O deputado Jesuíno Boabaid
(PMN) esteve reunido na manhã de ontem segunda-feira (28), com representantes
de blocos carnavalescos de Porto Velho, onde foram discutidas questões
referentes ao local de realização do evento bem como as inúmeras taxas cobradas
dos organizadores.
O deputado Jesuíno salientou
que o intuito da reunião é ouvir as demandas dos organizadores do Carnaval de
trios e, após, sendo o caso, encaminhar às reivindicações, as autoridades
buscando a solução das questões.
O representante do bloco Us
Di Fora, João Bosco, destacou o potencial da movimentação da economia local ao
se realizar um grande evento como o Carnaval. Pediu ao Poder Público somente a
infraestrutura necessária, “quanto ao restante, cada bloco realiza. Queremos
gerar empregos, renda para a cidade. Não queremos tirar dinheiro da saúde e da
educação”, salientou.
O representante do Axé
Folia, Mavignier Ferro falou que é preciso planejamento para se saber se haverá
a manutenção de um calendário cultural na cidade, para que se tenha segurança
na realização e organização dos eventos.
Representando a Banda do Vai
Quem Quer, Silvio Santos, afirmou que o bloco não recebe um centavo do poder
público, mas pediu que as taxas sejam revistas, pois os blocos geram recursos
para o município. “Independentemente do tamanho do bloco, os custos das taxas é
o mesmo”, frisou.
O capitão do Corpo de
Bombeiros, Helvio Ferreira Martins, chefe da seção de vistoria (CAT) explicou
aos representantes que a corporação segue normas e que as exigências aos
eventos são de acordo com o número de brincantes.
O diretor de Cultura do
município, representando a Funcultural, Eudes Claudino, falou sobre a Lei 190 e
concordou, que são muitas taxas exigidas e pediu paciência aos organizadores,
“pois a lei será revista nestes pontos”.
A promotora de Urbanismo do
Ministério Público Rondônia, Flávia Barbosa, disse que é um número muito grande
de eventos em pontos distintos, comprometendo a segurança pública.
Seguindo aos debates, os
pontos mais discutidos pelos representantes foram a manutenção de dez dias de
folia, a concentração do Carnaval no Espaço Alternativo ou nos corredores da
folia, as questões de limpeza, vandalismo nas ruas por onde passam os foliões e
a fiação baixa da rede elétrica.
O deputado Jesuíno, após
ouvir os representantes, pediu que encaminhem todas as taxas e impostos,
juntamente com a legislação, para que se possa estudar soluções.
Aos bombeiros solicitou as
normas técnicas que regem os eventos, os valores das taxas e tudo o que envolve
a corporação. O parlamentar se comprometeu a chamar o Estado e município para
discussão das questões levantadas como taxas, dias de realização, local,
situação do Espaço Alternativo, mas também finalizou pedindo aos blocos que
“sejam flexíveis e que também cedam em alguns pontos”. (ALE/RO - DECOM –
Geovani Berno Foto: Lusângela França)
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