Lenha na Fogueira
Na próxima terça feira 20 de
novembro, é o dia da Consciência Negra ou dia de Zumbi. Em Porto Velho pelo
menos até ontem, nenhuma entidade havia divulgado qualquer programação alusiva
a data.
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Na realidade, o pessoal dos
Terreiros está divulgando, que no dia 2 de dezembro, vai acontecer a VIII
Marcha Zumbi - Pela Liberdade Religiosa. A concentração será na praça da
Madeira Mamoré.
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É mais um evento que será
realizado Fora de Época. Esse negócio de fora de época já está se tornando
cultural em Porto Velho!
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E tem mais, dia 2 de dezembro
é o Dia Nacional do Samba e o pessoal das escolas de samba leia-se Fesec, está
bolando vasta programação para festejar o dia que nasceu na Bahia e se transformou
nacional
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No tempo do Movimento Cabeça
de Negro, o 20 de novembro era festejado também com muitas atividades
artísticas, que geralmente aconteciam na Casa da Cultura Ivan Marrocos.
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Ali o Carlinhos Maracanã
juntamente com o Dada, Bubu, Caula, Paulinho do PT, Neguinho Orlando do Estácio
e muitos outros engajados na luta contra a discriminação racial, passavam o dia
promovendo exposições, roda de samba e capoeira, e fazendo palestras a respeito
da luta de Zumbi. Não podemos esquecer o almoço que era servido para quem
chegasse - Um Cozidão preparado pelo Edson José, Maracanã e seu João.
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Aí o pessoal dos terreiro
foi chegando, foi chegando via Silvestre e então a marcha se transformou quase
que exclusivamente dos envolvidos nos Terreiros de Umbanda e Candomblé.
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De uns tempos para cá a
Marcha Zumbi vem ficando cada vez mais sem muita participação das comunidades
negras. O que se ouve musicalmente falando durante a “Marcha Zumbi” são Pontos
de Umbanda e Candomblé.
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Antes a gente cantava os
sambas de Ney Lopes e outros grandes compositores negros ou que exaltam a raça
negra.
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Antigamente a Fundação
Cultural Municipal e a Secel entravam na parada, apoiando o movimento. Hoje
ninguém ouve falar se essas entidades estão apoiando a realização da Marcha.
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Na realidade, o que
aconteceu mesmo, foi a evasão das entidades que lutam pela igualdade racial e
principalmente dos movimentos negros, em virtude da intervenção dos Terreiros
que transformaram o evento numa grande passeata de Pai, Filhos e Mães de Santo
e dos Ogans das religiões de Matrizes Africanas como se todo negro fosse
“macumbeiro”.
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Zumbi que até bem pouco
tempo foi festejado com todas as pompas em Porto Velho, este ano vai ser
reverenciado no dia 2 de dezembro.
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É preciso que os governos
municipal e estadual chamem a responsabilidades desses eventos para suas
competências. Não podemos ficar a mercê de interesses particulares, quando se
trata de evento tradicional.
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Nosso carnaval de escola de
samba é fora de época (esse se justifica), o Flor do Maracujá deste ano foi
fora de época. O carnaval Fora de época do Maria Fumaça não aconteceu e agora a
Marcha Zumbi está programada para acontecer fora de sua época.
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Pergunta-se! Será que vamos
festejar o Natal no dia 25 de dezembro? Pelo andar da carruagem, vão terminar
levando o réveillon para o carnaval, o carnaval para o Flor do Maracujá e assim
sucessivamente
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Por falar em samba, no
concurso da escola de samba Asfaltão a conversa no Ypiranga era de que uma
parceria havia sido impedida de participar, porque o samba foi considerado
“Ficha Suja”. Essa modalidade de samba eu nunca tinha visto,
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Enquanto isso na OAB onde
aconteceu a disputa do samba da escola da Zona Leste o Carlinhos Maracanã ficou
“Brinco da Princesa”, ao ouvir do presidente Sarará que seu samba só não
ganhou, porque o cantor não era “puxador de samba enredo” de ofício.
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Por que então, ao em vez de
realizar o concurso de samba enredo não promoveram o concurso de “Puxador de
Samba Enredo?”.
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Por causa de um caso
parecido na Diplomatas do Samba, foi que surgiu a escola de samba Acadêmicos da
Zona Leste!
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Por falar em dissidência, no
feriado a escola de samba Os Diplomatas tentou fazer o lançamento do seu samba
enredo para o próximo carnaval e para tanto, recorreu a direção da escola Rádio
Farol para promover a apresentação na festa da escola do grupo de acesso e
mesmo assim, foi difícil achar quem cantasse o hino que é de autoria do Jair
Monteiro e do Maracanã.
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O puxador oficial Edgley
Queiroz estava na festa da Zona Leste pra lá de “Bagdá” e em conseqüência não
compareceu a sede da Torcida Jovem do Vasco local da festa da Rádio Farol.
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