quarta-feira, 2 de abril de 2014

Lenha na Fogueira - 03.04.14

Muito em breve, a cultura no estado de Rondônia poderá ficar sem qualquer condição de ser produzida.

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Acontece que a filosofia adotada pelos Procuradores e Conselheiros do Tribunal de Contas, está deixando todo mundo, seja pessoa física ou jurídica, inadimplente. Esses profissionais, principalmente os Conselheiros não levam em consideração que a prestação de um evento cultural, é sua realização.

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Por conta de não conhecerem realmente o processo de como montar uma produção cultural. Para eles, uma Nota Fiscal, vale mais que qualquer espetáculo. Jamais procuraram saber realmente, como é que a turma que produz espetáculo cultural se vira para pagar cachê para os artistas, já que a Lei que rege os Convênios entre o governo e quem realiza evento cultural, proibido esse tipo de pagamento.

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Não pode pagar cachê para quem realmente faz o espetáculo, mas, pode contratar as chamadas estruturas de som, iluminação, camarotes, arquibancadas etc., que na maioria das vezes, contam com um sócio poderoso.
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O produtor cultural sem ter como pagar os artistas que realmente fazem o show, recorre a expedientes não ortodoxos, combinando com os donos das aparelhagens que aceitem embutir em seus preços, o valor do cachê dos artistas.

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Aí os nobres Conselheiros do Tribunal de Contas que nunca produziram nada a não ser, correr atrás dos políticos em busca da indicação para assumir o cargo vitalício. Sem nunca ter chamado os produtores culturais para uma conversa esclarecedora a respeito de como fazer para apresentar prestação de contas, dentro dos padrões criados e exigidos por eles.

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Condenam os pobres produtores culturais, a devolverem o subsídio recebido. Como devolver se o dinheiro foi justamente aplicado na montagem dos espetáculos.

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Por outro lado, recentemente em conversa com um Procurador, perguntei se ele sabia que os realizadores de eventos culturais, não podiam pagar os artistas porque a Lei dos Convênios proíbe! Ele me respondeu que não sabia disso.

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Assim como aquele Procurador não sabia e nem sabe, o mesmo deve acontecer com os senhores do TCE.  Para eles (os Conselheiros do TCE), nós que fazemos cultura, somos “uns malandros, que vivem à custa do dinheiro público”.

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Quem é que usufrui mais do dinheiro público. Nós que fazemos cultura ou aqueles que passam a vida procurando motivo para atrapalhar a vida cultural do estado?

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O interessante, é que constantemente, a gente assisti, lê, ouve, toma conhecimento que determinada autoridade política, foi presa por desvio de dinheiro público. Foi pego com dinheiro na cueca, no colchão, na vagina, seja lá onde eles acham que podem esconder. Porém, suas prestações de contas são todas aprovadas.

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Sabe por que? Porque eles foram nomeados por esses políticos. Aí vai um produtor cultural, que ralou, na tentativa de proporcionar ao público de sua cidade e estado, espetáculos dignos, espetáculos ou desfiles que todo mundo assistiu, que a imprensa divulgou, alguns até transmitidos ao vivo pela televisão e sabe o que acontece?

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É condenado a devolver o dinheiro, porque uma Nota Fiscal não estava com a descrição correta. É muita falta de sensibilidade.

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Será que existe maior e mais correta prestação de contas do que a realização do evento? Para os Conselheiros, só vale a Nota Fiscal já que eles pelas suas posições, não freqüentam festa de “MALANDRO”. É triste mais é a pura realidade!

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