Pronto,
chegou o grande dia! Hoje começa a 38ª edição da Mostra de Quadrilhas e Bois
Bumbá do Arraial Flor do Maracujá.
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Durante
dez dias, ou melhor, de hoje até o dia 4 de agosto, Porto Velho assume a
condição da capital das danças folclóricas da Região Norte.
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Durante
esse tempo todo, estarão dançando na arena montada no Parque dos Tanques, 05
grupos de quadrilhas e dois grupos de bois bumbás pelo Grupo de Acesso.
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Pelo
grupo especial vão dançar 19 quadrilhas, sendo 14 adultas e 5 (cinco) mirins.
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Mais
7 grupos de bumbás, sendo Cinco (5) adultos e 2 mirins, todos pelo Grupo Especial.
Quer dizer, vamos aplaudir 36 grupos de dança de quadrilha e boi bumbá e ainda
teremos todas as noites, apresentações de bandas de forró e pagode, além de
apresentações especiais nos intervalos das apresentações dos grupos de
quadrilhas e bois o que somados, passam de 40 atrações. Tudo de graças para o
público.
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Vamos
a algumas curiosidades relativas à existência do evento:
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Você
sabia que o principal motivo do governo do estado ter criado a Mostra de
Quadrilhas e Bois Bumbás no ano de 1982, foi o resgate da Brincadeira de Boi
Bumbá.
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É
isso mesmo, a Brincadeira de Boi Bumbá desde o inicio dos anos de 1970, estava
praticamente parada, apenas o Boi Malhadinho do Amo Lourenço se apresentava e
assim mesmo sem sair do curral, que ficava na rua Brasília com a rua Princesa
Izabel no bairro Tucumanzal.
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O
mesmo não acontecia com as quadrilhas, que participavam dos arraiais promovidos
pelos colégios. Um dos maiores arraiais que reunia os grupos de quadrilhas da
cidade, acontecia na quadra da Escola Barão do Solimões.
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Pensando
em resgatar a Brincadeira de Boi Bumbá foi que aquela equipe da Secet, recém-nomeada
pelo governador Coronel Jorge Teixeira e contava entre outros como o Flávio
Carneiro, José Monteiro, João Zoghbi, Gutemberg, Isaias, professora Yeda
Bozarcov e outros, cujos nomes me falha à memória. Em especial o Flávio
Carneiro literalmente “Amante” da Brincadeira de Boi Bumbá.
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Para
realizar a primeira Mostra, resgataram bois como Flor do Campo, Caprichoso, Pai
do Campo e é claro convidaram o Malhadinho e realizaram a festa que aconteceu
na Quadra do Colégio Rio Branco.
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Em
1983 já com a participação da professora Nazaré Silva nasceu o Arraial Flor do
Maracujá que abrigou a Mostra. O Flor do Maracujá passou a acontecer no espaço
ao lado do Ginásio Claudio Coutinho (hoje Complexo Esportivo Deroche Pequeno
Franco).
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O
nome Flor do Maracujá foi assim: Os funcionários da Secet Flávio Carneiro, Zé
Monteiro e João Zoghbi foram escalados para pesquisar um nome que se adequasse
ao Arraial criado pela professora Nazaré.
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Os
três ouviram a história da quadrilha Flor do Maracujá que se apresentava no
terreiro da residência do senhor Joventino no bairro do Triângulo, justamente
ao lado da linha férrea da Madeira Mamoré, retornaram a Secet e quando
relataram a história da quadrilha Flor do Maracujá aos seus superiores,
convenceram e daí pra frente, à festa tomou novo rumo e cresceu tanto que hoje
o governo estima em 200 Mil pessoas prestigiando a 38ª edição da festa.
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Os
bois bumbás dominaram o Flor do Maracujá até o inicio dos anos 2000, daí
perderam a hegemonia para as quadrilhas. Tudo provado pelo surgimento da quadrilha
Rádio Farol em 1998.
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Hoje
os bois bumbás são meros coadjuvantes das apresentações das quadrilhas. Tanto
que antes, os bumbás encerravam as apresentações todas as noites e agora quem
encerra são as quadrilhas. Porque os bois perderam muito público.
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