Conforme prometido na coluna
de ontem, voltamos a nos reportar sobre o documentário “Caçambada Cutuba”, que
de início, tinha como objetivo, esclarecer a verdade, sobre a tragédia ocorrida
durante a passeata realizadas pelos correligionários do candidato Renato
Clímaco Borralho de Medeiros, no dia 26 de setembro de 1962.
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Naquele dia, tanto o
candidato da facção Cutuba Coronel Énio dos Santos Pinheiro como o candidato da
facção Pele Curta Renato Medeiros, participaram cada um do último comício da
campanha cuja eleição aconteceria no dia 3 de outubro.
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Acontece que os Cutubas
conseguiram uma Caçamba da prefeitura municipal de Porto Velho para transportar
os correligionários de Ênio Pinheiro até o local do comício, nas imediações da
Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
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O comício dos Pele Curtas
aconteceu no bairro Olaria nas proximidades da boate da Dona Adelícia no espaço
conhecido como “Passinho” na rua Lauro Sodré.
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O comício dos Cutubas
terminou mais cedo e os eleitores que moravam nos bairros próximos ao centro da
cidade, e os que ficavam para a Zona Norte como o Olaria, embarcaram na
carroceria da Caçamba que tinha como motorista o senhor Wilson.
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A primeira parada foi em
frente ao Comitê do Ênio que funcionava no Prédio Bichara na esquina da rua
José do Patrocínio com a José de Alencar ao lado da Praça Getúlio Vargas e ali
desembarcou a turma do centro.
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Dali a Caçamba se dirigiu
para o bairro Olaria onde encontrou a passeata dos correligionários de Renato
Medeiros que vinha pela Lauro Sodré no sentido centro e deu no que deu.
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Justamente por isso, o
lançamento do Documentário superlotou o Teatro Guaporé na noite da última sexta
feira. Os mais antigos como eu, para saber realmente sobre os mortos e os
feridos e os mais jovens, para conhecer o fato que mudou o resultado daquela
eleição.
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Aconteceu, que saímos do
teatro Guaporé com mais dúvidas sobre o episódio, pois, os produtores não
conseguiram provar nada. Aliás, o que menos consta no Documentário são
depoimentos relatando o caso. Que me lembre, apenas a Rita Queiroz e o Leonado
chegam mais perto em suas narrativas. O Luiz Brito que nem deveria estar ali,
diz que estudava na Escola Reunida Samaritana onde só funcionava o Primário
portanto, era um garoto. Relata que no dia seguinte, quando chegou a escola
ouviu falar do acontecido.
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Segundo fui informado por
fonte fidedigna, que soube pelo Zola Xavier que a Produtora contratada para
editar o material, ou seja, as entrevistas com os depoimentos de pessoas que
estavam na passeata do Renato e algumas vítimas da Caçamba. Que a Produtora
perdeu praticamente todo o material e
que o Zola desesperado voltou a registrar alguns depoimentos num equipamento
precário. Esse material precário, foi que foi exibido na sexta feira 13.
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