quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Lenha na Fogueira 12.01.18

Se você gosta mesmo de carnaval em especial das marchinhas tradicionais, nada melhor do que participar na noite de hoje, da Fina Flor do Samba comandada pelo meu amigo Ernesto Melo no Mercado Cultural.

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Pois é, Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba vai realizar a partir das 20 horas, no Calçadão Manelão do Mercado Cultural o 1º Grito de Carnaval.

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Com certeza Ernesto selecionou as melhores marchinhas e marcha rancho para apresentar na noite de hoje. Posso garantir que dificilmente um cantor de musicas de carnaval em Porto Velho sabe mais marchinhas tradicionais e marcha rancho que o Ernesto Melo e ainda tem os chamados sambas de carnaval, que não são samba enredo mas, tocavam nos bailes carnavalescos dos clube sociais.

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Para os mais antigos será uma viagem no tempo e para os mais jovens uma aula de cultura carnavalescas em especial da música. Se eu fosse você não perderia essa oportunidade de recordar os carnavais do passado.

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Vamos lembrar o horário do 1º Grito de Carnaval da Fina Flor do Samba: as 20 horas no Mercado Cultural.

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Já que entramos no assunto, vamos lembrar alguma coisa sobre o carnaval dos clubes sociais de Porto Velho.

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Até meados dos anos 1960 quem dominava o carnaval em Porto Velho eram os Clubes Sociais com seus bailes: Danúbio Azul Bailante Clube, O Guaporé, Imperial, União Operária, Bancrévea e Ypiranga.

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A partir do mês de outubro esses clubes começavam a realizar os bailes que eram denominados como 1º, 2º 3º Grito de Carnaval. Durante os bailes, eram promovidos os concursos de dança de frevo. O vencedor e a vencedora representariam o Clube em seu desfile que aconteciam na avenida Presidente Dutra e se tornava numa grande disputa entre os clubes. Grandes frevistas como Julio, Camarão e Lulu se destacavam pelas acobracias durantes suas apresentações. As melhores performances desses dançarinos de frevo acontecia em frente ao Palanque Oficial que era montado entre o prédio do hoje restaurante do Sesc e o prédio da Associação Comercial. Ali ficava o prefeito e seus convidados além da Corte do Rei Momo e chamada Comissão de Julgamento.

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O povo se espremia pra chegar o mais perto possível até a “Corda de Isolamento” para presenciar os espetáculos dos dançarinos, ainda por cima tinha a torcida de cada agremiação que no empurra-empurra conseguia ficar perto do Palanque. A disputa pegava fogo e as vezes as torcidas se estranhavam.

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A Dança dos frevistas era apenas um quesito em julgamento. Na época os clubes colocavam alegorias, pois cada bloco tinha seu tema, era como se fosse o “enredo” de escola de samba. Os blocos desfilavam ao som de marchinhas e frevos adaptadas pelos maestros de suas orquestras, falando dos temas concorrentes.

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As orquestras mais famosas eram as do Ypiranga cujo maestro era o Mestre Neves, Bancrévea com o Mestre Louro e Danúbio azul com o Maestro Dantas. A orquestra do Bancrévea era o Jazz Brasil do Danúbio a “Potiguar”, não lembro o nome da orquestro do Ypiranga, (ajuda aí Anizinho).

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Na noite de hoje, com certeza, Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba com certeza vai presentear o público presente com as marchinhas que eram executadas por essas orquestras. Não custa nada ir ao Mercado Cultural na noite desta sexta feira, relembra ou tomar conhecimento de como era o carnaval de antigamente. Bem melhor que o de hoje!

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Agora se você prefere apenas samba, vai pro Galpão curtir o show do |Leandro D’Mennor. Estive com ele no Rio de Janeiro na última terça feira e posso garantir que o cara é bom de samba. Vai lá!

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