Antigamente o termo, “é mentira”, era utilizado como
deboche no dia 1° de abril, o que hoje já não é tão utilizado apenas nesse dia,
infelizmente. Bom, o que queremos produzir com esta crônica, é uma homenagem a
alguns dos maiores mentirosos que por aqui passaram e alguns moram até hoje.
Um dos grandes mentirosos
que morou em Porto Velho foi o médico Dr. Dermeval. Dermeval e suas “mentiras”
ficaram tão famosos que seus amigos, sempre na madrugada do dia 1° de abril, se
reuniam e faziam Alvorada em frente à sua residência.
Ele contava na maior cara de
pau, que certa vez, em viagem a Guajará Mirim o trem da Madeira Mamoré
descarrilou nas proximidades do Iata e um compadre dele, com dor de barriga foi
ao mato e levou a mochila. Quando terminou, abriu a mochila e tinha um disco de
Valdick Soriano por cima do papel, ele tirou o LP colocou numa pequena árvore
ao lado. O certo foi que esqueceu o disco. Em outra ocasião, andando pela mata,
juntamente com o Dr. Dermeval, ouviu: “Quem-é, quem-é, quem-é... Olhou pro
médico surpreso e até meio assustado. O instinto levou os dois a procurar de
onde vinha aquele som: Quem-é, quem-é... Quando viram estavam embaixo de uma
laranjeira e quando olharam pra cima, viram um pedaço daquele disco do Valdick
que com o vento raspava no espinho da laranjeira, justamente na parte da música
que dizia: Quem és tu para querer manchar meu nome”. Dermeval jurava que
isso aconteceu de verdade. “Vi com esses olhos que a terra irá comer!”.
Meu amigo Manelão também
carregava a fama de contador de “lorota”. Morreu afirmando que certa vez,
passou por entre as torres da Catedral de Porto Velho pilotando um avião
paulistinha. Isso jamais poderia acontecer uma vez que se realmente ele passasse
com o avião por entre as torres da igreja, bateria Cúpula.
Seu Xavier que foi dono de
parte das terras que formam a localidade de Belmonte. Certa vez recebeu em seu
comercio, duas pessoas se dizendo turistas, que queriam saber se realmente ele
era grande pescador e preparador de Tartaruga. “Ora meus amigos, podem
acreditar, sei preparar mais de oito pratos de tartaruga. Por um acaso acabei
de matar uma tartaruga la na beira do Lago do Cuniã, se os senhores quiserem
esperar, preparo a “Franga” para o almoço, os dois eram fiscais do IBDF e então
se apresentaram, anunciando que seu Xavier estava sendo autuado porque estava
pescando tartaruga o que até hoje é proibido por Lei. Xavier muito tranquilo,
palitou os dentes, fez pose e falou. “Os senhores acabam de conhecer o maior
mentiroso da Amazônia Antônio Xavier do Belmonte seu criado!
Aproveitamos a oportunidade
para homenagear também os políticos por mais um dia 1° de abril! Salve o Dia da
Mentira!
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