sábado, 30 de novembro de 2019

TRATADO DE PETRÓPOLIS - Revisando a história da história do Acre e Rondônia


Na manhã da última quarta feira 27, o auditório da Escola do Legislativo de Rondônia que conta em sua diretoria com a administração do jovem Fábio Ribeiro, recebeu os historiadores Anísio Gorayeb - Anisinho; professor Celio Leandro da Silva e o escritor Francisco Matias e jornalista Lucio Albuquerque - Mediador. Para discutir sobre o Painel “O Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903 em Petrópolis que 116 anos”.  O Tratado de Petrópolis formalizou a permuta de territórios entre Brasil e Bolívia — uma faixa de terra entre os rios Madeira, o rio Abunã do Brasil para a Bolívia — e o território do atual Acre da Bolívia para o Brasil.
Quem abriu o Painel foi o professor Celio Leandro do colégio Major Guapindaia que começou sua explanação lembrando: “O Tratado de Petrópolis é da maior relevância, não somente para a região, mas para a história do Brasil”. A palestra do professor Célio foi sobre “Barão do Rio Branco, sua importância para o interesse nacional”. Foi Rio Branco quem conseguiu negociar a conquista de parte do Rio Grande do Sul e do Amapá. Rio Branco tratou e formatou a compra do Acre da Bolívia pelo Brasil. O Estado de Rondônia foi favorecido com o tratado e pela compra do Acre da Bolívia, que originou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ligando Guajará-Mirim até Porto Santo Antônio, que originou Porto Velho. 
O segundo tema discutido foi:  “O Tratado de Petrópolis, motivos e a importância da Guerra do Acre para sua construção”,  defendido pelo economista escritor e jornalista Anísio Gorayeb - Anisinho. Na realidade Anisinho discorreu sobre as três tentativas dos brasileiros em conquistar as terras acrianas que pertenciam à Bolívia. “Essas batalhas tinham como principal objetivo o domínio dos seringais produtores do Látex que transformados em pelas de borracha eram comercializadas nos Estados Unidos que as transformava em peças automotivas já que o veiculo carro movido à propulsão motora acabara de ser inventado e precisa de pneus, câmaras e outros componentes para ser fabricado, daí a importância da borracha para o mundo”.
A República do Acre foi proclamada três vezes, a primeira pelo espanhol Luís Gálvez Rodrigues Arias em julho de 1899. A segunda foi proclamada em novembro de 1900 tendo o brasileiro Rodrigo de Carvalho assumido como presidente, porém, em dezembro do mesmo ano (Véspera de Natal), os bolivianos dominaram de novo a província.
A Terceira República Acriana foi proclamada pelo “miliciano” Plácido de Castro em 1903, que invadiu a cidade de Xapuri e rendeu os soldados bolivianos e com isso entrou para história do Brasil como Herói.

TRATADO DE PETRÓPOLIS – REVISÃO HISTÓRICA

No próximo dia 20 deste mês de dezembro, o historiador professor Francisco Matias vai promover o lançamento do Livro “O Tratado de Petrópolis” cujo conteúdo esclarece ou atualiza fatos, que até então eram desconhecidos por exemplo: Matias em suas pesquisas descobriu que o Brasil Jamais entrou em conflito armado com a Bolívia. “Não morreu nenhum boliviano e nenhum brasileiro, até porque, a tão falada guerra entre Brasil e Bolívia nunca aconteceu”, garante Matias explicando, o conflito armado se deu com os Peruanos. Acontece que o Brasil negociou através do Tratado de Petrópolis diplomaticamente com a Bolívia, a parte das terras pertencente ao Acre que o Brasil almejava e foi paga em Libra Esterlina e foi muito cara, porém nessa área também existiam terras pertencentes ao Peru e isso não foi negociado, daí o governo Peruano enviou suas tropas para defender seu legado o que provocou a “Guerra do Acre”.
 “Para se fazer idea da posse peruana, à área do nosso Distrito de Calama e do município de Humaitá no Amazonas pertencia ao Peru”, explica Francisco Matias e lembra: “Onde você pisar em terras que hoje formam o estado de Rondônia você está pisando num seringal”.
Tem mais, os termos ou acordos firmados entre Brasil e Bolívia com a assinatura do Tratado de Petrópolis até hoje continuam em plena execução. Exemplo: A Ponte do Abunã, a Ponte sobre o Rio Madeira aqui em Frente a Porto Velho tudo faz parte do Tratado. Apesar do Brasil ter pago à Bolivia o valor de US$ 2.8 bilhões o conflito ainda não terminou querem ver: O Peru até hoje reclama a posse de Humaitá (AM).
No livro do Matias você vai encontrar os tópicos: A Ferrovia Madeira-Mamoré nunca foi boliviana, mas sim americana. Em 1914 passou a ser inglesa e canadense. 
Assim que Matias terminou sua explanação, o mediador Lucio Albuquerque passou a transmitir as perguntas enviadas pelos alunos da Escola do Legislativo, Major Guapindaia e plateia presente aos palestrantes. O encontro terminou com o Coffee Break. e uma reunião entre os palestrantes e alguns convidados, na sala do Diretor da EL Fabio Ribeiro.

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns a todos em especial ao professor Francisco Matias.
Gostaria de saber como adiquirir o livro.