Porto Velho
perde um dos seus mais queridos pioneiros.
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Youssef
Kassem Hijaze um dos fundadores do Restaurante Almanara. O primo desembarcou em
Porto Velho vindo do Líbano na década de 1950.
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E por
algum tempo atuou no ramo de farmácia e armarinho.
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Em 1965 junto
com seu irmão Mohamed e cunhada abriram o restaurante Almanara na rua José de
Alencar. Até hoje o Almanara funciona no mesmo local.
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Pois é,
no início desta semana Hamed Kassem faleceu.
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O interessante
e até estranho, foi que a imprensa, inclusive esse colunista que sempre prezou por
divulgar a histórias daqueles que ajudaram a construir a história de Porto
Velho, noticiou nada ou quase nada.
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Ontem19, a
página saudosismo portovelhense no facebook repercutiu matéria publicada no
Jornal do Líbano. Acompanhe:
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"MORRE
O LIBANÊS DONO DO PRIMEIRO RESTAURANTE ÁRABE DE RO.
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Morreu no Brasil, nesta terça-feira (17), em Porto Velho (RO),
Youssef Kassem Hijazi, libanês da cidade de Qaraoun, no Vale do Bekaa.
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Muito
conhecido em todo o estado, Hijazi comandava ao lado do irmão Hamed Kassem
Hijazi, o primeiro restaurante libanês no estado de Rondônia.
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O
restaurante Almanara, um pedaço do Líbano na Amazônia, nasceu em 1965, devido
ao aumento da imigração libanesa na região e até hoje é referência em comida
árabe no estado.
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Hijazi chegou ao Brasil muito jovem, sem falar português e com apenas 100 dólares no bolso, não temeu os desafios e desbravou o Brasil com muita vontade de vencer e construir família no país que lhe acolheu.
Hijazi chegou ao Brasil muito jovem, sem falar português e com apenas 100 dólares no bolso, não temeu os desafios e desbravou o Brasil com muita vontade de vencer e construir família no país que lhe acolheu.
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Com familiares na cidade de Campo Grande (MS) e em Porto Velho
(RO), Hijazi ouviu dizer que o estado de Rondônia era promissor e entre as duas
cidades, optou pela capital rondoniense.
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Para aprender o português, aos domingos ia contemplar o Rio
Madeira e repetia as palavras que ouvia por lá.
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Logo fez amizade com brasileiros e uma vez, acabou sendo
convidado para tomar banho em um rio da região. Com a alta temperatura
amazônica, não pensou duas vezes e se aventurou.
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Escondido da irmã e do cunhado, seguiu se divertindo com a nova
turma de amigos. Tudo era novidade. O que o jovem libanês não imaginava, é que
dessa aventura ele seria contemplado com uma malária.
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E a vontade de vencer era muito maior do que tudo. Hijazi
resolveu também que era o momento de se casar. A noiva foi do Líbano para o
Brasil e lá, construíram família.
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Depois de bater cabeça tentando vender roupas, montar uma
lojinha, Hijazi acabou firmando sociedade com o irmão e juntos, viram muitos
restaurantes nascerem e morrerem e eles continuaram firmes até o último dia 17
de março de 2020, quando ele resolveu partir.
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O restaurante Almanara é uma empresa familiar. Nasceu para
alimentar os membros da família que vieram do Líbano e os que nasceram em
Rondônia.
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Com a qualidade da comida libanesa, acabou ganhando fama e no
cardápio, foram colocados alguns pratos brasileiros.
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O restaurante dos brimos tornou-se patrimônio de Rondônia. Ele
fica localizado na região central de Porto Velho e após 55 anos, os clientes
não encontrarão o brimo Youssef Kassem Hijazi no comando do caixa do restaurante.
(Texto e foto do Jornal do Líbano).
O Grupo Saudosismo Portovelhense se ombreia na dor junto a
família enlutada.
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Rondônia está mais pobre de seus pioneiros.
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Descansa
em PAZ BRIMO
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