O carnaval de Porto Velho será aberto oficialmente
na noite desta sexta feira 26, com a realização do Baile Municipal que vai
acontecer na casa de eventos Talismã 21/2 a partir das 20 horas.
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Na oportunidade, o prefeito Hildon Chaves vai fazer
a entrega da chave da cidade, a Sua Majestade Rei Momo 1º e Único.
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Por falar em Rei Momo, resolvi passar aos amigos
leitores, como acontecia a abertura do carnaval nos anos de 1950/60 até 80.
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Quando passei a entender mais ou menos os
acontecimentos carnavalescos na cidade de Porto Velho, o REI MOMO era seu Emil
Gorayebe que comandava uma Corte de vergonha. Quando digo de vergonha, quero
dizer que era composta de todos os personagens que uma Corte de Rei Momo tem
que ter.
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O Rei, a Rainha e suas Princesas, além do Arauto e
o Bobo da Corte. Naquele tempo o Rei Momo era recepcionado pela população de
Porto Velho na estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré onde desembarcava de
uma Litorina.
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Esperavam o Rei e sua Corte, os blocos
carnavalescos dos clubes sociais Ypiranga, Danúbio Azul, O Guaporé, União
Operária, Bancrévea Clube e Imperial entre outros, além das escolas de samba
Deixa Falar e O Triângulo Não Morreu.
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O Rei e sua Corte seguia da estação num Jipe que
seguia até a praça Marechal Rondon onde estava montado o Palanque com o
prefeito da cidade e demais autoridades municipais, além de personagens da
sociedade local.
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Após a passagem da chave, o Rei ordenava que o
Arauto (Osires Lobo) lesse o Decreto, por ele assinado cujo único Artigo dizia
mais ou menos o seguinte: “Sua Majestade Rei Momo 1º e Único Decreta:
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A partir deste momento, fica proibido se pensar em
tristeza, além de todos serem obrigados a cair na folia até a quarta feira de
cinzas, sem restrição nenhuma ao consumo de bebida e o uso de lança perfurme.
Parágrafo Único – Nenhuma mulher poderá durante o carnaval, cobrar fidelidade
de seu marido. O presente Decreto entra em vigor imediatamente.
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Daí então, o Arauto passava a palavra ao locutor
oficial da festa que anunciava o início da “Batalha de Confete” entre os blocos
e escolas de samba. Isso acontecia no sábado MAGRO.
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A Banda do Vai Quer Quer surgiu exatamente, em
virtude de um “perrengue” entre a Corte do Rei Momo (Manelão) com a Comissão
Municipal de Carnaval no ano de 1981. Foi o seguinte:
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Manelão havia sido Rei Momo nos carnavais de 1979 e
1980 e quando foi no carnaval de 1981 a Comissão de Coordenação do Carnaval
mais uma vez o convidou para ser o Rei Momo.
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Acontece que a prefeitura não havia pago as
despesas da Corte, do carnaval de 1980. Devo lembrar que a Corte do Rei Momo
Manelão era composta pelos amigos Emilzinho Gorayebe, Narciso Freire, Antônio
Edson - Nenem, Paulo Queiroz (jornalista), Bráulio Bigode, Jurandir Sena e o
Arauto era o Osires Lobo. O tocador de clarim era o Moraes dos correios e o
tocador de Caixinha o Zé Carlos que era da Banda de Música da Guarda
Territorial. Por motivo de força maior (pois geralmente durante o carnaval eu
estava trabalhando na Rádio Caiari) não participava da Corte.
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Pois então, após receber o convite para mais uma
vez ser o Rei Momo do carnaval de Porto Velho em 1981, Manelão reuniu os amigos
e aí sim eu estava presente e colocou em discussão o convite da Comissão
Municipal de Carnaval.
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Foi então que Narciso Freire e Emilzinho Gorayebe
disseram: Se é pra gente pagar as nossas despesas durante o carnaval, por que
não criamos um bloco em vez de integrarmos a Corte do Rei Momo?
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Dessa discussão, nasceu a “BANDA DO SÓ VAI QUEM
QUER” que desfilou pela primeira vez, no sábado Gordo de carnaval, 28 de
fevereiro de 1981.
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