quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O drama das nossas escolas de samba

Por Silvio M. Santos
Apesar da nota distribuída pela Secretaria Municipal de Comunicação – SECOM inserida nesta página, o carnaval no que diz respeito aos desfiles das escolas de samba não está nada garantido.
Os dirigentes das escolas de samba foram surpreendidos na noite da última terça feira 16, durante reunião da Fesec, com a informação de que o Processo que trata dos subsídios para o carnaval, foi devolvido pela Procuradoria Municipal à Fundação Iaripuna para que seja desmembrado, ou seja, os subsídios dos Blocos e Escolas de Samba devem fazer parte de um Processo e o subsídio para a montagem da estrutura (arquibancadas, sonorização, iluminação etc.) deve fazer parte de um outro Processo.
Isso quer dizer, que tudo voltou à estaca zero.
Enquanto isso, as escolas de samba, que já estavam com os trabalhos em seus barracões praticamente parados, ficam sem saber o que fazer, pois os artesãos contatos para prestarem serviço na confecção das alegorias, só aceitam começar os trabalhos após terem certeza de que não serão esquecidos na hora de receberem seus honorários, já que no carnaval passado, em virtude do não repasse da ajuda financeira do governo estadual, esses profissionais foram os mais prejudicados.
A falta de uma política por parte do governo municipal, voltada para o apoio a eventos populares como o Carnaval e o folclore, faz com que as agremiações fiquem sem saber a quem recorrer numa hora como essa. Em que pese à boa vontade da direção da Iaripuna nas pessoas do presidente Tata e da vice Berenice Simão nosso carnaval de escola de samba, todos os anos, passa pelo constrangimento de ficar a mercê da boa vontade dos demais órgãos municipais, que na hora “H” e até achamos, com o intuito de “queimar” o nome do prefeito perante a comunidade carnavalesca, dificultam o andamento do Processo.
Em suma, o Processo do andamento do Processo que cuida dos subsídios para nossas escolas de samba e blocos, é um verdadeiro desfile da falta de responsabilidade para com as tradições culturais da nossa cidade.
Já estou imaginando o estresse que será vivido pelos dirigentes carnavalescos, já que 2012 é ano eleitoral e se cumprirem a Lei, a prefeitura não vai poder firmar convênio com entidades culturais.
Vem à lembrança, a luta do amigo Carlinhos Maracanã para que o prefeito crie a Comissão Permanente de Carnaval.
Enquanto isso, os barracões das escolas de samba continuam “fechados”, a espera da boa vontade da burocracia municipal.
Daí chegarmos a imaginar, que o carnaval das escolas de samba de Porto Velho, é um Processo em extinção.

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