segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Lenha na Fogueira - 04.09.18


As labaredas que destruíram o Museu Nacional no Rio e Janeiro, afetaram também o estado de Rondônia. Acontece que faziam parte do acervo do Museu, espécies de aracnídeos que foram coletados e catalogadas ha mais de 20 anos por expedições realizadas em nosso estado.
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Só para registrar a coincidência: Ontem dia 03, foi o dia do Biólogo e justamente no dia que o segmento festeja seu dia, várias espécies por eles descobertas em expedições as mais diversas, foram destruídas pelo fogo.
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Em entrevista a TV Rondônia o biólogo e pesquisador Flávio Terrassini disse que algumas espécies ainda não foram descritas pela ciência, pois estavam em processo de catalogação.
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Entre as espécies que provavelmente foram consumidas pelo fogo no Museu Nacional estava a “Carios Rondoniensis” que só foram encontradas em cavernas de Porto Velho.
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Enquanto as chamas destruíam o Museu Nacional aqui em Porto Velho – Rondônia fiquei matutando. Como determinadas ações são estranhas.
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Para destruir o Museu Nacional bastou uma faísca para acender o fogo que se transformou num vulcão em erupção, destruindo a História Brasileira guardada no Museu Nacional.
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Se parte da História do Brasil foi consumida pelas chamas na noite de domingo pra segunda, em Rondônia a destruição da História foi ao contrário.
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Aqui nossa História foi literalmente apagada. Apagada quando apagaram o FOGO da caldeira da locomotiva da Madeira Mamoré naquele 10 de agosto de 1972.
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O fogo que fazia o trem trafegar pelos 366 quilômetros da Ferrovia que ligava Porto Velho a Guajará Mirim foi apagado e com ele nossa história.
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Aqui o fogo destruiu o Mercado Municipal em 1966 mais sua história não se apagou, ao contrário despertou a vontade de conhecê-la cada mais.
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Ao apagarem o fogo que fomentava a caldeira da locomotiva da EFMM, apagaram quase toda a nossa história.
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Enquanto o acervo do Museu Nacional dificilmente será recuperado, nosso acervo cultural, representado pela Estrada de Ferro Madeira Mamoré, aguarda a tomada de consciência das nossas autoridades para voltar a funcionar.
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Enquanto faltou água para apagar a chama que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro. Em Porto Velho, lutamos para salvar nosso patrimônio histórica de tanta água que veio com a CHEIA DE 2014.
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No Rio de Janeiro, o prédio do Museu, com certeza, será restaurado porém, a maioria das peças que compunham seu acervo, não poderão ser mais visualizadas.
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Enquanto em Rondônia em especial na capital Porto Velho, as peças das composições que formavam o Trem da Madeira Mamoré só dependem da boa vontade das nossas autoridades para voltarem a trafegar pelos lendários trilhos.
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Nosso Museu (a céu aberto) supera inclusive, o FOGO irresponsável das queimadas que destroem nossa floresta.
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Nosso Museu que já completou um século, só não funciona, porque existe um bocado de gente que vive com a cabeça na fogueira da imbecilidade, discutindo a preservação, que só não é preservada, por culpa delas mesmas.
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Lamentamos o incêndio que destruiu parte da história do Brasil guardada no Museu Nacional
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“Perdemos uma instituição de relevante importância para o desenvolvimento educacional e científico não apenas do Estado do Rio de Janeiro, mas, também do Brasil, da América Latina e do mundo”.
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“”O incêndio queimou conhecimento. As chamas tiraram de todos nós milhares de anos em registros de inestimável valor para a humanidade”. (
José Inácio Ramos - Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie)

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