Bloco Mistura Fina não desfila este ano.
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O
tradicional Bloco Mistura Fina que está completando 37 anos de fundação (1983 –
2020), em virtude da Pandemia do Coronavírus, não vai desfilar neste dia 31 de
dezembro, como vem acontecendo nesses anos todos.
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O
Bloco foi criado pelos empregados da empresa construiu a Usina Hidrelétrica de
Samuel, justamente no final do ano de 1983, quando no dia 31 de dezembro,
desfilou pelas ruas de Porto Velho.
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A
turma responsável pela criação do Bloco Mistura Fina, à época, residia numa
Vila de Apartamentos existente na rua Guanabara entre a D. Pedro II e a Carlos
Gomes.
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Se não
estou enganado, o único portovelhense que participou da criação do bloco foi o
Bainha, na época, eu morava na Guanabara esquina com a D. Pedro II, porém, não
participei, apesar de ser vizinho do condomínio onde moravam os técnicos que
criaram o bloco.
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A
maioria dos criadores do bloco era carioca, inclusive dois deles Edinho e Zé
Leôncio eram bastante conhecidos nas rodas de samba do Rio de Janeiro. Edinho
era Diretora de Harmonia da escola de samba Império Serrano e Zé Leôncio era
compositor respeitado no mundo do samba.
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Nos
primeiros desfiles do bloco, os Homens se vestiam de mulher e suas esposas se
vestiam de homem. O desfile saia por volta do meio dia da rua Guanabara, seguia
até a Sete de Setembro e descia até a Brasília onde pegava a Almirante Barroso
e parava estrategicamente no Bar do Casimiro, onde os foliões de Porto Velho
comandados pelo Manelão os esperavam e ofereciam um Caldo de Carneiro preparado
pelo Deusdete Careca e pelo Bainha tendo como auxiliar este escriba. Vale
salientar que eu já não bebia bebida alcóolica.
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O
estilo do bloco Mistura Fina, é comum na cidade do Rio de Janeiro
principalmente no dia 31 de dezembro, só que lá, são conhecidos como “Bloco das
Piranhas”.
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Já
contando com a turma que frequentava o Bar do Casemiro o bloco prosseguia seu
desfile, pelas ruas Almirante Barroso, Mal. Deodoro, Carlos Gomes, Presidente
Dutra, Sete de Setembro, Joaquim Nabuco até o Bar do Casemiro. Aí estava todo
mundo, além de embriagado, exausto, pois, o percurso era grande.
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Quando
a construção da hidrelétrica de Samuel foi concluída, o pessoal da construtora
teve que voltar aos seus estados de origem.
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Foi então
que no último dia 31 de dezembro, que a turma de carioca passou em Porto Velho,
ao chegar no Casemiro, com um breve discurso, passaram a coordenação do bloco
para o Manelão, Oscar Knight e Bainha solicitando que não deixasse o bloco ‘morrer’.
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Desde
seu início há 37 anos, pela primeira vez, em virtude da Pandemia da Covid-19, o
“Mistura Fina” não vai desfilar neste 31 de dezembro.
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Há alguns
anos os responsáveis pela coordenação do bloco, é a diretoria da Escola de
Samba Asfaltão que tem a frente a carnavalesca, cantora e compositora Sílvia Pinheiro.
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Depois
que o bloco passou a contar com a coordenação dos carnavalescos de Porto Velho,
passou a utilizar como fantasia a “CARA LAMBUZADA COM MAISENA”.
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Depois
que o Casemiro faleceu, o bloco passou a se concentrar no Bar do Antônio Chulé
na esquina da rua Bolívia com a Joaquim Nabuco de onde saiu até o ano passado.
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Pois
é, amanhã dia 31, não contaremos com o desfile do Bloco Mistura Fina que todos
os anos se despede do ano velho e dar boas vinda ao Ano Novo.
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“Vamos
nos resguardar, pois, a vacina ainda não começou a ser utilizada no Brasil. Então
vamos usar máscara, lavar as mãos com água e sabão, utilizar álcool em gel e
principalmente evitar aglomeração. O Mistura Fina quer contar com todos, no
desfile do dia 31 de dezembro de 2021”, adverte a coordenadora Sílvia Pinheiro.
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É maizena,
é maizena é maisena.... Este ano não será cantada, porém, se Deus Quiser, no
final do próximo ano, cantaremos: “Essa é minha sina, no 31 de dezembro, brincar
carnaval, no Bloco Mistura Fina...”. Até lá!
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