quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Lenha na Fogueira - 05.09.19


 
Vem aí o lançamento do documentário “Caçambada Cutuba” uma produção do amigo jornalista Zola Xavier.
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O Filme retrata a história que Rondônia não registrou na sua essência. O fato que aconteceu no último dia da campanha para Deputado Federal pelo Território Federal de Rondônia na eleição de 1962.
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Zola Xavier filho do grande Dionísio Xavier jornalista e politico consideradíssimo em Rondônia, foi fundo nas pesquisas sobre o episódio que culminou na tragédia, que ficou conhecida como “Caçambada Cutuba”.
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Era o dia 26 de setembro do ano de 1962, naquela noite aconteceram os comícios dos candidatos Ênio Pinheiro (Cutuba) e Renato Medeiros (Pele Curta).
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O do Cutuba Ênio dos Santos Pinheiro foi no bairro Areal e o do Pele Curta Renato Medeiros no bairro Pedrinhas. Quando o comício do Ênio terminou o motorista de uma Caçamba, contatado para transportar os correligionários de Ênio que moravam pro lado do bairro Pedrinhas, ao chegar à rua Lauro Sodré deparou-se com a passeata dos correligionários de Renato e achou de meter a Caçamba no meio da turba Pele Curta causando a tragédia.
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Segundo apurou o jornalista Zola Xavier da Silveira, produtor do documentário “A Caçambada Cutuba”, cerca de 5 mil pessoas participavam do comício renatista na noite da tragédia. Naquele ano, não se sabe bem por que, Aluízio se declarou afastado da política rondoniense, depois de ter vencido três eleições para a Câmara Federal.
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Todavia, como bom cacique que era, não se inscreveu na corrida eleitoral, mas mandou representante: o também coronel Ênio dos Santos Pinheiro, que já houvera sido governador do Território Federal de Rondônia, em 1953, por indicação do mesmo padrinho que o apoiava em 1962.
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No confronto entre esses dois candidatos, aconteceu a Caçambada. Pesquisadores denunciam que o inquérito instaurado para apurar o caso foi empurrado com a barriga e concluído a meia-sola. A edição do jornal Alto Madeira da época, existente no acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, sugere que, em relação ao caso, havia censura à imprensa por parte do governo aluizista de plantão.
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O certo é que até hoje algumas perguntas não querem calar: a Caçambada terá sido o maior atentado político da história de Rondônia? Quantas pessoas morreram, afinal? Foi Aluízio Ferreira que mandou jogar a caçamba contra o povo? Ele queria matar Renato Medeiros? Ou ele queria apenas intimidar seus adversários? Foi o baixo-clero do aluizismo quem mandou atacar os peles-curtas com uma caçamba? A vitória de Renato significaria o fim do aluizismo?
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Tudo isso está no Documentário que será exibido no próximo dia 13 no Teatro Guaporé. Vale a pena conferir essa parte da história de Rondônia que até hoje ninguém sabe da verdade verdadeira. Não sei se o Zola vai conseguir provar com o Documentário quem realmente foi o responsável pela ordem dada ou não, ao motoristas da Caçamba que entrou no meio da passeata do Renato naquele 26 de setembro de 1962.
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Sobre esse episódio, há alguns anos entrevistei o comerciante Milton Rego e ele fala sobre o episódio, pois tinha um comercio pertinho do local onde aconteceu aquele comício do Renato.
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Milton também, apesar de dizer que acompanhou tudo, não confirma se realmente houve morte. “Dizem que houve” comenta na entrevista. Não sei se o Zola o ouviu.
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Outras pessoas que viveram naquela época, dizem que se não fosse o motorista dos Cutubas ter invadido a passeata do Renato, o Coronel Ênio Pinheiro seria o vencedor da eleição.
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Dia 13 no Teatro Guaporé “Caçambada Cutuba”, vai lá com ferir a história!

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