O surgimento da Banda do Só Vai Quem
Quer – I
Em
2020, a Banda do Só Vai Quem Quer vai completar 40 desfiles no carnaval de
Porto Velho, sempre saindo no sábado de carnaval, que no próximo ano, cairá no
dia 22 de fevereiro.
A
direção do bloco, que tem a frente a advogada Sicília Andrade – Siça vai
promover uma série de eventos, para comemorar a ousadia dos foliões, que
tiveram a coragem e enfrentar o poder público e colocar na rua, um Bloco
totalmente independente.
HISTÓRIA
Aproveitando
a onda dos festejos, resolvemos colocar nossos leitores, a par de como e porque
surgiu a idéia de se criar um bloco carnavalesco, sem contar com auxilio de
órgãos públicos, desfilando no carnaval de Porto Velho.
Tentaremos
contar essa história, através de uma série de artigos que passarão a ser
publicados semanalmente, (sempre aos domingos). Nossa pretensão é fazer com que
a história dos bastidores da criação da Banda do Só Vai Quem Quer seja
conhecida pelos nossos leitores.
A Corte do Rei Momo
A
Coordenação Municipal de Turismo - COMTUR era a responsável pelos desfiles de
carnaval em Porto Velho, e em janeiro de 1979, convidou o Manelão para ser o
Rei Momo 1º e Único. Naquele tempo, nossa turma se reunia aos finais de tarde,
no Chaveiro Gold ou então, na Pizzaria Roda Viva de propriedade do Mikael que
ficava na Galeria do Ferroviário, na avenida Rogério Weber esquina com a 7 de
Setembro; aos sábados, o encontro era no Bar Capivara de propriedade do Wagner
Caminha na esquina da Joaquim Nabuco com a Almirante Barroso no bairro Santa
Bárbara, quando Wagner entregou o ponto (era alugado), o Cassimiro resolveu
toca-lo já que era o proprietário do imóvel.
Alguns
da nossa turma vinham do Bloco do Purgatório que havia parado de se apresentar
no carnaval de rua, por isso, Manelão colocou na roda, a proposta da prefeitura,
para que ele assumisse a Corte como Rei Momo do carnaval de 1979. Colocada em
votação, a turma concordou e a Corte foi formada com os seguintes integrantes:
Rei Momo Manelão, Tocador de Clarim Moraes, Arauto Ozires Lobo, Bobo da Corte Jurandir
Zé Bonitinho, Pierrô Emilzinho, Arlequim Narciso Freire, Tocador de Tarol José
Carlos (barabada) e membros Antônio Edson - Nenem e Claudio Carvalho. Silvio
Santos apesar de presente, por ter compromisso com a escola de samba “Os Pobres
do Caiari”, não aceitou participar da
Corte.
Outra,
na Corte do Manelão a Rainha e as Princesas também eram indicadas pela Comissão
de Carnaval da COMTUR.
Foi
um show de Corte, os jornais (impressos) elogiaram suas apresentações nos
clubes e nas “Batalhas de Confete”.
Com
o sucesso do carnaval de 1979, quando chegou o mês de janeiro de 1980, Manelão
mais uma vez foi convidado para assumir como Rei do Carnaval junto com a equipe
da Corte anterior, o que foi aceito e mais uma vez, o sucesso foi grande.
A
prefeitura através da COMTUR se responsabilizava pelas despesas da Corte e o
contrato para atender seus membros, foi firmado com a RODA VIVA.
Surgimento da Banda do Só Vai Quem Quer
Acontece
que o carnaval de 1980, terminou e a prefeitura não sanou as despesas da Corte
feita na Pizzaria Roda Viva e mesmo assim, quando chegou os preparativos para o
carnaval de 1981, convidaram Manelão e sua Corte! Mais uma vez, a turma foi
comunicada sobre o convite.
Essa
reunião, aconteceu no Chaveiro Gold que ficava na Galeria do Ferroviário e ali,
Emilzinho e Narciso Freire argumentaram “que se fosse para eles arcarem com as
despesas da Corte, seria melhor, colocar um Bloco “por nossa conta”. Emilzinho
havia chegado do Rio de Janeiro e por lá conheceu a “Banda de Ipanema” que a
época, era super-badalada e trocou a palavra Bloco por Banda.
Aquela
semana passou rápida, quando chegou sexta feira, Manelão nos convidou para ir
até o sítio dele, que ficava na Colônia Três Buritis ou Viçosa, comer um Tatu no
Leite da Castanha, o jantar se transformou em bebedeira que amanheceu o dia de
sábado e por incrível que pareça, Manelão resolveu emendar a festa no Chaveiro
(onde o uísque, cerveja e cachaça não faltaram). Por volta do meio dia, subimos
para o Bar do Cassimiro e com quase todos já muito truviscados, a discussão
sobre a criação da “BANDA” continuou, aliás, a discussão ficou mais acalorada
quando alguns dos presentes passaram a questionar: Por que Banda e não Bloco?
Cassimiro
já invocado com tanta 'zuada', nos expulsou do seu Bar e fomos para o Chopão de
propriedade do Iran que ficava na rua Duque de Caxias com a José Bonifácio no
bairro Caiari.
Próximo
Capítulo (no próximo domingo) - Surge a Banda do Só Quem Quer.
Um comentário:
Muito bom 🥁📯🎷
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