terça-feira, 17 de setembro de 2019

Lenha na Fogueira - 18.09.19


Conforme prometido na coluna de ontem, voltamos a nos reportar sobre o documentário “Caçambada Cutuba”, que de início, tinha como objetivo, esclarecer a verdade, sobre a tragédia ocorrida durante a passeata realizadas pelos correligionários do candidato Renato Clímaco Borralho de Medeiros, no dia 26 de setembro de 1962.

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Naquele dia, tanto o candidato da facção Cutuba Coronel Énio dos Santos Pinheiro como o candidato da facção Pele Curta Renato Medeiros, participaram cada um do último comício da campanha cuja eleição aconteceria no dia 3 de outubro.

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Acontece que os Cutubas conseguiram uma Caçamba da prefeitura municipal de Porto Velho para transportar os correligionários de Ênio Pinheiro até o local do comício, nas imediações da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.

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O comício dos Pele Curtas aconteceu no bairro Olaria nas proximidades da boate da Dona Adelícia no espaço conhecido como “Passinho” na rua Lauro Sodré.

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O comício dos Cutubas terminou mais cedo e os eleitores que moravam nos bairros próximos ao centro da cidade, e os que ficavam para a Zona Norte como o Olaria, embarcaram na carroceria da Caçamba que tinha como motorista o senhor Wilson.

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A primeira parada foi em frente ao Comitê do Ênio que funcionava no Prédio Bichara na esquina da rua José do Patrocínio com a José de Alencar ao lado da Praça Getúlio Vargas e ali desembarcou a turma do centro.

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Dali a Caçamba se dirigiu para o bairro Olaria onde encontrou a passeata dos correligionários de Renato Medeiros que vinha pela Lauro Sodré no sentido centro e deu no que deu.
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Justamente por isso, o lançamento do Documentário superlotou o Teatro Guaporé na noite da última sexta feira. Os mais antigos como eu, para saber realmente sobre os mortos e os feridos e os mais jovens, para conhecer o fato que mudou o resultado daquela eleição.

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Aconteceu, que saímos do teatro Guaporé com mais dúvidas sobre o episódio, pois, os produtores não conseguiram provar nada. Aliás, o que menos consta no Documentário são depoimentos relatando o caso. Que me lembre, apenas a Rita Queiroz e o Leonado chegam mais perto em suas narrativas. O Luiz Brito que nem deveria estar ali, diz que estudava na Escola Reunida Samaritana onde só funcionava o Primário portanto, era um garoto. Relata que no dia seguinte, quando chegou a escola ouviu falar do acontecido.

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Segundo fui informado por fonte fidedigna, que soube pelo Zola Xavier que a Produtora contratada para editar o material, ou seja, as entrevistas com os depoimentos de pessoas que estavam na passeata do Renato e algumas vítimas da Caçamba. Que a Produtora perdeu praticamente  todo o material e que o Zola desesperado voltou a registrar alguns depoimentos num equipamento precário. Esse material precário, foi que foi exibido na sexta feira 13.

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