Faleceu no início da noite de domingo, 17, o
empresário Flodoaldo Pontes Pinto Filho, aos 71 anos, de complicações
decorrentes da covid-19.
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Vamos nos despedir do Flodoaldinho, contando uma breve
história do amante de coisas, como nossa música, escola de samba e da boemia
portovelhense.
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Conhecemos o Flodoaldinho ainda na década de 1960, quando o
então Padre Vitor Hugo era o diretor presidente da Sociedade de Cultura Rádio
Caiari. A época, seu Flodoaldo (pai) era um dos maiores empresários do ramo de
Mineração em Rondônia e do Brasil. Entre outros empreendimentos, era o dono do
Garimpo de Massangana um dos maiores produtores de cassiterita do Brasil.
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A família morava a Avenida Sete de Setembro numa casa que
existia onde até bem pouco tempo, funcionou a Loja Discolândia. Ali havia sido
o Areal da cidade. Seu Flodoaldo oferecia jantares aos amigos e sociedade e
eram eventos pomposos e Vitor Hugo sempre transmitia esses eventos através da
Rádio Caiari e ele me levava para comandar a parte da sonoplastia e nesses
eventos, fiquei conhecendo toda a família e até me tornei colega do
Flodoaldinho.
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O tempo passou e sempre participava de algum evento cultural
patrocinado por ele. Era o tempo da Agua Mineral Caiari. No início da década de
1980 Flodoaldinho aceitou ser o Patrono (presidente) da Escola de Samba “Os
Pobres do Caiari” e sua residência se transformou em ponto de encontro da turma
da escola e foram várias noites de churrasco e muito samba.
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Em 1982 já como presidente da Escola Flodoaldinho quis homenagear
o Jacque Cousteau. Acontece que a esposa do Flodoaldo fazia parte da
equipe do “Mergulhador Francês”. Foi então que ele convocou os carnavalescos da
Caiari e encomendou o enredo que recebeu o título: “A Amazônia – De Orellana a Cousteau”.
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Em parceria com o Baba ganhei o Concurso de Samba Enredo para
o desfile de 1983. Acontece que quando chegou o mês de janeiro de 1983,
Flodoaldinho convocou o Diretor de Carnaval da Escola Hiran Brito Mendes o Baluarte,
a sua casa e falou, que o Enredo de Orellana a Cousteau ficou muito caro e a
agremiação não tinha recurso em caixa e nem ele.
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Sobre esse episódio entrevistei o Hiran e ele explicou:
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“Naquele ano o Flodoaldinho me chamou em sua casa e disse que
não tinha dinheiro para colocar o enredo.
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Fui a TV Rondônia (o Jornal de Rondônia era ao vivo), falei
com o diretor e ele me colocou no ar e eu disse que a escola de samba não iria
desfilar por falta de recursos.
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Quando cheguei na Praça das Caixas D’água estavam
praticamente todos os moradores do bairro Caiari, os brincantes da escola e
simpatizantes e ali todos se propuseram a colaborar com a escola.
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Faltava menos de um mês para o carnaval e então por sugestão
do Jader, do Flávio Daniel e se não me engano do Zé Carlos Lobo, se resolveu
criar um enredo de fácil concepção e então nasceu ali o tema “Das Loucuras da Vida a Ilusão do Carnaval”.
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O samba foi feito pelo Silvio Santos e O Babá no balcão do
chaveiro do Manelão e foi justamente esse samba que eu aprovei na madrugada em
frente ao Reza Forte.
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Para encurtar a história, a escola foi campeã naquele ano de
1983 cantado: É feira, é feira, é condução. É trabalho no campo, que luta irmão...”
Contou Hiran
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É esse Flodoaldinho carnavalesco,
amigo, cultural e acima de tudo festeiro que quero continuar lembrando.
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Amigo, obrigado por tudo!
Descansa em Paz.
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GRAÇAS A DEUS A VACINA CONTRA A COVID-19 JÁ ESTÁ SENDO APLICADA NOS
BRASILEIROS. HOJE COMEÇA AQUI EM PORTO VELHO.
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AMÉM!
Um comentário:
FOI ISSO MESMO ZE CATRACA, A SITUAÇÃO FOI ESSA MESMO....BOAS LEMBRAÇAS DO FLODOALDINHO ...O FESTEIRO.
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