O
Mercado Cultural ha muito tempo, não concentrava, tanto sambista como na noite
da última sexta feira 1º de junho, durante os show do Grupo Guaporé, cantor
prata da casa Waldison Pinheiro e do sambista carioca Juninho Thibau. “Juro
que estava tenso, pensando que o fracasso do show do Alex Ribeiro iria se
repetir”, conta o produtor do espetáculo Beto Cezar.
Na
realidade, a preocupação do Beto era a mesma dos que ha duas semanas,
assistiram o show do Alex quando o Calçadão Manelão recebeu menos de cem
expectadores. Desta vez, ou melhor, sexta passada foi totalmente diferente, os
especialistas em concentração humana, em shows musicais, estimaram um público
de aproximadamente MIL pessoas no Mercado Cultural. “Acontece que desta
vez a divulgação foi bem melhor”, afirmava o músico do grupo Doce
Melodia Walber do Cavaco. Enquanto isso, alguns apostavam que o responsável
pela grande presença de público, foi a apresentação especial do “Grupo
Guaporé”, que ha muitos anos não se reunia e graças ao convite do Beto Cezar
fez uma belíssima apresentação. “Espetacular o show desse Grupo Guaporé”
elogiava o artista plástico e carnavalesco Ismael Barreto. Os meninos (idosos)
comandados pelo Mávilo Melo e Reginaldo Makumba realmente mostraram que ainda
são detentores de grande potencial musical e que se quiserem, podem voltar à
cena musical de Porto Velho a qualquer momento que farão sucesso. “O
repertório é uma viagem aos grandes sucessos das décadas de 1980/90”,
elogiava o músico sambista Dimarcy. Durante praticamente 90 minutos, o Guaporé
colocou a plateia literalmente pra sambar no Calçadão Manelão.
Para
preparar mais ainda o público, Beto Cezar anunciou a participação do cantor
compositor Waldison Pinheiro e logo em seguida Sílvio Santos anunciou o show do
Juninho Thybau.
Acompanhado
pelo excelente grupo Doce Melodia que tem como maestro o Walber do Cavaco e
ainda conta com o excelente violonista Sandro Estolano entre outros músicos,
Juninho Thybau fez uma viagem pelo repertório dos que participam do Projeto
“Quintal do Pagodinho” e se estendeu por composições de Dona Ivone Lara e
chegou ao amazonense Chico da Silva “É preciso muito amor para sustentar
essa mulher...”. A cada música o público ia ao delírio.
Arte
no Samba
Enquanto
Juninho se esmerava no palco, a artista plástica selecionada ´pelo edital da
Funcultural Gleyciane Prata, apresentava ao público no Calçadão Manelão suas
telas. Durante os shows Gleyciane pintou uma tela ao vivo, retratando o momento
“Samba” que estava acontecendo no Mercado. Ao final do show do Juninho Thybau o
presidente da Funcultural Ocampo Fernandes a chamou até o palco e fez as
apresentações. “Estou bastante lisonjeada em poder mostrar meu trabalho
em praça público. Obrigado a Funcultural e ao Beto Cezar pelo convite”,
agradeceu a artista.
Final
Ogum/
Eu sou descendente Zulu sou um soldado de Ogum/Um devoto dessa imensa legião de
Jorge/Eu sincretizado na fé sou carregado de axé/E protegido por um cavaleiro
nobre/Sim vou à igreja festejar meu protetor/E agradecer por eu ser mais um
vencedor...
Com
os versos do samba “Ogum” de Marquinhos PQD Juninho Thybau se despediu e saiu
correndo para o aeroporto para embarcar de volta ao Rio de Janeiro. SALVE
JORGE!
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