segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ministério da Cidadania investe em capacitação para o audiovisual


O Centro Técnico Audiovisual (CTAv) da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania vai investir R$ 16,1 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), para a capacitação de profissionais envolvidos na cadeia produtiva do audiovisual. Por meio de edital, 31 projetos de todo o Brasil foram selecionados e receberão montantes que variam de R$ 350 mil a R$ 650 mil. Este é o primeiro passo para consolidar o CTAv como um grande centro de capacitação e formação no setor audiovisual.


Para a coordenadora-geral do CTAv, Daniela Pfeiffer, a formação deve ser entendida como um dos mais importantes elos da cadeia produtiva e a linha de investimento é uma conquista para o setor. “A formação é o grande gargalo da indústria audiovisual”, destaca. “Não adianta investir só em produção se os profissionais dessa indústria não estão capacitados, não estão preparados. O objetivo é qualificar e profissionalizar o mercado audiovisual”, ressalta.
A linha de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) em capacitação e formação de profissionais para o mercado do audiovisual é resultado de uma ação conjunta entre a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o CTAv e a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cidadania (SAv) para ampliar o desenvolvimento de todos os elos da cadeia produtiva do audiovisual.
Desde 2018, o CTAv tem realizado ações de capacitação e formação, como workshops e cursos gratuitos em todo Brasil, visitas guiadas de universidades um programa com escolas públicas voltado para formação do olhar. “O edital de formação foi a cereja do bolo”, avalia Daniela.
Pâmela Ribeiro Neri, de 20 anos, passou por duas turmas do Estúdio Escola de Animação, um dos projetos selecionados no edital e que, há seis anos, capacita jovens para essa linguagem. Atualmente, ela é animadora 2D em um estúdio e acredita que o projeto foi fundamental para seu posicionamento no mercado de trabalho. “Foi o que me fez conhecer a animação e trabalhar onde eu estou hoje, me aproximou dos profissionais que trabalham na área”, afirma.
Diretora da Baluarte, uma das realizadoras do projeto do Estúdio Escola de Animação, Paula Brandão comenta que o objetivo é inserir jovens no mercado de trabalho e fortalecer o mercado produtor de conteúdo. “Nós não queremos só bons animadores técnicos, queremos bons produtores de conteúdo nacional”, aponta. Paula entende que o Brasil é uma “potência criativa gigantesca na área de comunicação, que já vem sendo reconhecida internacionalmente”.
Paula entende que políticas voltadas especificamente para formação são essenciais. “Estamos a todo o momento estimulando a cadeia produtiva do audiovisual, e não podemos deixar de fora aquilo que fornece a mão de obra especializada e qualificada”, observa.
Acessibilidade
Outro projeto selecionado no edital do CTAv é um curso voltado para formação em acessibilidade, que busca preparar a cadeia produtiva do audiovisual para um público composto por cerca de 20 milhões de pessoas, entre surdos, ensurdecidos e cegos. “Nosso plano é formar empresas produtoras e os profissionais do Brasil para trabalharem como esse público”, destaca o coordenador do projeto, Chico Faganello. “Existem muitos tabus, mas a tradução para surdos e para cegos é apenas mais uma tradução. Não precisa criar um departamento de acessibilidade dentro da empresa para que seja realizada”, explica. O curso será semipresencial e on-line, com duração de 260 horas, em todas as regiões do país.
(Fonte - Assessoria de Comunicação - Secretaria Especial da Cultura -Ministério da Cidadania)

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