Vem
aí o lançamento do documentário “Caçambada Cutuba” uma produção do amigo
jornalista Zola Xavier.
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O
Filme retrata a história que Rondônia não registrou na sua essência. O fato que
aconteceu no último dia da campanha para Deputado Federal pelo Território
Federal de Rondônia na eleição de 1962.
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Zola
Xavier filho do grande Dionísio Xavier jornalista e politico consideradíssimo
em Rondônia, foi fundo nas pesquisas sobre o episódio que culminou na tragédia,
que ficou conhecida como “Caçambada Cutuba”.
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Era
o dia 26 de setembro do ano de 1962, naquela noite aconteceram os comícios dos
candidatos Ênio Pinheiro (Cutuba) e Renato Medeiros (Pele Curta).
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O do Cutuba Ênio dos Santos Pinheiro foi no bairro Areal e o do Pele
Curta Renato Medeiros no bairro Pedrinhas. Quando o comício do Ênio terminou o
motorista de uma Caçamba, contatado para transportar os correligionários de Ênio
que moravam pro lado do bairro Pedrinhas, ao chegar à rua Lauro Sodré
deparou-se com a passeata dos correligionários de Renato e achou de meter a Caçamba
no meio da turba Pele Curta causando a tragédia.
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Segundo apurou o jornalista Zola Xavier da Silveira, produtor do
documentário “A Caçambada Cutuba”, cerca de 5 mil pessoas participavam do
comício renatista na noite da tragédia. Naquele ano, não se sabe bem por que,
Aluízio se declarou afastado da política rondoniense, depois de ter vencido
três eleições para a Câmara Federal.
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Todavia, como bom cacique que era, não se inscreveu na corrida
eleitoral, mas mandou representante: o também coronel Ênio dos Santos Pinheiro,
que já houvera sido governador do Território Federal de Rondônia, em 1953, por
indicação do mesmo padrinho que o apoiava em 1962.
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No confronto entre esses dois candidatos, aconteceu a Caçambada.
Pesquisadores denunciam que o inquérito instaurado para apurar o caso foi
empurrado com a barriga e concluído a meia-sola. A edição do jornal Alto
Madeira da época, existente no acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de
Janeiro, sugere que, em relação ao caso, havia censura à imprensa por parte do
governo aluizista de plantão.
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O certo é que até hoje algumas perguntas não querem calar: a Caçambada terá sido o maior atentado político da história de Rondônia? Quantas pessoas morreram, afinal? Foi Aluízio Ferreira que mandou jogar a caçamba contra o povo? Ele queria matar Renato Medeiros? Ou ele queria apenas intimidar seus adversários? Foi o baixo-clero do aluizismo quem mandou atacar os peles-curtas com uma caçamba? A vitória de Renato significaria o fim do aluizismo?
O certo é que até hoje algumas perguntas não querem calar: a Caçambada terá sido o maior atentado político da história de Rondônia? Quantas pessoas morreram, afinal? Foi Aluízio Ferreira que mandou jogar a caçamba contra o povo? Ele queria matar Renato Medeiros? Ou ele queria apenas intimidar seus adversários? Foi o baixo-clero do aluizismo quem mandou atacar os peles-curtas com uma caçamba? A vitória de Renato significaria o fim do aluizismo?
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Tudo
isso está no Documentário que será exibido no próximo dia 13 no Teatro Guaporé.
Vale a pena conferir essa parte da história de Rondônia que até hoje ninguém
sabe da verdade verdadeira. Não sei se o Zola vai conseguir provar com o
Documentário quem realmente foi o responsável pela ordem dada ou não, ao
motoristas da Caçamba que entrou no meio da passeata do Renato naquele 26 de
setembro de 1962.
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Sobre
esse episódio, há alguns anos entrevistei o comerciante Milton Rego e ele fala sobre
o episódio, pois tinha um comercio pertinho do local onde aconteceu aquele
comício do Renato.
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Milton
também, apesar de dizer que acompanhou tudo, não confirma se realmente houve
morte. “Dizem que houve” comenta na entrevista. Não sei se o Zola o ouviu.
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Outras
pessoas que viveram naquela época, dizem que se não fosse o motorista dos Cutubas
ter invadido a passeata do Renato, o Coronel Ênio Pinheiro seria o vencedor da
eleição.
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Dia
13 no Teatro Guaporé “Caçambada Cutuba”, vai lá com ferir a história!
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