Uma instalação artística questiona
uma página da história do Brasil protagonizada pelos homens. Sabe-se que a
Região Norte do país teve grande importância na comercialização da borracha
produzida na Amazônia e que alimentava países ao redor do mundo. O trabalho
masculino protagonizou o ciclo da borracha, mas e qual o papel das mulheres
nesse período?
A exposição "Seringueira"
revela a força de trabalho da mulher nos seringais amazônicos, que por anos vem
sendo silenciada. A obra parte de uma pesquisa que busca compreender e dar voz
às tantas mulheres esquecidas e marginalizadas, mas que mantinham árduos
ofícios de extração de seringa, quebra de castanha, atividades de produção para
o sustento, além das diversas responsabilidades da família.
“Percebi que há páginas arrancadas de
uma história de luta dessas mulheres. A minha percepção vem desde a infância,
enquanto eu catava as criativas sementes dessa árvore tão poderosa e ouvia os
contos de minha bisavó que teve sua dura lida no seringal Liberdade, no
interior do Acre, até minha última vivência na comunidade Canindé, próximo a
Costa Marques em Rondônia”, conta Roberta Marisa, criadora da exposição.
A exposição estará disponível para
visitação a partir do dia 15 de março, na Galeria de Artes do SESC Centro.
“Seringueira” é uma realização do Studio Papoula, com apoio cultural do
Fecomércio e SESC Rondônia.
SERVIÇO:
Exposição "Seringueira"
Vernissage 13/03, às 15h. Visitação
13/03 a 03/04/2020.
Local: Galeria de Arte do Sesc
Centro, Av. Pres. Dutra, 2765 - Centro, Porto Velho.
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