Na manhã da última quarta feira 27, o auditório da Escola do
Legislativo de Rondônia que conta em sua diretoria com a administração do jovem
Fábio Ribeiro, recebeu os historiadores Anísio Gorayeb - Anisinho; professor
Celio Leandro da Silva e o escritor Francisco Matias e jornalista Lucio
Albuquerque - Mediador. Para discutir sobre o Painel “O Tratado de Petrópolis,
firmado em 17 de novembro de 1903 em Petrópolis que 116 anos”. O Tratado de Petrópolis formalizou a permuta
de territórios entre Brasil e Bolívia — uma faixa de terra entre os rios
Madeira, o rio Abunã do Brasil para a Bolívia — e o território do atual Acre da
Bolívia para o Brasil.
Quem abriu o Painel foi o professor
Celio Leandro do colégio Major Guapindaia que começou sua explanação lembrando:
“O
Tratado de Petrópolis é da maior relevância, não somente para a região, mas
para a história do Brasil”. A palestra do professor Célio foi sobre “Barão
do Rio Branco, sua importância para o interesse nacional”. Foi Rio Branco quem
conseguiu negociar a conquista de parte do Rio Grande do Sul e do
Amapá. Rio Branco tratou e formatou a compra do Acre da Bolívia pelo
Brasil. O Estado de Rondônia foi favorecido com o tratado e pela compra do Acre
da Bolívia, que originou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
ligando Guajará-Mirim até Porto Santo Antônio, que originou Porto Velho.
O segundo tema discutido foi: “O Tratado de Petrópolis, motivos e a importância
da Guerra do Acre para sua construção”,
defendido pelo economista escritor e jornalista Anísio Gorayeb -
Anisinho. Na realidade Anisinho discorreu sobre as três tentativas dos
brasileiros em conquistar as terras acrianas que pertenciam à Bolívia. “Essas
batalhas tinham como principal objetivo o domínio dos seringais produtores do Látex
que transformados em pelas de borracha eram comercializadas nos Estados Unidos que
as transformava em peças automotivas já que o veiculo carro movido à propulsão
motora acabara de ser inventado e precisa de pneus, câmaras e outros
componentes para ser fabricado, daí a importância da borracha para o mundo”.
A República do Acre foi proclamada três vezes, a primeira
pelo espanhol Luís Gálvez Rodrigues Arias em julho de 1899. A segunda foi
proclamada em novembro de 1900 tendo o brasileiro Rodrigo de Carvalho assumido
como presidente, porém, em dezembro do mesmo ano (Véspera de Natal), os
bolivianos dominaram de novo a província.
A Terceira República Acriana foi proclamada pelo
“miliciano” Plácido de Castro em 1903, que invadiu a cidade de Xapuri e rendeu
os soldados bolivianos e com isso entrou para história do Brasil como Herói.
TRATADO
DE PETRÓPOLIS – REVISÃO HISTÓRICA
No próximo dia 20 deste mês de dezembro, o historiador
professor Francisco Matias vai promover o lançamento do Livro “O Tratado de
Petrópolis” cujo conteúdo esclarece ou atualiza fatos, que até então eram
desconhecidos por exemplo: Matias em suas pesquisas descobriu que o Brasil
Jamais entrou em conflito armado com a Bolívia. “Não morreu nenhum boliviano e
nenhum brasileiro, até porque, a tão falada guerra entre Brasil e Bolívia nunca
aconteceu”, garante Matias explicando, o conflito armado se deu com os
Peruanos. Acontece que o Brasil negociou através do Tratado de Petrópolis
diplomaticamente com a Bolívia, a parte das terras pertencente ao Acre que o
Brasil almejava e foi paga em Libra Esterlina e foi muito cara, porém nessa
área também existiam terras pertencentes ao Peru e isso não foi negociado, daí
o governo Peruano enviou suas tropas para defender seu legado o que provocou a
“Guerra do Acre”.
“Para se fazer
idea da posse peruana, à área do nosso Distrito de Calama e do município de
Humaitá no Amazonas pertencia ao Peru”, explica Francisco Matias e lembra:
“Onde você pisar em terras que hoje formam o estado de Rondônia você está
pisando num seringal”.
Tem mais, os termos ou acordos firmados entre Brasil e
Bolívia com a assinatura do Tratado de Petrópolis até hoje continuam em plena
execução. Exemplo: A Ponte do Abunã, a Ponte sobre o Rio Madeira aqui em Frente
a Porto Velho tudo faz parte do Tratado. Apesar do Brasil ter pago à Bolivia o
valor de US$ 2.8 bilhões o conflito ainda não terminou querem ver: O Peru até
hoje reclama a posse de Humaitá (AM).
No livro do Matias você vai encontrar os tópicos: A
Ferrovia Madeira-Mamoré nunca foi boliviana, mas sim americana. Em 1914 passou
a ser inglesa e canadense.
Assim que Matias terminou sua explanação, o mediador
Lucio Albuquerque passou a transmitir as perguntas enviadas pelos alunos da
Escola do Legislativo, Major Guapindaia e plateia presente aos palestrantes. O
encontro terminou com o Coffee Break. e uma reunião
entre os palestrantes e alguns convidados, na sala do Diretor da EL Fabio
Ribeiro.
Um comentário:
Parabéns a todos em especial ao professor Francisco Matias.
Gostaria de saber como adiquirir o livro.
Postar um comentário