As redes sociais estão repletas de perguntas, respostas e perguntas sem respostas a respeito dos desfiles das escolas de samba, diretamente afetados pela pandemia de Covid-19.
A principal delas é se
vai ter Carnaval em 2021. São Paulo já respondeu e adiou as apresentações no
Anhembi para a partir de maio do ano que vem. O Rio é cauteloso, e estuda a
matéria para não errar a questão.
Rio em compasso de espera
O assunto que permeia o mundo do samba desde o início da
pandemia voltou à tona esta semana, com a afirmação do colunista Ancelmo Gois
de que as agremiações do Grupo Especial já decidiram cancelar os
desfiles de fevereiro e farão o anúncio em
setembro.
É verdade que em setembro a Liga Independente da Escolas de
Samba divulgará sua decisão, mas segundo Gabriel David, da Beija-Flor, nada foi definido: “Se tem uma reunião na Liesa em setembro
para decidir o futuro do Carnaval, é porque não tem nada decidido até então.
Até os meados de setembro, a gente não sabe o que vai acontecer no mundo”.
Em entrevista ao O Dia,
Jorge Castanheira, presidente da Liesa, afirmou
que o Carnaval carioca pode acontecer sem vacina,
desde que haja uma “imunidade de rebanho” e que o evento seja liberado pelas
autoridades sanitárias: “Só haverá Carnaval com a liberação da
ciência e com imunização, seja pela vacina ou por essa imunidade de rebanho,
isso é consenso entre as escolas. Não colocaremos as pessoas em risco”.
Enquanto isso, os
profissionais do Carnaval se viram como podem em meio às dificuldades
financeiras impostas pela pandemia e pela paralisação das atividades nas
agremiações. Além das ações sociais das escolas de samba, como doações de
cestas básicas às comunidades, foram criados os projetos Ritmo
Solidário, Barracão
Solidário e Bailado
Solidário. O movimento #NãoÉSóFolia também
surgiu para pedir valorização aos profissionais do Carnaval.
Escolas de samba e
organizadores do Carnaval de rua da capital paulista já defendiam adiamento da
festa que estava marcada para acontecer no mês de fevereiro do próximo ano.
Em decisão anunciada no
dia 24 de julho, o prefeito Bruno Covas, informou que a previsão de realização
é para a partir do mês de maio de 2021, com possibilidade também para o mês de
julho, desde que tenha autorização dos órgãos de saúde.
Em nota divulgada no site da Liga Independente
das Escolas de Samba de São Paulo, o presidente da entidade, Sidnei Carriuolo,
defendeu o posicionamento da prefeitura e disse que vai seguir tudo o que for
determinado pelas autoridades.
“Nós
estamos defendendo muito o posicionamento da Prefeitura, estamos indo muito em
cima daquilo que os órgãos governamentais colocam pra gente. Não vamos fazer
nada fora daquilo que seja determinado pelas autoridades”, disse.
“Se não houver condições e as autoridades não
recomendarem, fazemos novamente uma nova data”, concluiu o dirigente sobre a possibilidade
de postergar mais uma vez a data dos desfiles.
Vale destacar que mesmo as atividades suspensas
desde o mês março, em razão da Covid-19, as escolas de samba de São Paulo,
seguem, na medida do possível, seus cronogramas visando os desfiles. Enredos e sinopses já foram lançados, ações sociais via internet
arrecadaram toneladas de alimentos para quem precisa e concursos de samba-enredo já estão em andamento através das plataformas
digitais.
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