Se você gosta mesmo de
carnaval em especial das marchinhas tradicionais, nada melhor do que participar
na noite de hoje, da Fina Flor do Samba comandada pelo meu amigo Ernesto Melo
no Mercado Cultural.
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Pois é, Ernesto Melo e a
Fina Flor do Samba vai realizar a partir das 20 horas, no Calçadão Manelão do
Mercado Cultural o 1º Grito de Carnaval.
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Com certeza Ernesto
selecionou as melhores marchinhas e marcha rancho para apresentar na noite de
hoje. Posso garantir que dificilmente um cantor de musicas de carnaval em Porto
Velho sabe mais marchinhas tradicionais e marcha rancho que o Ernesto Melo e
ainda tem os chamados sambas de carnaval, que não são samba enredo mas, tocavam
nos bailes carnavalescos dos clube sociais.
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Para os mais antigos será
uma viagem no tempo e para os mais jovens uma aula de cultura carnavalescas em
especial da música. Se eu fosse você não perderia essa oportunidade de recordar
os carnavais do passado.
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Vamos lembrar o horário do 1º Grito de Carnaval da Fina Flor do Samba: as
20 horas no Mercado Cultural.
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Já que entramos no assunto,
vamos lembrar alguma coisa sobre o carnaval dos clubes sociais de Porto Velho.
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Até meados dos anos 1960 quem
dominava o carnaval em Porto Velho eram os Clubes Sociais com seus bailes: Danúbio
Azul Bailante Clube, O Guaporé, Imperial, União Operária, Bancrévea e Ypiranga.
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A partir do mês de outubro
esses clubes começavam a realizar os bailes que eram denominados como 1º, 2º 3º
Grito de Carnaval. Durante os bailes, eram promovidos os concursos de dança de
frevo. O vencedor e a vencedora representariam o Clube em seu desfile que
aconteciam na avenida Presidente Dutra e se tornava numa grande disputa entre
os clubes. Grandes frevistas como Julio, Camarão e Lulu se destacavam pelas
acobracias durantes suas apresentações. As melhores performances desses
dançarinos de frevo acontecia em frente ao Palanque Oficial que era montado
entre o prédio do hoje restaurante do Sesc e o prédio da Associação Comercial.
Ali ficava o prefeito e seus convidados além da Corte do Rei Momo e chamada
Comissão de Julgamento.
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O povo se espremia pra
chegar o mais perto possível até a “Corda de Isolamento” para presenciar os
espetáculos dos dançarinos, ainda por cima tinha a torcida de cada agremiação
que no empurra-empurra conseguia ficar perto do Palanque. A disputa pegava fogo
e as vezes as torcidas se estranhavam.
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A Dança dos frevistas era
apenas um quesito em julgamento. Na época os clubes colocavam alegorias, pois
cada bloco tinha seu tema, era como se fosse o “enredo” de escola de samba. Os
blocos desfilavam ao som de marchinhas e frevos adaptadas pelos maestros de
suas orquestras, falando dos temas concorrentes.
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As orquestras mais famosas
eram as do Ypiranga cujo maestro era o Mestre Neves, Bancrévea com o Mestre
Louro e Danúbio azul com o Maestro Dantas. A orquestra do Bancrévea era o Jazz
Brasil do Danúbio a “Potiguar”, não lembro o nome da orquestro do Ypiranga, (ajuda
aí Anizinho).
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Na noite de hoje, com
certeza, Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba com certeza vai presentear o
público presente com as marchinhas que eram executadas por essas orquestras.
Não custa nada ir ao Mercado Cultural na noite desta sexta feira, relembra ou
tomar conhecimento de como era o carnaval de antigamente. Bem melhor que o de
hoje!
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Agora se você prefere apenas
samba, vai pro Galpão curtir o show do |Leandro D’Mennor. Estive com ele no Rio
de Janeiro na última terça feira e posso garantir que o cara é bom de samba.
Vai lá!
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