sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Frente Parlamentar em Defesa da Cultura é lançada durante congresso em Brasília


Profissionais da cadeia de eventos de todo o país estiveram reunidos na capital federal, nos dias 26 e 27 de novembro, para a quarta edição do Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos; debates sobre o ECAD, a meia-entrada e o reconhecimento da profissão de produtor de eventos foram os destaques a pauta do encontro, que marca o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e do Entretenimento
Uma data histórica para o setor de eventos no Brasil. Assim pode ser definido 27 de novembro de 2019, dia em que foi lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e do Entretenimento. A solenidade, realizada durante o IV Congresso dos Promotores de Eventos, em Brasília, reuniu produtores de eventos de todo o país e quase 30 autoridades políticas.
As atividades do segundo dia do Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos foram iniciadas com a presença de importantes nomes da política e turismo do país, como, o Ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, Senador Rodrigo Pacheco, Presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, Presidente da Embratur, Gilson Machado, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e do Entretenimento, deputado federal Felipe Carreras (PSB) e outras importantes figuras políticas atuantes em Brasília.
De acordo com o deputado federal Felipe Carreras (PSB), a Frente foi lançada com o objetivo de criar uma maior representatividade dentro do Congresso Nacional para os profissionais que atuam na cadeia de eventos. "É na Câmara de deputados que grandes temas do Brasil são discutidos e leis são elaboradas. Eu acho que com essa frente a gente aproxima a casa do povo brasileiro a esse importante setor para e economia do país que é o setor de entretenimento. É um passo importante. Pretendemos pautar desafios históricos e fazer com que nós venhamos a ter conquistas através de leis que venham proteger e incentivar o setor, para gerar mais empregos e mais renda. Que possamos fazer mais eventos e levar mais alegrias para o povo brasileiro", explicou o parlamentar.
Duas demandas foram apontadas como prioritárias pelo deputado para serem tratadas pela Frente Parlamentar. A primeira é sobre o reconhecimento da profissão de produtor de eventos e a segunda sobre o tão polêmico e questionado método de cobrança do ECAD, que devem entrar em pauta em breve no Congresso Nacional.
O presidente da ABRAPE, Carlos Alberto Xaulim, comemora esta aproximação do setor de eventos com o parlamento brasileiro. "Este é o movimento político mais importante na história das relações entre os produtores, artistas, integrantes da cadeia produtiva da indústria criativa e o Parlamento Brasileiro na construção de um modelo mais justo e harmonioso para todos. Temos que avançar e corrigir rumos em muitas questões. Essa é a hora de mostramos toda a nossa força, e a maioria desse aperfeiçoamento precisa passar pelo Parlamento. A ABRAPE está sendo a catalisadora e impulsionadora desse movimento. O deputado federal Felipe Carreras foi essencial, para essa materialização", disse Carlos Alberto Xaulim.
Reconhecimento
A ABRAPE busca também, por meio da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e do Entretenimento, o reconhecimento da profissão de produtor de eventos. O presidente da entidade, Carlos Alberto Xaulim, explica que o principal objetivo com este reconhecimento é criar legalidade. "Nós não podemos transacionar com o poder público. Temos legitimidade, mas não temos legalidade. O corretor de imóveis pode vender, o jornalista pode negociar serviços para o estado e nós não. Somos tidos como atravessadores. Somos uma categoria que é muito importante para o país economicamente, com a geração de empregos, principalmente os temporários. Não tem uma categoria que gere tantos empregos temporários como a nossa, e sem o reconhecimento da nossa profissão, ficamos limitados em várias questões", explicou Carlos Alberto Xaulim.
Meia-entrada
Outro tema importante muito debatido durante o congresso foi a meia-entrada. Segundo o presidente Carlos Alberto Xaulim, a ABRAPE considera o setor como única atividade econômica do Brasil que sofre com o confisco de 50% da sua receita bruta pela obrigatoriedade da concessão do privilégio de conceder descontos a estudantes, idosos, portadores, de necessidades especiais, jovens de baixa renda, doadores de sangue e professores sem contrapartida ou benefício. "Se o Estado entende que parte da sociedade deve ter privilégios, ele que arque com custos dessa iniciativa. Não pode imputar ao privado esse dever. A meia-entrada é um absurdo jurídico. Trata ao mesmo tempo pessoas iguais de maneira desigual e pessoas desiguais de maneira igual. Na prática, ela não traz benefício a ninguém, afirmou.

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