinho nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, e foi por meio dos ofícios de seu pai, o arquiteto Manuel Francisco Lisboa e de seu tio, o entalhador Antônio Francisco Pombal, que desenvolveu suas habilidades e foi responsável por “tropicalizar” as ideias do Barroco europeu. O talento do artista se traduziu em criações admiradas até os dias de hoje, como a fachada da Igreja de São Francisco de Assis, o conjunto de esculturas Doze Profetas e as figuras da Via Crucis no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, todas localizadas em Minas Gerais.

Mesmo após o mal degenerativo que lhe deixou sem os dedos das mãos e dos pés, lhe rendendo a alcunha de Aleijadinho, o artista não deixou de trabalhar. Contou com seus ajudantes para seguir as atividades até sua morte, em 1814, aos 76 anos, deixando um importante legado artístico e, ao mesmo tempo, mistérios que intrigam até hoje. Devido à falta de registros e documentos, apenas detalhes da vida de Aleijadinho são, de fato, conhecidos. Somado a isso, sua produção cultural é envolta em mitos e problemas de atribuição de obras. Foi justamente por isso que as autoras transformaram em livro todas as informações pesquisadas, organizadas e escritas sobre o autor. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho recebeu o selo de obra Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) no ano de 2000. 

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