Júnior
fala sobre seu pai Atulpho Alves
História
como a da gravação da música Amélia e a artimanha para introduzir o samba na
Zona sul do Rio de janeiro
O cantor Ataulpho Alves Jr. marcou presença em Porto
Velho no último final de semana, ao desembarcar no aeroporto Governador Jorge
Teixeira na manhã da última sexta feira 15 e ficou por aqui até domingo 17.
Ataulpho Jr. na noite de sexta feira deu uma “canja” ao
aceitar convite do Ernesto Melo para cantar algumas músicas do seu repertório
na Fina Flor do Samba. “Gostei muito do
público que estava no ambiente assim como do hino de Rondônia que me foi apresentado
pelo Ernesto Melo”. A simpatia pelo nosso hino foi tanta, que o cantor anunciou
que vai gravá-lo em seu próximo CD juntamente com a música “Porto Velho Meu
Dengo” de autoria do Ernesto.
Sábado o show pra valer, aconteceu no Pioneiros Pub
quando a platéia o fez cantar por mais de três horas, pois começou as 23h00 e
só terminou as 3h00. “Se fosse pelo vontade do público, ele ainda estaria
cantando”, disse Beto Cezar responsável pela vinda do cantor a Porto Velho.
Papo
descontraído
Domingo a boca da noite, acompanhamos o Altaulpho Jr. até
o Mirante Três conhecido também como “Tacaca da Dona Isaura” e no intervalo de
um copo de cerveja e uma isca de dourado, fazendo hora para o mesmo embarcar de
volta ao Rio de Janeiro, aproveitamos para saber alguma coisa sobre a história
do seu pai, o famoso compositor e cantor Ataulpho Alves autor de inúmeros
sucessos que até hoje fazem parte do repertório dos cantores de barzinho.
Entre tantas
histórias, Júnior lembrou que a música “Amélia - Mulher de Verdade”, uma
parceria de Ataulpho com Mario Lago, quase não seria gravada, porque nenhum
cantor da época aceitou gravá-la. “Papai
bateu na porta de praticamente todos os cantores que faziam sucesso à época e
todos diziam que a música não era boa e por isso não faria sucesso”. Foi
então que o também compositor Bide sugeriu que Ataulpho procurasse novamente o
“Gringo’ diretor a gravadora RCA e pedisse para gravar Amélia, já que já tinha
gravado um disco 78 RPM. Assim Ataulpho fez e conseguiu ele mesmo gravar
Amélia. “Depois disso papai resolveu gravar todas suas músicas”, disse Jr.
Outra curiosidade na vida do grande compositor, foi o
nome artístico para seu coral. “Como a voz dele era muito “curta’ ele contratou
três moças para fazer o coral, acontece que com o sucesso, os contratos
começaram a se tornar mais constantes, ele sem saber como fazer para atender
tantos convites, pois não se garantia sozinho no palco, em conversa com um
amigo compositor perguntou o que deveria fazer e este lhes sugeriu: Manda
anunciar “Ataulpho Alves e suas pastoras” daí pra frente aquilo se
transformou em marca registrada.
Vale salientar lembra Júnior, que foi meu pai que levou o
samba para a Zona Sul do Rio de Janeiro. “Ele adotou um figurino especial para
se apresentar nas boates de Copacabana, era na base do smoking que segundo ele era para mostrar, que o samba não era um
ritmo apenas de malandros”.
Em 2009 quando Ataulpho Alves completaria 100 anos de
idade, Júnior e seus produtores reuniram a Fina Flor dos cantores e cantoras da
música brasileira, num show onde foi gravado um CD que pode ser adquirido nas
principais lojas do ramo ou através da Internet. “Basta acessar nossa site e
comprar”.
Uma simpatia o filho do Ataulpho Alves - Ataulpho Alves
Jr. Boa viagem!
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