quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Lenha na Fogueira - 18.02.2021

 

A escola de samba Asfaltão festejou no dia de ontem, 17 de fevereiro de 2021, 50 anos de fundação. Foi a sonhadíssima Bodas de Ouro.

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A escola de samba Asfaltão, como diz o poeta compositor Oscar Knightz tem na palavra ESCOLA sua essência. O nome não está ali por acaso, realmente o Asfaltão é uma ESCOLA com letra maiúscula, me arrisco a dizer que o Asfaltão na atualidade é realmente uma entidade da Comunidade. Comunidade de Santa Bárbara e Nossa Senhora das Graças.

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A famosa “Tenda do Tigre” é uma verdadeira sala de aula na qual se ensina diversas matérias.

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Ali tem a escola de percussão, a escola de passistas e a escola de Mestre Sala e Porta Bandeira. Ali se ensina a verdadeira cidadania assim como se aprende a fazer, compor samba e sambar.

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Com o Projeto Samba Autoral hoje coordenado pela diretoria da escola, vários compositores de samba estão surgindo, assim, como os compositores da Velha Guarda voltaram a produzir maravilhosos sambas.

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O Asfaltão é a casa de todos os sambistas e carnavalescos de Porto Velho. Pois, todos de todas as escolas de samba frequentam a Tenda do Tigre e por incrível que possa parecer, a harmonia é compartilhada no melhor ritmo da boa vizinhança.

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A direção do Asfaltão postou nas redes sociais, um texto muito bonito, que tomamos a liberdade de reproduzi-lo neste espaço. Acompanhe:

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AMARELO, PRETO E BRANCO, vem mostrar seu ideal, ASFALTÃO está na avenida e vai brilhar no carnaval...

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17 de fevereiro de 2021, hoje nossa escola de samba Asfaltão comemora 50 anos de história e muitas emoções. Alegrias, sonhos, ilusões, beleza, fantasias, inspirações, assim construímos nossa escola de samba.

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Demos uma volta pela história de Porto Velho e embarcamos no trem da alegria, contamos lendas e superstições, homenageamos as mulheres ao longo do tempo, vimos Deusas e Deuses, vivemos tantas emoções com o carnaval do nosso imortal Zé Pereira, vimos em alguns anos não ocorrer desfile e fomos resistência, passamos por cima disso e voltamos para os braços do povo.

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"E é por isso que eu vivo a dizer para sempre vou te querer, por toda minha vida te amar..."

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Para homenagear a família Preto e Amarelo, fui buscar a entrevista que fiz com o José Araújo mais conhecido como BACU, um dos idealizadores do Bloco que hoje é a Escola de Samba Asfaltão. Bacu conta como surgiu o Bloco nos idos do ano de 1971.

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O Asfaltão surgiu através dos colegas da garagem da prefeitura que trabalhavam no asfaltamento das ruas de Porto Velho, era o Gervásio, João Natal, Zé Holanda, Jorge Macumba, entre outros. Como eu tinha boa intimidade com o Luiz Gonzaga que era o prefeito, consegui uma verba para colocar o Bloco do Asfaltão.

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A história da criação do bloco foi assim: A gente estava trabalhando com asfalto e era tempo de carnaval, então começou aquela brincadeira de um melar o outro de piche e alguém sugeriu vamos desfilar como “Bloco do Asfaltão” e então fizemos rodo, vassoura e todos os apetrechos que a gente usava para asfaltar as ruas só que no caso do bloco, era tudo de madeira.

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O interessante foi que quando chegamos em frente ao palanque oficial, dos cinquenta (50) brincantes que saíram da sede da SEMOB, se passaram 10, foi muito. Os demais ficaram bêbados pelo meio da viagem.

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O Mocororó quem inventou foi o José Fernandes Meireles, ele preparava toda aquela gororoba e empurrava na turma. O Zezeca foi o primeiro a capotar, lembro que pelo palanque estava eu o Parruda, João Natal, Zé Meireles, Gervásio e o Jorge Macumba.

 

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Depois do caso passado, do desfile terminado, fui soltar uns dez, que estavam presos na Central de Polícia por estarem aprontando bêbados no Mercado Municipal que hoje é Mercado Cultural. Contou o BACU.

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Pois é, aquele bloco de sujo, hoje é considerado a Escola de Samba mais organizada de Porto Velho.

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Parabéns família ASFALTÃO pelos 50 anos de carnaval e muita cultura.

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