quarta-feira, 17 de junho de 2020

Lenha na Fogueira - 18.06.2020


A Covid 19, fez mais uma vítima, desta feita o ex-senador e empresário da comunicação Mário Calixto Filho.
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Há alguns dias, ou seja, há mais de uma semana, ele estava internado no hospital Prontocordis. O novo coronavírus o contaminou no presídio, onde cumpria pena de 12 anos.
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Mário Calixto Filho nasceu em Arcos (MG) em 9 de agosto de 1946, portanto, estava com 73 anos de idade.
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Mário e seus irmãos chegaram a Porto Velho no início dos anos de 1970. Na realidade, Mário veio bem depois dos seus irmãos, para Porto Velho.
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A história dos Calixto em Porto Velho, começa com a venda de TAPETE e DISCO LP, de porta em porta. O líder dos irmãos nessa empreitada era o Mauricio Calixto que chegou a ser deputado federal por Rondônia e por muito tempo atuou como advogado e apresentador de programas de rádio.
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Estou a cavalheiro para escrever sobre os Calixto em Porto Velho, porque naquele tempo, um dos pontos de encontro dos irmãos nos intervalos das caminhadas vendendo os Tapetes e os LPs, era o Bar do Canto, onde se juntavam em especial, o Maurício Calixto, com a turma da “Corriola Quarenta” da qual eu fazia parte.
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Mário Calixto quando chegou, os irmãos já eram proprietários de um Ponto Comercial de apenas uma porta, situado a rua José do Patrocínio, onde continuavam comercializando Tapetes e Disco LP.
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Mário chegou e expandiu o negócio, transformando aquela portinha numa Loja de Eletrodomésticos batizada como “RONDOLAR”.
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Os meninos pareciam terem nascido com o ‘bumbum virado pra lua’, pois assim que abriram a loja, foi instalada em Porto Velho a primeira Televisão e também aconteceu a Copa do Mundo e apesar da TV existente, não transmitir os jogos da Copa, eles abasteceram a RONDOLAR com aparelhos de TV da Marca Colorado RQ.
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Pra chamar mais a atenção do público, o slogan da propaganda era: “FIADO É NA RONDOLAR”. Os meninos bombaram de ganhar dinheiro, vendiam aparelhos de televisão, mais que os feirantes vendiam farinha na feira.
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Plagiando Luiz Gonzaga o Rei do Baião: “Enricaram”! A loja era a mais frequentada e comentada do comércio de Rondônia. Não tinha pra ninguém.
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Ganharam tanto dinheiro, que já em 1975, aí já sob a liderança de Mário Calixto, compraram a Rádio Eldorado que chegou botando banca e até ameaçando em alguns horários, a liderança da audiência da Rádio Caiari.
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A Rádio Eldorado realmente fez muito sucesso, e abriu portas para muitos profissionais radialistas que ficaram famosos como Dalto Di Franco e outros.
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Mário não parava de expandir os negócios da família e em 22 de novembro de 1980, criou o jornal O Estadão que depois de alguns anos passou a se chamar O Estadão do Norte.
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O Estadão chegou com o que existia de mais moderno, na produção de um jornal impresso no Brasil o sucesso foi de imediato, na época circulavam três jornais diários em Porto Velho: Alto Madeira, A Tribuna e O Guaporé. O Estadão botou os três no bolso.
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O nome de Mário Calixto passou a ser respeitado por todos os segmentos da sociedade rondoniense, governadores, deputados e senadores pediam a bênção do empresário.
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Talvez isso tenha subido a sua cabeça, o que o fez cobiçar cada vez mais o poder. Chegou a assumir como Senador da República entre os anos 2004 e 2007.
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Acusado e condenado pela justiça por pratica de vários atos ilícitos, Mario Calixto cumpria pena de 12 anos em Porto Velho e foi nessa cadeia, que foi infectado pelo coronavírus.
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Uma coisa é certa, não podemos negar que Mário Calixto por muito tempo, colaborou com o progresso de Rondônia.
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Que sua alma descanse em paz!

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