terça-feira, 31 de março de 2020

Lenha na Fogueira - 1º.04.2020


O superintendente da Sejucel Jobson Bandeira, declarou a um site de notícias, que o Arraial Flor do Maracujá caso os problemas causados pelo coronavírus continuem, poderá ser transferido para outra data.
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Não disse em caso de mudança, qual seria a data.
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Recentemente publicamos nesta coluna, que os folcloristas através da Federon e da Unajup iriam protocolar oficio na Sejucel, sugerindo a realização do Arraial no mês de outubro.
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Será que o dito ofício já foi protocolado na Sejucel?
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Mudando de assunto:
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Ontem os militares lembraram os 56 anos
da tomada do governo, ato que ficou conhecido como a Revolução ou Golpe Militar de 1964
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Por falar nisso, tenho uma historinha pra contar, que lembra um fato que aconteceu naquela fatídica noite de 31 de março de 1964.
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Naquele tempo, a área da Praça Marechal Rondon abrangia um pedaço de terra, que ia até onde hoje existem aquelas lanchonetes pro lado da rua Rogério Weber, que não existia.
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Pois bem, naquela nesga de terra, existiam várias casas bacanas, algumas poderiam ser consideradas mansões, como era o caso da residência da família Rocha (Dr. Rochilmer) e a residência do senhor Ruy Cantanhede.
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Entre essas construções existia um barracão construindo em Pinho de Riga como diz a professora Yedda Bozarcov, que pertencia a Estrada de Ferro Madeira Mamoré;
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Nesse barracão funcionava a Sede Social do Clube Ferroviário e ali aconteciam os eventos sociais do clube dos ferroviários.
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Há algum tempo, a diretoria social do Ferroviário reunia às terças feiras, a juventude para dançar ao som das músicas que faziam sucesso na época.
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O dia 31 de março de 1964, caiu justamente numa terça feira e nós a “Turma da Feira”, fomos paquerar na “FESTINHA” do Ferroviário.
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E lá estávamos dançando ao som da Jovem Guarda, Beatle, The Clevers e de vez em quando um Bolero pra dançar coladinho. A festinha tava pra lá de animada, quando de repente:
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O que era apenas penumbra, ficou iluminado. Foi isso mesmo, acenderam todas as luzes possíveis do ambiente.
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Quando nos acostumamos a iluminação, estávamos cercados por todos os lados, por soldados nos apontando seus fuzis com baionetas caladas.
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No palco, o comandante daquele pelotão de soldados, pegou o microfone e deu a seguinte ordem:
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Em nome das Forças Armadas do Brasil comunicamos que os senhores a partir deste momento, têm UMA HORA para se recolherem às suas residências.
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Disse isso e mandou desligar o som assim como todos os instrumentos do Conjunto que estava animando a festinha.
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Os soldados sob o comando daquele ‘oficial’, fizeram uma espécie de varredura dentro do Ferroviário, mandaram desligar a luz e lacraram a sede do clube.
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Como a turma da feira morava ali pertinho, não ficou tão apreensiva, como ficaram os colegas que moravam lá pro quilometro 1, Olaria e Areal.
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No outro dia de manhazinha, quando cheguei ao estúdio da Rádio Caiari por volta das Seis horas da manhã, encontrei a rádio que funcionava no prédio da Escolinha Domingos Sávio atrás da Catedral, com vários soldados em suas dependências.
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Nessas alturas, o Capitão Anacreonte já havia comandado a prisão de várias pessoas da sociedade portovelhense.
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Era o dia 1º de abril de 1964, o primeiro dia do Regime Militar em Porto Velho.
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E não era MENTIRA.

Abertas inscrições para o maior prêmio de valorização do Patrimônio Cultural


Todos os brasileiros que atuam na gestão, preservação, valorização e promoção do Patrimônio Cultural podem participar do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade.
Promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1987, esta é a maior premiação nacional no campo do Patrimônio Cultural e tem como objetivo valorizar aqueles que atuam em favor da preservação dos bens culturais do país.
Reconhecido mundialmente pela sua diversidade cultural, o Brasil é um país que condensa a influência de vários grupos que colaboraram para a formação de uma identidade nacional. Por isso, o edital, disponível no site do Iphan e publicado no Diário Oficial da União (DOU), desta segunda-feira, dia 23 de março, traz novos segmentos na premiação, visando a atender a uma maior gama de ações que já acontecem em todo o território nacional.
Serão selecionadas 12 ações no campo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cada premiado receberá o valor de R$ 20 mil. Para participar, os proponentes deverão acessar o formulário de inscrição, disponível no site do Iphan, até o dia 18 de maio.
As ações serão pré-selecionadas pelas Comissões Estaduais, compostas por representantes das diferentes áreas culturais de cada Estado, presidida pelo superintendente. As ações vencedoras na etapa estadual serão analisadas pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pela presidência do Iphan e por 21 jurados que atuam nas áreas de preservação ou salvaguarda do Patrimônio Cultural. O resultado final do concurso deverá ser divulgado até o dia 30 de agosto de 2020, no site do Iphan.
Nesta edição, o Prêmio Rodrigo traz duas grandes categorias subdivididas em seis segmentos:
Categoria 1 - Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Material referem-se às ações nas áreas de preservação de bens de natureza material como paisagens culturais, cidades históricas, sítios arqueológicos, edificações e monumentos; e ainda as coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos, assim como ações relacionadas de comunicação, difusão e educação. 
Categoria 2 - Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Imaterial referem-se às ações nas áreas de salvaguarda de práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; ritos e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade e do entretenimento; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares que abrigam práticas culturais coletivas. Ainda, coleções e acervos associados a estas manifestações culturais, assim como ações de comunicação, difusão e educação relacionadas. 
Para concorrer à premiação, podem participar pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que tenham desenvolvido ou estejam desenvolvendo ações voltadas para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro em qualquer lugar do território nacional e que já tenham resultados verificáveis no ano de 2019. Elas também deverão ser inscritas em um dos seis segmentos definidos no edital:
Segmento I – Administração direta e indireta (exceto municípios);
Segmento II – Administração direta e indireta Municipal;
Segmento III – Universidades (Públicas e Privadas);
Segmento IV – Fundações ou Empresas Privadas, exceto Micro Empreendedor Individual (MEI);
Segmento V – Cooperativas, associações formalizadas ou redes e coletivos não formalizados;
Segmento VI - Pessoas Físicas ou Micro Empreendedor Individual (MEI).
É importante ressaltar que no caso das redes e dos coletivos não formalizados, na fase de inscrição será necessário o envio de uma carta de anuência assinada por seus componentes. 

A Comissão Nacional de Avaliação
 
Desde sua criação, a Comissão Nacional de Avaliação desempenha um papel de extrema relevância para a promoção dos bens culturais do Brasil. Responsável pela seleção dos trabalhos premiados, a comissão é formada por 21 profissionais, representantes de instituições públicas e da sociedade civil, experientes, qualificados e envolvidos em caráter permanente com a produção e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Além dos 12 grandes vencedores, a Comissão Nacional, no momento da análise das ações concorrentes, poderá definir cinco delas que receberão a distinção de menção honrosa. Essas ações não receberão a premiação principal, mas serão reconhecidas por seu mérito para a preservação, salvaguarda, promoção e valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro.
O Patrimônio Cultural Moderno no Brasil
Em 2020, o Prêmio Rodrigo fará, também, uma homenagem ao Patrimônio Cultural Moderno. A construção do campo do Patrimônio Cultural no Brasil está intrinsicamente relacionada aos modernistas e ao movimento moderno da semana de 1922, razão pela qual a criação do Iphan, em 1937, trouxe contribuições do ponto de vista conceitual e de valores patrimoniais que ainda não eram trabalhados internacionalmente.
Desta forma, a arquitetura e o urbanismo brasileiros tiveram uma contribuição preponderante ao Movimento Moderno em âmbito mundial. Muitos são os casos que marcam essa história, como a construção do prédio do Ministério da Educação e Saúde – Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ); as obras dos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer; os trabalhos do paisagista Roberto Burle Marx e do artista plástico Athos Bulcão; a escola paulista com as construções de Warchavchik e de Vila Nova Artigas, Reidy e os Irmãos Roberto, no Rio de Janeiro.
Outros dois exemplos incontestáveis da importância brasileira no Movimento Moderno são o Conjunto Urbano de Brasília (DF) e o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Ambos são reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Unesco, sendo que a capital brasileira, que comemora 60 anos em 2020, foi a primeira cidade do mundo a ser tombada como Patrimônio Cultural Moderno. 

segunda-feira, 30 de março de 2020

Lenha na Fogueira - 31.03.2020


Ca com meus botões, depois que a direção do Grupo Êxodo divulgou nota, transferindo a encenação da peça O Homem de Nazaré para o mês de setembro.
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Estou me perguntando, será que a direção do Êxodo conversou com os coordenadores da Marcha Para Jesus prevista para acontecer no mesmo período da encenação da peça?
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Acontece, que pelo que foi divulgado, Mais de Dez Ônibus serão fretados, para trazer evangélicos do interior para participar da Marcha em Porto Velho.
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Ficamos sabendo no dia do lançamento da peça, no Teatro Guaporé, que a coordenação da vinda dos evangélicos, colocaram na programação, assistir o Homem de Nazaré na Jerusalém da Amazônia.
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Até agora a Marcha para Jesus não foi adiada, o que quer dizer, que os evangélicos que vêm do interior em ônibus fretados através de emendas parlamentares, não terão a oportunidade assistir à peça do Grupo Êxodo.
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Por falar em Pandemia...
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Ainda bem que chegamos ao final do mês de março, o primeiro mês da crise do Coronavírus. O primeiro mês da quarentena
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Na realidade, temos que agradecer a Deus por chegarmos praticamente aos primeiros 15 dias da quarentena, sugerida pelos órgãos da saúde local e mundial.
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Porém, segundo previsões do Ministério da Saúde, agora é que vamos começar a enfrentar no Brasil, o pico desse maldito vírus
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Sei que no meu caso, por pertencer ao grupo de risco, já que tenho mais de 60 anos de idade, na verdade, estou com 73, vou ficar confinado mais tempo que os jovens.
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Acontece que o time do quanto pior melhor, aumentou consideravelmente.
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Tô falando do Cremero. É isso mesmo, o Conselho de Medicina de Rondônia, achando que estava fazendo um grande bem a nossa população, fez divulgar uma matéria, afirmando categoricamente, o que jamais esperávamos de um órgão que representa a elite da medicina no estado de Rondônia.
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Os caras publicaram que o coronavírus vai empestear 500 Mil Pessoas em nosso estado.  
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500 Mil, é quase a população de Porto Velho.
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Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27), durante coletiva de imprensa em Porto Velho. A pesquisa foi realizada por Ana Lucia Escobar e Vinícius Ortigosa Nogueira, médicos, pesquisadores e conselheiros do Cremero.
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O pior foi que até o fechamento desta coluna, ontem 29, por volta das 17 horas, o Cremero não havia publicado qualquer nota, justificando a infeliz previsão.
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Deixando a hipocrisia de lado, vamos reforçar a torcida a favor de que esse mal passe logo e não deixe tantas vítimas.
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Vamos continuar seguindo as orientações do Ministério da Saúde, da nossa Secretaria de Saúde estadual e das secretarias municipais que nos orientam a permanecer em casa.
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31 de março, é um dia que marca ou marcou a vida de muitos brasileiros, por isso, temos que ficar atentos, pois esse dia ficou conhecido, como dia das grandes surpresas políticas.
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Independente do pessimismo de alguns, vamos LAVAR AS MÃOS com água e sabão e usar álcool em gel.
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O resto é conversa de quem não tem o que fazer!

sábado, 28 de março de 2020

SILVIO M. SANTOS - 60 anos da minha primeira composição musical


No último dia 1º de março, minha primeira composição musical, a marchinha de carnaval “A Chuva Quando Cai”, completou 60 anos.
Naquele tempo, morávamos na rua Farquar em frente à Feira Modelo (hoje Mercado Central), onde minha mãe dona Inez Macedo dos Santos mantinha uma “Pensão” (restaurante), e um Boteco no qual vendíamos cereais e muita PINGA.
Em virtude disso, nossa casa era muito frequentada, por trabalhadores da Estrada de Ferro, Ribeirinhos e funcionários do Território Federal. Entre esses frequentadores, citamos o Guarda da EFMM Miguel, e os carpinteiros do Território José Cardoso e Jia os três, fundadores da escola de samba “O Triângulo Não Morreu”.
Por outro lado, meu irmão Bianor, aprendia tocar violão com o violonista conhecido como Capote considerado um dos melhores à época. As aulas de violão aconteciam sempre a “Boca da Noite” e eu ficava apreciando Capote dedilhando valsas de Dilermando Reis como “Gotas de Lágrimas”, e “Abismo de Rosas” entre outras. Bianor para  aprimorar seus conhecimentos ao violão, sempre nos reunia (eu e minha irmã Berenice o meu irmão Francisco) em volta da mesa de jantar, para ficarmos cantando os sucessos do momento, enquanto ele acompanhava ao violão. Vale salientar, que o Bianor já trabalhava como locutor, na rádio difusora do Guaporé. Bom, esse meu envolvimento com todo esse pessoal da escola de samba do Triângulo, e o violonista Capote entre outros boêmios foi despertando em mim, o amor pela música. Apesar de nunca ter aprendido a tocar qualquer instrumento de harmonia, como violão e cavaquinho, me arriscava em fazer paródias de músicas de sucesso da época.
Outro detalhe: Eu já trabalhava como office boy no jornal Alto Madeira onde os citados fundadores da escola de samba do Triângulo também frequentavam, já que o principal idealizador da escola do ‘Morro’, era o tipógrafo Paulo Machado ali também trabalhava meu irmão Antônio Joaquim dos Santos. Quer dizer, já estava entrosado com a turma do samba e da boemia de Porto Velho.

COMO NASCEU A MARCHINHA

Naquele tempo, os desfiles carnavalescos aconteciam domingo e terça feira de carnaval e os blocos desfilavam na avenida Presidente Dutra. A concentração era entre a Carlos Gomes e a D. Pedro II, na “cabeça” da Ladeira do Porto Velho Hotel. O Palanque oficial geralmente era montado entre o prédio do Banco do Brasil (hoje restaurante do Sesc) e a Pensão do Napoleão (hoje uma galeria com várias lojas) e a Associação Comercial.
Aquele desfile marcou a estreia da escola de Samba Diplomatas que havia adotado esse nome em troca do nome “Prova de Fogo” com o qual desfilou em 1959.
A Presidente Dutra, desde o Porto Velho Hotel até a Praça Rondon estava literalmente lotada. Naquele tempo as grandes atrações eram os blocos dos clubes sociais Ypiranga, Bancrévea (os mais esperados), Guaporé, Danúbio Azul e Imperial.

Lembro que naquele carnaval, o Reio Momo foi o seu Emil Gorayeb.

FAMILIA ASSITE O DESFILE

Como morávamos ali pertinho, na Farquar, mamãe nos aprontou para todos irmos assistir os desfiles na Presidente Dutra e assim fomos, conseguimos um lugar bem ao lado do Palanque Oficial onde estava a Corte do Rei Momo. Eu não cabia em mim de tanta felicidade.
Os desfiles começaram com a apresentação do Bloco “Rei das Selva” do Valdemar Cachorro e os blocos dos foliões que se apresentavam individualmente concorrendo a prêmios de originalidade. A primeira grande agremiação a desfilar foi a Escola de Samba Os Diplomatas com o Bola Sete a frente com uma “Maromba”, pedindo passagem. Depois veio o Imperial, Guaporé e Danúbio Azul.
Quando o bloco do Ypiranga se aproximava do Palanque, arriou uma chuva torrencial e nós corremos para casa.
Todo molhado, ao chegar em casa, não sei como foi que aquilo aconteceu; lembrando que o Clube Ypiranga (de madeira), ficava logo acima da Ladeira da Farquar e lá estava acontecendo o Baile Infantil e de casa, a gente escutava a orquestra tocando.
Sentei e comecei a batucar na mesa de jantar cantando a marchinha, que depois coloquei o nome de “A Chuva Quando Cai”. Isso foi na terça feira de carnaval do ano de 1960.

A CHUVA QUANDO CAI
De: Silvio M. Santos

A chuva quando cai
Molha a fantasia
Deixa manchar
Que eu estou na folia.

O Momo Primeiro e Único
Já está na alegria
Eu pro clube pular
Em casa, quarta feira eu vou chegar.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Lenha na Fogueira - 28.03.2020


O Homem de Nazaré a peça teatral produzida pelo grupo Êxodo, teve sua encenação adiada.

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Em virtude da Pandemia provocada pelo Coronavírus, a direção do grupo Êxodo resolveu adiar a encenação da peça.
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“O Homem de Nazaré”, que estava marcada para acontecer no mês de junho, foi para o mês de setembro.
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Pois é, O Homem de Nazaré será encenada na Cidade Cenográfica Jerusalém da Amazônia no mês de setembro. Só ainda não marcaram a data.
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Por falar nisso, ontem conversamos com o presidente da Função Cultural de Porto Velho museólogo Antônio Ocampo que nos informou, que o Circuito Junino está mantido, ou seja, deve começar em maio com o Flor de Cacto.
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Por outro lado, em conversa com o presidente da Federon folclorista Fernando Rocha, fomos informados que os[mrds1]  grupos através da Unajup vão sugerir a Sejucel que transfira a realização do Arraial Flor do Maracujá para o mês de outubro.
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Só que tem um problema aí, o mês de outubro é o mês da eleição de prefeito e vereador e mais, pode acontecer segundo turno, no caso da escolha do prefeito.
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Acho que dificilmente, o governo do estado via Sejucel vai realizar o Flor do Maracujá em outubro.
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O ideal, caso aconteça o adiamento da realização do Arraial, será o mês de setembro, aproveitando a Semana da Pátria. O Flor já foi realizado em setembro e foi sucesso! Fica a sugestão.

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Por falar em sugestão, que tal, a prefeitura autorizar o funcionamento das feiras livres. É só organizar a disposição das “bancas”, deixando um bom espaço entre cada ambulante.
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O que não pode, é concordar com o funcionamento dos supermercados em ambiente fechado, e deixar as FEIRAS LIVRE sem funcionar.
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Os feirantes precisam de condições para trabalhar e sustentar suas famílias.
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Nas feiras encontramos os melhores produtos, os melhores peixes estão nas feiras livres. Tô falando de peixe fresco. Nas feiras encontramos frutas regionais que não existem nas gondolas dos supermercados.
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Se liberaram a abertura de várias lojas, por que não liberar o funcionamento das feiras livres.
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Só tem que lembrar: Lave as mãos com água e sabão e use álcool em gel!

CINEMA EM CASA - Filmes gravados em pontos turístico do Brasil são opção de lazer


Filmes que mostram o turismo do Brasil são boas opções de lazer para este momento em que ficar em casa é uma necessidade imposta pela pandemia de coronavírus. Pensando nisso, a Agência de Notícias do Turismo preparou uma lista de obras, nacionais e estrangeiras, que mostraram no cinema as belezas do nosso país, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Jalapão, Foz do Iguaçu e o Parque Nacional do Xingu. As sugestões passam por histórias de luta, da vida de dupla sertaneja, das aventuras de Deus brasileiro e vão até películas do famoso espião James Bond, do aventureiro Indiana Jones, animações de Hollywood e sucessos da Marvel. Os filmes podem ser assistidos em vários serviços de streaming e em canais a cabo (muitos estão liberados para acesso). Abaixo, um pouco mais da nossa seleção. Sem spoiler, mas tem até cidade que ficou conhecida como “Roliúde Nordestina”.
O Rio de Janeiro, cidade brasileira mais visitada por turistas, já foi cenário para a produção de muitos filmes. Além de películas nacionais como Cidade de Deus, Corcovado e Central do Brasil, o Rio de Janeiro teve bastante protagonismo em obras estrangeiras. As lindas paisagens da cidade, com destaque para o Bondinho do Pão de Açúcar, tiveram destaque em "007 Contra o Foguete da Morte" (1979). Na "Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1" (2011), a Lapa e a Marina da Glória tiveram grande espaço. A capital fluminense foi também homenageada pela animação "Rio", que reproduz várias pontos turísticos da cidade.
São Paulo também foi palco de várias obras cinematográficas. "Ensaio Sobre a Cegueira" (2008), por exemplo, mostra cartões-postais da capital paulista, como as escadarias do Theatro Municipal, o Viaduto do Chá, a Avenida Paulista e o Minhocão. "De Onde Eu Te Vejo” também traz uma série de pontos famosos da capital paulistana, assim como “O Casamento de Romeu e Julieta” (2005), que exibe pontos como a Praça Charles Miller e o estádio da Pacaembu.
Em "Deus é Brasileiro" (2003), estrelado por Antônio Fagundes, o Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins, tem parte de suas belezas revelada. A região encanta por suas águas abundantes, chapadões e serras com clima de savana, além da paisagem de cerrado, com direito a dunas alaranjadas, rios, cachoeiras, nascentes e impressionantes formações rochosas.
Foz do Iguaçu também já protagonizou inúmeros filmes, especialmente com as paisagens naturais, os rios e riachos livres do Parque Nacional do Iguaçu. O local abriga perto de 400 espécies de aves, 158 espécies de mamíferos, 175 espécies de peixes, mais de duas mil espécies de plantas e mais de 750 espécies de borboletas. Esses encantos estão presentes em “Pantera Negra” (2018), que conta a história de um dos membros dos Vingadores, da Marvel. “Indiana Jones e o Reino da Caverna de Cristal” (2008) também teve cenas gravadas no local, uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza.
Já Recife, em Pernambuco, tem suas belezas retratadas em filmes como "Lisbela e o Prisioneiro”, que mostra, por exemplo, a Igreja de Santa Cruz, construída entre 1725 e 1732. O filme teve tanto sucesso que Recife ficou conhecida como a “Roliúde Nordestina”. A capital pernambucana também apareceu em "Gonzaga: de Pai pra Filho” (2012), que mostra um show musical no Marco Zero, um dos locais históricos da cidade
Se a vontade é ver algum filme com os incríveis Lençóis Maranhenses, "Vingadores Guerra Infinita” (2018), sucesso da Marvel, é uma ótima escolha, assim como o nacional "Casa de Areia” (2005). O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é considerado um dos destinos mais bonitos do País, combinando quilômetros e quilômetros de dunas brancas pontilhadas por lagoas de água doce, ora azuis, ora verdes, e apresenta inúmeros atrativos naturais. Agora, se o objetivo é ver o Rio Amazonas e as peculiaridades da Floresta Amazônica, a lista tríplice “Anaconda” (1997), “Tainá - Uma Aventura na Amazônia" (2001) e "Amazônia" (2014) é um prato cheio.
PIRENÓPOLIS - “No dia em que eu saí de casa / Minha mãe me disse: Filho, vem cá …”. O refrão da música de Zezé Di Camargo & Luciano é a trilha sonora do filme "Dois filhos de Francisco”, que conta a história da dupla sertaneja. A maior parte das cenas foi gravada em Pirenópolis, cidade turística tombada como patrimônio nacional. Cercado de morros, cachoeiras e outras belezas naturais, o município é considerado um retrato vivo da história do povo goiano.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Lenha na Fogueira - 27.03.2020


Agora é pra valer! A Rondônia Rural Show 2020 foi suspensa.
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O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), comunica aos expositores e público em geral a suspensão, por tempo indeterminado, da 9ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, com data prevista para acontecer no período de 26 a 30 de maio, no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná.
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A Rondônia Rural Show Internacional é a maior feira do agronegócio da região Norte. Em maio de 2019, recebeu mais de 120 mil visitantes nos quatro dias de evento e bateu recordes em negócios fechados de mais R$ 700 milhões.
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Para este ano a expectativa é receber mais de 180 mil visitantes, mas considerando o Decreto n. 24.887, de 20 de março de 2020, assinado pelo governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, visando proteger a população e reduzir o risco de contágio e disseminação do coronavírus (Covid-19), a coordenação da Rondônia Rural Show decidiu suspender a 9ª edição da feira.
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A realização da Rondônia Rural Show era o termômetro que estava segurando a realização de eventos como o Arraial Flor do Maracujá que até agora, está marcado para acontecer entre os dias 26 de junho de 5 de julho na Casa de Espetáculos Talismã 21.
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Porém, muito antes do Flor do Maracujá está marcado o Circuito Junino que até agora, deve começar no dia 29 de maio, com a abertura do Arraial Flor de Cacto na Zona Sul de Porto Velho.
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A diferença é que o Circuito Junino é de responsabilidade da prefeitura via Funcultural e Semdestur.
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Apesar do governador Coronel Marcos Rocha ter assinado Decreto flexibilizando algumas restrições contidas no Decreto anterior,
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Eventos como a Rondônia Rural Show e o Flor do Maracujá não foram contemplados. A Rondônia Rural Show já teve sua realização cancelada.
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Já o Flor do Maracujá que é de responsabilidade do governo do estado, através da Sejucel, até a presente data está confirmado para junho e julho.
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O certo é que depois do discurso do presidente Bolsonaro tá todo mundo confuso.
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Acontece que estão transformando o Coronavírus em moeda de troca Política. Ninguém tá nem aí para a saúde da população, o que interessa é, como usar a Covid 19 na campanha política deste ano.
Depois de uma pessoa de Parintins ter morrido em consequência do Coronavírus, o prefeito da daquele município, em comum acordo com a diretoria de Caprichoso e Garantido resolveu adiar o Festival para o mês de outubro.
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Em Porto Velho os grupos folclóricos pararam seus ensaios, aguardando a calmaria chegar.
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Só temos que não esquecer de lavar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel.

Festival Folclórico de Parintins adiado para aniversário da cidade


O Festival Folclórico de Parintins, marcado para 26, 27 e 28/06, está oficialmente adiado.
A proposta será levada pelo prefeito Bi Garcia e os presidentes do Caprichoso, Jender Lobato, e do Garantido, Fábio Cardoso, ao governador Wilson Lima. O governador disse que esperava apenas essa manifestação para oficializar a decisão.
Dia 15/10, dia do aniversário de 168 anos da cidade, será realizada a tradicional Festa dos Visitantes. Caprichoso e Garantido se apresentarão nos dias 16, 17 e 18/10, sexta, sábado e domingo, outra tradição.
Há ainda uma proposta de adiamento para setembro, mas bumbás e Prefeitura consideram a data muito próxima, sem tempo para retomada da preparação. A nova data consegue driblar a eleição para prefeito, cujo 1º Turno está marcado para o dia 4 de outubro. A Ilha Tupinambarana, como não tem mais de 200 mil eleitores, está fora do 2º Turno.
 “Fizemos o possível. Controlamos o Coronavírus, até agora, sem que a cidade tenha um único caso de infecção local. Chegamos ao extremo do toque de recolher. Nada disso, porém, consegue deter o mundo e a ditadura dessa pandemia. Temos que adiar, para evitar um prejuízo maior”, disse Bi Garcia.  
80 MILHÕES
O Festival Folclórico representa a entrada de cerca de R$ 80 milhões na economia parintinense, segundo cálculos da Prefeitura. O valor é significativo no orçamento municipal, que este ano deve ficar em torno de R$ 202 milhões/ano.
O trabalho nos galpões iniciou, as toadas estão prontas e os diversos corpos dos bumbás estavam ensaiando. Tudo parou com a chegada da pandemia.  
INGRESSOS ESGOTADOS
Todos os ingressos e camarotes para a festa foram vendidos antecipadamente. Há 35% de ingressos vendidos para estrangeiros. É o maior número de todos os tempos. Agora todos aguardam a confirmação oficial da nova data. “Calculamos que os bumbás terão de julho a outubro para se preparar. Será o auge do verão, com as praias do Uaicurapá disponíveis para os visitantes, Festival de Verão etc. Temos ouvido que a economia deve começar a se recuperar em setembro. A data dá tempo para que as coisas se acomodem e a maior expressão popular do Norte aconteça. Vamos aguardar a decisão oficial do governador”, disse Bi.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Lenha na Fogueira - 26.03.2020


Poxa vida, como é triste perder um amigo tão querido e admirado, como o Hiran Brito Mendes, ainda mais quando esse amigo fez tanto pela cultura do nosso estado.
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Não é à toa que o Hiran era conhecido como O BALUARTE.
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Baluarte em especial da escola de samba Pobres do Caiari. Não existiu e não existe até hoje, quem defenda a escola Caiari como o Hiran.
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Além das suas investidas contra a turma da rival Diplomatas do Samba em especial, os enfrentamentos com o Leônidas.
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Quando o Flodoaldinho era o presidente da Pobres do Caiari, resolveu contar a história do Jacques Cousteau aquele navegador pesquisador, que transformou nosso Boto Vermelho em Cor de Rosa. O concurso de samba enredo foi realizado e quem ganhou foi a parceria Silvio Santos e Babá.
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Já em janeiro, Flodoaldinho convida o Hiran para uma conversa e informa que a escola não tem dinheiro para colocar o enredo sobre Jacques Cousteau

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Hiran correu para a TV Rondônia e praticamente invadiu o estúdio onde estava, sendo apresentado o Jornal de Rondônia e pediu para fazer uma convocação, no que foi atendido.
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Hiran então convocou todos os integrantes da escola de samba, para uma reunião as 19 horas, no espaço que hoje é conhecido como Praça das Caixas D’água e naquele tempo servia de local de ensaio da escola de samba.
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O bairro do Caiari em peso compareceu à reunião e o Hiran anunciou que a escola não iria SAIR por falta de recursos.
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Foi um chororô total. Naquele momento, o José Carlos Lobo pediu a palavra e sugeriu que escolhêssemos um novo ENREDO mais barato e então o Flávio Daniel sugeriu o Tema: “Das Loucuras da Vida à Ilusão do Carnaval”, tema que contou com a participação do Jader.
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Em votação foi aprovado por humanidade e o que foi melhor, todos da escola e moradores do Caiaria se comprometeram a ajudar.
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Hiran então convocou a dupla de compositores Silvio e Babá e os incumbiu de fazer o samba, já que haviam vencido o concurso do enredo do Cousteau.
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Resultado, em menos de 15 dias, a escola ficou toda pronta: Fantasias, Alegorias e Adereços e o resultado foi que o título daquele carnaval, foi vencido pela Caiari.  Graças ao Hiran Brito Mendes.
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Sabe quem foi o principal responsável pela construção do Barracão da Caiari? Hiran Brito Mendes.
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O título em comemoração aos 25 anos da Caiari quando o Manelão era o presidente, foi de responsabilidade do Hiran Brito Mendes – O Baluarte.
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Quando fui presidente da FESEC no início dos anos 2000, convidei e o HIRAN aceitou, ser o Coordenador da Comissão de Jurados das escolas de samba. Até hoje a turma elogia o Hiran pela lisura do resultado.
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Hiran Brito Mendes jamais será esquecido no mundo carnavalesco das escolas de samba de Porto Velho.
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Descasa em PAZ meu amigo HIRAN BRITO MENDES – BALUARTE!

Hiran Brito Mendes o Baluarte partiu para o plano superior


Hiran Brito Mendes faleceu na manhã desta quarta-feira 25, no hospital 9 de julho, onde há algum tempo, estava internado na UTI.
Hiran que também era conhecido como Baluarte pela sua luta em defesa da sua querida escola de samba “Os Pobres do Caiari”, da qual fez parte desde sua fundação no ano de 1964. Nascido no dia 04 de fevereiro de 1950, filho do seu Vivaldo Mendes e da professora Baba. Desde muito jovem Hiran se envolveu com música, primeiro como ritmista da Pobres do Caiari e depois como baterista do Conjunto “Fórmula 4”, integrado pelo Chiquilito, Oswaldo Piana e Pituca. Esse grupo musical, fez muito sucesso no tempo da Jovem Guarda.
Grupo Fórmula 4

HOMENAGEM

Vamos prestar nossa homenagem ao Hiran Brito Mendes – O Baluarte, lembrando algumas histórias dele, como Diretor da Escola de Samba Pobres do Caiari.

O BLOCO DO SEU VIVALDO

No carnaval de 1967, Hiran convenceu seu pai que estava como Diretor da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a mandar confeccionar nas oficinas da ferrovia, alegorias como a Locomotiva 12, Calamazu, Trole e Carrinho e ainda patrocinar a confecção de macacões, igual aos usados pelos trabalhadores (cassacos) da Madeira Mamoré. A idéia do Hiran era contar a história da Estrada de Ferro no desfile da escola.
Podemos dizer, que aquela iniciativa, foi o embrião do que depois passou a ser chamado de ENREDO.
No desfile daquele ano, as alas da Caiari desfilaram utilizando como adereço pás, picaretas, trilhos, dormentes etc. Só não teve samba enredo contando aquela história. Naquele desfile histórico, a Escola foi chamada pelos adversários, de “BLOCO DO SEU VIVALDO”.

GRAVAÇÃO DO SAMBA CEARÁ DE IRACEMA

Hiran foi nomeado pelo presidente Chagas Neto logo após carnaval de 1983, como Diretor de Carnaval da Pobres do Caiari e em virtude do fracasso do Samba Enredo daquele ano, que segundo alguns, havia sido o responsável pela derrota da escola, sugeriu ao Chagas Neto que encomendasse dos compositores Silvio Santos e Babá o samba enredo para o carnaval de 1985; que foi feito!
A pesquisa tinha a assinatura dos carnavalescos Flávio Daniel, Marise Castiel e João Otávio Pinto. Assim nasceu um dos mais exaltados e cantados samba de enredo da Pobres do Caiari e do carnaval de Porto Velho até os dias de hoje, cujo título oficial é: “Ceará, Lendas, Rendas e Crenças – CEARÁ DE IRACEMA”.

GRAVAÇÃO NO RIO DE JANEIRO

Assim que o samba ficou pronto, no final do mês de agosto de 1984, Hiran Brito mais uma vez, entrou em ação e convenceu o presidente Chagas Neto e toda diretoria da escola, que um samba daquele, deveria ser gravado no Rio de Janeiro, sob a direção dos produtores do LP dos sambas de enredo das escolas de samba do grupo Especial do Rio.
Após receber o aval da diretoria da escola Hiran contratou nada mais, nada menos que Laila, Rivaldo Santos e Alceu Maia os dois primeiros responsáveis pela Produção dos sambas do Rio e o Alceu responsável pelos arranjos. Laila e Rivaldo convocaram para a gravação do samba da escola de Rondônia os mesmos ritmistas que gravavam os sambas das escolas do Rio, que pertenciam ao Grupo “Samba 7” e como arranjador, o cavaquinhista Alceu Maia.
No mesmo disco foram gravadas as músicas “Exaltação ao Caiari” e “Hino da Banda”; o coro contou com a participação das Gatas. Sucesso!

EMPURRANDO VAI

Para o carnaval de 1988 o enredo foi “Empurrando Vai” pesquisa de Aluízio Bentes e samba de Silvio Santos e Aluízio Bentes que também foi Produzido pelo Laila e o Rivaldo com arranjos do Maestro Jorge Cardoso e gravado na voz de Walfredo da Esquina isso em setembro de 1987 no mesmo disco, as Gatas gravaram o samba do Silvio Santos “Nosso Barracão Subiu”.
Infelizmente as fantasias da Pobres do Caiari pegaram fogo na fábrica de carnaval no Rio de Janeiro e a escola não desfilou, aliás, a Diplomatas também não desfilou em 1988.
Muitas outras histórias foram protagonizadas pelo Baluarte Hiran Brito Mendes.
Hiran Brito Mendes é merecedor de todas as homenagens possíveis. Infelizmente, a quarentena do coronavírus, não permite uma despedida digna de um Baluarte do Samba como o HIRAN BRITO MENDES.