quarta-feira, 27 de abril de 2011

LENHA NA FOGUEIRA - 28.04.11

Depois que da reunião entre os folcloristas filiados a Federon e a equipe técnica da Secel, inclusive com a presença do secretário Chicão, as coisas começaram a andar.

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Na reunião, os folcloristas solicitaram do Secretario por sugestão nossa, que o Regulamento da Parte Artística da Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás fosse elaborado e discutido pelos representantes dos grupos.

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Sugestão aceita pelo secretário Chicão e pela Gerente de Cultura Bebel.

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Numa primeira reunião ficou acordado que a ordem de apresentação será decidida através de sorteio que se ainda não foi realizado (estava marcado para acontecer ontem), deve acontecer no mais tardar na próxima semana.
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Até o Flor do Maracujá passado a ordem das apresentações seguia a classificação do resultado da Mostra anterior. Quer dizer, o primeiro lugar se apresentaria no último dia do arraial do ano seguinte.

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Agora, a decisão (até agora), que vai causar maior polêmica entre os “Quadrilheiros”, é a não obrigação da apresentação do CASAL DE VELHO E VELHA. Isso vai dar o maior rebuliço.

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Enquanto isso o presidente da Fundação Iaripuna, foi informado do seguinte:

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Tomei conhecimento de um ocorrido que me chamou a atenção. No aeroporto de Porto Velho, no domingo de páscoa, o artor Omedino Pantoja tentou embarcar para Rio Branco, levando como bagagem de mão uma coroa de espinhos que usaria em sua apresentação na capital acreana, junto aos seus irmãos de igreja.

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Ao apresentar-se ao agente, o Jesus de casa exibiu o cartão de embarque mas, o que chamou a atenção mesmo, tanto do atendente quanto dos demais passageiros, foi a coroa de espinhos na outra mão.


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De certo a cabeça do funcionário da Infraero ficou repleta de interrogações. E agora o que fazer? Como proceder diante da situação?

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Passados mais de dois mil anos, nenhum agente alfandegário, nenhum senhor da lei, conseguiu deter o Nazareno em suas idas e vindas por toda a região da Judéia e da Galiléia e agora estava ele ali, um importante porém humilde funcionário inerte, boquiaberto, pálido e confuso naquele domingo de chocolates pascais, sem ter como agir, afinal, após o atentado de 11 de setembro nos EUA, o mundo inteiro asseverou a fiscalização nos aeroportos, onde nem mesmo um alfinete de fralda de bebê, escapa aos detectores de metal.

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A ele (funcionário) restava naquele instante ser Pilatos e condenar a retenção da cora ou flexibilizar - como bom samaritano - e deixar o Omedino seguir com seus galhos de laranjeira, artesanalmente trabalhos em formato de coroa.

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O moço deve ter recebido uma luz que o fez refletir sobre os grandes aeroportos do Brasil: Eduardo Gomes em Manaus, Tom Jobim, no Rio de Janeiro ou Cumbica (Guarulhos) em São Paulo.

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Ele não parou aí, seguiu viajando em seu pensamento enquanto o Omedino aguardava em pé na fila. Pensou o moço, do Cai N"água ao Ver-o-Peso, do Charlles De Gaulle (em Paris) ao aeroporto John Kennedy nos EUA, ninguém, ninguém na história da humanidade, tivera feito uma apreensão tão curiosa.

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Resultado ele não pestanejou e deu voz de prisão para a cora de espinhos, afinal o Jesus de casa poderia em pleno vôo ter náuseas e surtar e, em meio os delírios, espinhar a todos com as pontiagudas setas de laranjeira.


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Jesus de casa seguiu viagem, mas o objeto que também simboliza o sofrimento do Jesus de Nazaré ficou retido pela autoridade aeroportuária.

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Epílogo: No Acre o sofrimento de Jesus foi amenizado, graças ao Simão Cirineu da Infraero de PVH.




















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